Em minha busca contínua para me tornar uma sanadora cristã mais eficaz, descobri uma orientação valiosa no Manual d'A Igreja Mãe.
Levo a sério o que sua autora, Mary Baker Eddy, diz sobre o valor que este documento incrivelmente conciso tem para os sanadores: “De uma coisa estou certa, que cada Regulamento e Artigo neste Manual aumentará a espiritualidade daquele que lhe obedece, revigorará sua capacidade de curar o doente, de consolar quem está de luto e de despertar o pecador” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [Primeira Igreja de Cristo, Cientista e Vários Escritos], p. 230).
Sou particularmente inspirada pelo Artigo intitulado “Obrigações morais” (Manual, p. 31). Ele enfatiza o dever dos Leitores (aqueles que lêem da Bíblia e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras nos cultos das igrejas da Ciência Cristã) de estarem bem preparados para seu trabalho. Embora específico para os Leitores, qualquer pessoa pode aplicar a orientação contida nesse Artigo à sua própria experiência diária.
Esse Artigo estipula, em parte: “[Os Leitores] precisam guardar-se imaculados do mundo — incontaminados do mal — para que a atmosfera mental que exalam promova a saúde e a santidade, isto é, esse animus espiritual tão universalmente necessário”.
A partir dessa declaração, entendo que, a fim de exalar a atmosfera mental que promove a saúde e a santidade, devo dar atenção primordial à pureza da minha própria consciência, ou ao que considero como meu espaço interior.
Esse Artigo me incentiva a considerar esse espaço interior como um lugar sagrado, um santuário de adoração a Deus para proteger a pureza de Sua criação espiritual, e aceitar como meus somente pensamentos e desejos espiritualmente puros.
A visão do mundo exterior, com base no sentido, uma representação equivocada da criação como uma rede complexa de bem e mal, tentanos constantemente a aceitar suas sugestões como reais e verdadeiras. Mas o Cristo, a verdadeira idéia de Deus, representando a verdade eterna da criação como o puro bem, sem nenhum elemento de mal, fala continuamente à consciência humana.
No santuário da consciência individual, nós sempre temos a oportunidade de, reverentemente, abrir o pensamento à Verdade divina, para aprender de Deus sobre a nossa identidade eternamente pura e perfeita, fato que é sustentado à medida que pensamos dessa forma. A própria prática consistente de Cristo Jesus, de ouvir e obedecer a Deus, capacitou-o a resistir a ser manipulado por pensamentos agressivos que sugerem a realidade, a necessidade e o poder do mal. Sua resposta a tais sugestões era decisiva: “Retirate, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (Mateus 4:10).
Jesus mantinha a pureza de seu próprio pensamento. Ele vivia sua imaculabilidade intrínseca como o Filho de Deus. Isso o tornava imune aos efeitos danosos das sugestões do mal exterior. Ele disse: “...aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim” (João 14:30). Ao longo de toda sua vida, Jesus provou que Deus é o único poder real, um poder que neutraliza e destrói o mal, tanto interna como externamente.
Tudo que for dessemelhante da natureza sagrada de Deus não faz parte real de ninguém. A individualidade espiritual de cada um sempre foi e sempre será cem por cento “imaculada do mundo, – incontaminada do mal”.
Em seu espaço interior, sua consciência espiritual, Jesus adorava a Deus como o único Criador e governante de todos. Ele defendia mentalmente, de forma clara, a santidade, a perfeição eterna, de si mesmo e dos outros. A santidade é nossa verdadeira natureza como o reflexo espiritual de Deus, como Sua imagem, descrita em Gênesis 1:27 e está ao alcance de todos.
Tudo que for dessemelhante da natureza sagrada de Deus não faz parte real de ninguém. A individualidade espiritual de cada um sempre foi e sempre será cem por cento “imaculada do mundo, — incontaminada do mal”.
No santuário sagrado do nosso espaço interior podemos levar ao altar do Amor divino nosso desejo sincero de abandonar tudo o que, em nosso pensamento e caráter humanos, for dessemelhante de Deus e, portanto, inverídico. Ao invés de permitir que observações exteriores e medos interiores modelem nossos pensamentos, podemos ativamente defender nossa própria pureza, como também a pureza espiritual intrínseca de cada um, permitindo que nosso pensamento e caráter interiores sejam transformados pelo Cristo. Dessa maneira, nós podemos adorar o Senhor “...na beleza da santidade” (Salmos 29:2) —e uma profusão de bênçãos exteriorizadas será o resultado inevitável.
