Certa noite, ao sentir uma dor no ouvido que me incomodava com freqüência, lembreime de algo que havia aprendido na Escola Dominical e que me estimulou a contestar aquele sofrimento por meio do poder de Deus. Ponderei que Deus não poderia causar nenhum mal. De fato, Ele estava ali comigo, amando-me e me protegendo. Senti que o medo e a sensação de desamparo cediam, à medida que eu orava. Meu ouvido foi curado naquele exato momento. Essa foi a última vez que tive de lidar com uma infecção no ouvido.
Entretanto, já adulto e com filhos pequenos, resfriados e gripes pareciam vir com maior freqüência. Embora eu raramente ficasse acamado, esses surtos ainda eram um transtorno.
Sempre orava quando sentia que estava me resfriando. Certa ocasião, enquanto orava para curar um forte resfriado, pesquisei várias passagens sobre contágio nos escritos de Mary Baker Eddy, em busca de idéias sanadoras. Li o artigo: "Contágio Pessoal" do livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista e Vários Escritos], pp. 116-118. Nunca antes havia pensado nessas duas palavras juntas dessa forma.
Pensamentos negativos contribuem para as doenças
Tendo em vista que havia acabado de sair de uma situação em que ficara ofendido com as observações feitas por um membro da minha família, fiquei imaginando se poderia haver alguma relação entre as fortes reações pessoais e os resfriados e gripes. Comecei a considerar as reações ao conflito de personalidades, a preocupações financeiras, pressões familiares, e outras formas de problemas, como estados mentais negativos, que poderiam resultar em doenças físicas. Decidi que, no futuro, estaria mais atento a fim de evitar qualquer possibilidade de desenvolvimento de enfermidades.
O que trouxe a cura tanto para as reações pessoais, como para a tendência a resfriados, foi meu reconhecimento crescente de que, a despeito da situação, as pessoas e as circunstâncias não tinham, em última análise, nenhum controle sobre mim, porque somente Deus detinha esse controle. Não houve nenhuma necessidade de reagir negativamente, pois percebi que tudo que era importante para mim estava inteiramente sob o poder de Deus. Nada, nem ninguém, poderia mudar esse fato espiritual.
Ao invés de apenas tentar me livrar de um resfriado ou da gripe, estava aprendendo lições positivas sobre meu relacionamento com o Amor divino. Embora muitas vezes parecesse que eu estivesse vivendo em um ambiente frio e hostil, seja no corpo, ou no âmbito dos relacionamentos, na realidade, minha habitação verdadeira e constante é o calor do Amor divino.
Ao invés de apenas tentar me livrar de um resfriado ou da gripe, estava aprendendo algumas coisas positivas sobre meu relacionamento com o Amor divino.
Estava aprendendo a deixar o poder de Deus me proteger
Uma passagem em Ciência e Saúde descreve o que eu aprendia naquele período de minha vida: "A atmosfera da terra, mais amena do que a atmosfera da mente mortal, deixa o catarro para esta última" (p. 220). Para lidar efetivamente com o catarro, ou com o que hoje chamamos de gripes e resfriados, tinha de começar pelo meu pensamento. Sempre soube que a atmosfera da terra não era algo para se temer, no que tange às doenças sazonais, mas estava aprendendo a ficar alerta para me proteger da atmosfera de pensamentos hostis e doentios, ou seja, da "mente mortal", por meio do poder da única Mente divina, Deus.
Como conseqüência da oração, percebi uma acentuada diminuição na freqüência de resfriados e gripes sazonais. Agora, quando ocasionalmente tenho de lidar com essas dificuldades, tenho conseguido curá-las de forma mais rápida, em espírito de oração e por intermédio da compreensão do controle que Deus tem sobre meu bem-estar.
