Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

PARA JOVENS

Sensualidade: ponderações sobre o tema

Da edição de junho de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando decidimos fazer uma reportagem sobre sensualidade, queríamos ouvir jovens que já haviam ponderado e orado sobre esse assunto. Portanto, quando nos reunimos com Brant Arthur, Ariana Herlinger, Justin Byrd e Ellen Hammond, funcionários atuais e antigos do Departamento de Jovens d'A Igreja Mãe, o TMC Youth, cada um deles com vinte e poucos anos de idade, perguntamos se poderiam nos sugerir o nome de algumas pessoas com quem pudéssemos conversar sobre esse assunto. Após uma animada conversa, percebemos que eles mesmos tinham muitas idéias maravilhosas para compartilhar.

Os quatro foram para casa e, à noite, em seus computadores, revelaram suas idéias sobre o assunto que, segundo eles, não é somente para jovens, mas para muitos adultos que também se esforçam por compreendê-lo. Na manhã seguinte, recebemos as seguintes idéias, honestas e inspiradas, sobre o tema:

Brant Arthur

Durante o ensino médio, costumava ter pensamentos sensuais, de uma maneira ou de outra. Achava que a sensualidade era uma coisa velha, suja e ruim, e comecei a julgar outra pessoas, como também a mim mesmo, por terem pensamentos sensuais.

Desprezava as pessoas pelo exato motivo sobre o qual eu mesmo me sentia tão confuso. Desejava ser amado? A sensualidade era algo que estava dentro de mim? Devia praticar todos aqueles jogos sexuais físicos que minha cultura sugeria que fizesse? Tudo o que sabia era que me sentia vazio e solitário, sem uma válvula de escape para o meu conceito de amor.

Contudo, em minha solidão, parecia que Deus me dizia: “Eu amo você”. Eu respondia: “Que nada, não consigo senti-Lo”. Ainda assim, ter Deus me dizendo algo dessa maneira me fez parar e pensar. Ponderei se não seria nobre passar por essa sensação de vazio e se meus sentimentos sobre sensualidade não seriam apenas um amor distorcido por mim mesmo.

Deus me amava por todo o bem que, mesmo invisível, já existia dentro de mim

Por fim, decidi que precisava fazer algo audacioso e a coisa mais corajosa sobre a qual podia pensar era aceitar humildemente o amor de Deus. Quando o fiz, pude realmente sentir esse amor, que simplesmente preencheu toda aquela sensação de vazio. Propiciou-me a confiança no fato de que Ele estava me amando por todo o bem que, embora invisível, sempre existira em mim. Foi um ponto de partida para muito mais progresso.

Agora, aqui está a parte que achei mais útil: a idéia de que, se Deus é tão altruísta a ponto de me dar Seu amor, preciso encontrar uma maneira de expressar meu amor por Ele. Isso ajudou a me afastar de conceitos humanos sobre mim mesmo e a me elevar acima de toda aquela confusão mental sobre sensualidade, se ela fazia ou não parte de minha natureza.

Ao invés de o meu amor estar voltado para dentro, ele precisava se voltar para fora, rumo a Deus. Não acho que fazer isso seja fácil, mas o processo de considerá-lo cuidadosamente tem sido sanador para mim.

Brat e sua esposa, Brownen, moram na Austrália. Gostam de jogar “frisbee” com seus amigos e de procurar por lugares exóticos no mapa-mundi.

Ariana Herlinger

Quando definida de forma ampla, a sensualidade poderia incluir quase tudo que causa prazer, como uma paixão por chocolates, ou uma massagem depois de um longo dia esquiando. Claro, também existe a óbvia conotação sexual que a acompanha.

Pode ser complicado tentar impedir que um relacionamento amoroso se torne sensual. Parece que para todo lado que se olha, somos bombardeados pela idéia de que somos seres materiais e, se não assumirmos nossa sensualidade, acabaremos sozinhos e miseráveis.

Os argumentos são sutis e freqüentemente parecem lógicos: “Gostaria de poder viver minha vida da maneira que desejo. Se me faz sentir bem, como pode ser mau? Por que tenho de renunciar a todos os prazeres físicos? Que importância tem, se isso não está prejudicando os outros”?

Mas então, fiz uma pequena pesquisa e procurei pela definição da palavra “sensual” em uma fonte imparcial, nāo-religiosa. Descobri este significado: “desprovido de interesses morais ou espirituais” (dictionary.com). Definitivamente isso era algo que não desejava defender.

Ao invés de o meu amor estar voltado para dentro, ele precisava se voltar para fora, rumo a Deus. Não acho que fazer isso seja fácil, mas o processo de considera-lo cuidadosamente tem sido sanador para mim.

Mary Baker Eddy associava a sensualidade ao medo, à raiva e ao egoísmo

Examinando com mais profundidade, pesquisei o que Mary Baker Eddy tenha a dizer sobre sensualidade. É interessante ver o tipo de palavras que ela associava com esse termo, a saber: amor-próprio, justificação-própria, medo, raiva, paixão, egoísmo. Isso dá uma perspectiva interessante acerca da sensualidade, e tenho certeza de que não gostaria de expressar esses traços negativos.

Ela também foi muito clara sobre o assunto, quando declarou: “A sensualidade paralisa a mão direita, e faz com que a esquerda deixe escapar o que é divino” (Ciência e Saúde, p. 142). Ela definitivamente não media as palavras.

