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Estudantes de Ciência Cristã da Grande São Paulo aprofundaram seu conhecimento do Evangelho de João, fizeram reuniões inspirativas e compartilharam o que descobriram. Nos próximos meses continuaremos a apresentar excertos do que foi exposto nessas reuniões. Prosseguimos agora com os versículos 1 a 9 do capítulo 18.

O Evangelho Segundo João

parte XXVI

Da edição de julho de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


18:1 Tendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente com seus discípulos para o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim [Getsêmani]; e aí entrou com eles.

Por meio da oração, Jesus se mantinha alerta e em sintonia com Deus para compreendê-Lo e refleti-Lo.

Entendo que ele se preparou para viver integralmente a definição de Getsêmani, conforme Ciência e Saúde: "Paciência no sofrimento; o humano cedendo ao divino; amor que não é correspondido, mas apesar disso permanece amor" (p. 586). Essa oração foi vivida integralmente nos relatos posteriores, em que o Mestre obedece humildemente a Deus, cuja vontade não era provocar o sofrimento na cruz e o escárnio, mas a ressurreição, para que fossem comprovadas a onipotência do Espírito e a vida eterna.

Por meio dessa experiência, Jesus manifestou sua natureza divina, o Cristo, derivado do Espírito único. Utilizou-se do poder de Deus, cuja sabedoria era a luz que o guiava, e que despersonalizava e anulava o mal.

Embora tenha passado por essa experiência sozinho, Jesus incluiu a todos na glória da união com o Pai. Quando ele entra com os discípulos no Getsêmani, é como se os estivesse conduzindo para seu aprendizado maior, para que continuassem a demonstrar tudo o que haviam vivenciado pela convivência com ele.

18:2 E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar; porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos.

Pude inferir que esse versículo se refere não somente ao lugar físico, mas que Judas conhecia a doutrina pregada pelo Mestre, porém não a praticava. Caso o fizesse e estivesse alerta às investidas do mal, não teria manifestado orgulho e inveja.

Ele se apercebeu disso tardiamente, quando já havia trocado as riquezas do Espírito pela ganância, que não traz felicidade genuína.

18:3 Tendo, pois, Judas recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas, chegou a este lugar [Getsêmani] com lanternas, tochas e armas.

Jesus, apesar de sozinho, contava com o poder do Espírito para realizar suas obras. Isso lhe auferia uma autoridade que se fazia sentir fortemente pelos seus inimigos. Com medo desse poder, eles se armaram.

Esse versículo mostra que Judas se utilizou de escolta, soldados e armas para ir ao encontro de Jesus. O suposto poder do traidor estava fundamentado em recursos materiais, conforme este trecho de Ciência e Saúde: "Judas tinha as armas do mundo" (p. 48). Sua iluminação era de lanternas e tochas, o que, para mim, é um indício de que ele se deixava guiar somente por raciocínio humano, não pela sabedoria divina.

Esse trecho de Ciência e Saúde continua desta forma: "Jesus não tinha nenhuma delas, e não escolheu os meios de defesa do mundo. Ele não 'abriu a boca'. O grande demonstrador da Verdade e do Amor calou-se ante a inveja e o ódio" (Ibidem, p. 48). As armas de Jesus eram os frutos do Espírito, conforme Paulo explica na epístola aos Gálatas: "...o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei" (5:22, 23).

Jesus, apesar de sozinho, contava com o poder do Espírito para realizar suas obras. Isso lhe auferia uma autoridade que se fazia sentir fortemente pelos seus inimigos.

18:4-9 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntoulhes: A quem buscais? Responderam-lhe: a Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles. Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra. Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno. Então, lhes disse Jesus: Já vo-lo declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes; para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste.

Quando Jesus se identificou aos soldados dizendo "sou eu", mostrou a autoridade de Filho como reflexo do Pai, Deus, que se identificou no livro de Êxodo como "Eu Sou o que Sou" (3:14). Diante dessa autoridade, por duas vezes os soldados recuaram e caíram por terra, pois não tinham poder sobre o Cristo. Para mim, esse trecho mostra que o erro não tem poder sobre a Verdade, assim como as trevas desaparecem ante a luz.

Após garantir a segurança dos apóstolos, Jesus se entregou, sabendo que vivenciaria a demonstração final da supremacia do Espírito sobre a carne. O Cristo é sempre o vencedor, pois suas armas não são carnais e sempre protegem a todos os que nEle confiam.

Bibliografia:

Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, 1990, The Christian Science Publishing Society, Boston, MA, EUA; Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida, 2001, 2a edição revista e atualizada, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP, Brasil; Bíblia de Estudo de Genebra, 1999, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP, Brasil; La Primera Iglesia de Cristo, Cientifico y Miscelânea, Mary Baker Eddy, 2007, The Christian Science Board of Directors [La Junta Directiva de la Ciencia Cristinal], Boston, MA, EUA; Dicionário Bíblico Universal, 1981, segunda edição por Rev. A.R.Buckland, M.A., Editora Vida, Brasil; Manual de A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, Mary Baker Eddy, 1981, The Christian Science Board of Directors [O Conselho de Diretores da Ciência Cristã], Boston, Massachusetts, EUA.

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