A sensualidade e o progresso espiritual realmente não andam de mãos dadas. Imagino que a sensualidade possa ser definida como algo que controla o pensamento e o afasta de Deus. O que se resume para mim é se desejo ver a mim mesma e aqueles à minha volta como espirituais ou materiais. Devo procurar a felicidade e a satisfação através de meios espirituais ou materiais?

O problema com o caminho material, muito embora possa parecer mais divertido, é que ele é sempre limitado e constantemente mutável, portanto, nele não podemos realmente confiar. Embora as coisas que causam prazer possam ser tentadoras, sei que desejo minha felicidade, senso de segurança e auto-estima, fundamentados em algo mais substancial.

Não desejo me aceitar como material

Também descobri que, quando procuro o prazer na matéria, fica difícil refutar suas sugestões negativas, tais como: doença, limitações, dor, mudança, etc. Embora nem sempre eu seja tão clara como desejaria sobre meus conceitos a respeito da sensualidade, sei que definitivamente não quero me aceitar como material. A sensualidade está firmemente enraizada no sentido material e na matéria. Assim como é impossível compreender o infinito em termos de finidade, não podemos compreender a Deus por meio do sentido material.

Orar para vencer a sensualidade parece ser mais uma jornada do que um destino. Contudo, isso nem sempre tem de ser uma luta. Tem mais a ver com um processo. Esse processo não começa necessariamente com uma mudança de comportamento, mas por uma mudança de pensamento, a de ver a nós mesmos e aqueles ao nosso redor sob um ponto de vista espiritual.

Ariana viveu e trabalhou na África Ocidental durante quatro anos. Ela gosta de praticar “snowboarding”, de viajar e sonhar com o verão. Sua casa fica em Brighton, Massachusetts, EUA.

Justin Byrd

Não desistirei, não importa o que possa acontecer. Se eu cair, sacudirei a poeira e me levantarei. Pensamentos sensuais sussurram ao meu ouvido: “Você está solitário”, dizem eles. “Venha, dê uma olhada aqui e esqueça sua solidão em seus devaneios sensuais”.

“Não quero nada disso”, eu lhes digo. “Já passei longas noites e dias solitários além da conta em seus braços frios. Vocês têm de ir embora. Essa não é uma tarefa fácil e não me queixo, mas deixeme dizer-lhes: Estou farto de suas mentiras, que roubam minha paz e minha alegria, implorando uma satisfação egoísta. Vocês alguma vez me trouxeram paz? Não. Alegria? Não. Amor? Não. Então, pergunto: o que vocês estão fazendo em minha vida?”

A Ciência Cristã me ajuda a compreender o amor de Deus

Desejo algo substancial, que me dê vida, não que me tire a vida. Essa é a razão pela qual a Ciência Cristã é tão importante para mim. Ela me ajuda a compreender que a paz, a alegria e o amor de Deus são reais e permanentes. O amor de Deus cuida de mim e me consola. O Amor divino cura e traz paz. O Amor está aqui para mim e para você. Esse é o Amor que desejo em minha vida.

Justin gosta de esportes, tocar guitarra e de bater papo com amigos. Ele vive em Boston, Massachusetts, EUA.

Ellen Hammond

Sempre tive um profundo anseio por amar as outras pessoas, de me sentir valorizada e conectada de uma maneira significativa. Contudo, algumas vezes isso tem me levado a um caminho errado.

Na faculdade, freqüentemente fazia coisas que achava que os rapazes queriam que eu fizesse, mas, o mais importante era que eu desejava fazer coisas com eles. Acabava me sentindo frustrada e vazia, quando me relacionava com caras assim. Ia de um relacionamento para outro, algumas vezes com um medo extremo de ficar sozinha. Achava que podia me relacionar apenas fisicamente com as pessoas.

Atingi um ponto decisivo: meu medo e desespero precisavam mudar. Estava bastante infeliz com relação a quão abalada eu me sentia.

Eu desejo compreender quem somos como filhos de Deus

Compreendi que minha insegurança provinha da necessidade de compreender verdadeiramente quem nós todos éramos como filhos de Deus. À medida que estudava a Ciência Cristã diariamente, descobria que os rótulos que colocava nas pessoas realmente me impediam de vê-las como Deus as via. Não desejava limitar minha clara visão do reino de Deus!

Enquanto continuava a orar sobre o relacionamento ideal, uma coisa ficou muito óbvia para mim: ele já estava em seu devido lugar! Já estava envolvida em um relacionamento estabelecido; o relacionamento que tenho com Deus como um amigo protetor, provedor, encorajador, ternamente amoroso, que sempre me ouve sem me julgar e me satisfaz onde quer que eu esteja.

A Ciência Cristã me ajuda a compreender que a paz, a alegria e o amor de Deus são reais e permanentes. O amor de Deus cuida de mim e me consola. O Amor divino cura e traz paz. O Amor está aqui para mim e para você.

Essa nova maneira de ver a Deus forçou-me a purificar o meu velho modelo de pensamento e redefiniu a maneira de me relacionar com rapazes. Descobri que esta declaração de Mary Baker Eddy é muito útil: “... [as pessoas] só precisam volver-se do pecado e perder de vista o eu mortal para acharem o Cristo, o homem real e sua relação com Deus...” (Ciência e Saúde, p. 316).

Ellen vive em Boston, Massachusetts. Quando não está no trabalho, gosta de andar de bicicleta, fazer caminhadas, viajar e visitar museus.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 2008

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.