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O crescimento da boa semente

Da edição de julho de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Como a Sociedade Bíblica do Brasil elegeu 2008 como o "Ano da Bíblia", O Arauto publicará, durante o ano, artigos que mostram como os ensinamentos bíblicos podem ajudar, de forma prática, o dia-a-dia de todos.

A Bíblia relata ensinamentos do Mestre Cristo Jesus por meio de parábolas. A do joio e do trigo conta a história de um homem que semeou boa semente no campo. Contudo, enquanto os servos dormiam, um inimigo plantou o joio no meio do trigo (ver Mateus 13:24-25). Essa parábola vem na seqüência da do semeador. Ela elucida as situações contraditórias que possam surgir durante o crescimento do caráter cristão.

Semeamos a boa semente, quando estudamos a Bíblia e praticamos seus ensinamentos. Conhecer melhor a Deus, aprimorar a oração, nutrir a esperança, fazer o bem, praticar o perdão, buscar o sentido espiritual da vida, amar o próximo — são as boas sementes que plantamos continuamente em nossa consciência. Essa caminhada não tem limite; eleva o pensamento e promove o progresso individual.

Mas, o que dizer quando, de repente, se percebe alguma presunção do mal nessa consciência tão pura, empenhada em viver o genuíno caráter cristão? Poderia o joio misturar-se com o trigo? De onde vem essa pretensão danosa? O Mestre, Cristo Jesus, explica que um "...inimigo fez isso" (Mateus 13:28). É interessante notar que ele não personaliza o inimigo; sugere que o joio apareceu ao se deixar de vigiar e orar, "enquanto os homens dormiam" (ver Mateus 13:25).

A aparência do joio é muito semelhante à do trigo. Por isso, o joio não é facilmente distinguido durante o crescimento de ambos. Ele engana ao oferecer aquilo que se espera da boa semente. Representa a natureza sutil do mal, que, disfarçando-se entre as boas sementes, as prejudica e deprecia.

Durante o crescimento espiritual, as facetas do mal, que se encontravam despercebidas na consciência, procuram se manifestar. A parábola diz que, quando o bem cresceu e produziu fruto, ou seja, quando o sentido espiritual frutificou apresentando uma vida plena, com virtudes abundantes, apareceu também o joio, com o propósito de tentar contaminar o pensamento com suas impiedosas sugestões mortais: medo, hipocrisia e dúvida, bem como de minar a ceifa por meio da sugestão de que o bem não é onipotente nem está eternamente presente conosco.

Que provação passaram aqueles homens por terem adormecido e deixado de estar vigilantes! Mas o cristianismo, vivenciado pelo Mestre, conduz à salvação pela reforma e ensina a vencer não apenas a autocondenação, mas também o sentimento de mágoa. É preciso separar o joio do trigo, somente quando se distinguem facilmente. Por isso, o senhor do campo os advertiu para que não arrancassem o joio. Eis a instrução do Mestre: "Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro" (Mateus 13:30).

Com o estudo sistemático da Palavra e a oração sincera, o sentido espiritual se fortalece na consciência e permite discernir o joio do trigo, embora tenham aparências semelhantes. A esperança, a espiritualidade e o amor asseguram a coragem espiritual e despertam uma confiança irrestrita em Deus.

Sobre os parecidos aspectos entre o joio e o trigo, Cristo Jesus disse para se esperar o crescimento de ambos até a colheita, quando a verdadeira natureza de cada um seria revelada. Isso implica paciência e trabalho constantes. Ao perseverar na elevação da compreensão, a espiritualidade cresce, frutifica, expande, o real se distingue do irreal, e o mal, que é negado, míngua e se destrói a si mesmo. O bem é imperativo e supremo. A Verdade isola e esmaga os falsos efeitos causados pelo mal e o erro é exterminado do campo fértil da espiritualidade. O progresso espiritual mostra claramente a separação entre o sentido espiritual e a materialidade. A espiritualidade é o fogo exterminador de todo o mal e o bem fica retido no celeiro da consciência divina. É impossível que qualquer coisa danosa participe do Reino de Deus. A justiça sempre prevalece.

Pude provar isso com uma experiência em que percebi como o crescimento espiritual traz desapego aos prazeres enganosos do sentido.

Estudo a Ciência Cristã desde jovem e sempre procurei me aperfeiçoar seguindo os Mandamentos e obedecendo ao Manual de A Igreja Mãe, que traz grande progresso individual. Percebi, então, a importância de abster-me de bebidas alcoólicas. Isso me parecia relativamente fácil, porém havia um drink do qual eu gostava muito, o qual me aguçava o paladar, antecipando em meu pensamento momentos de prazer pela sua degustação. Era difícil resistir a ele.

Durante muito tempo, tomava o drink porque não queria agir com força de vontade, que não cura. Contudo, seguia orando com a certeza de que o momento de libertação dequele desejo viria, já que a Ciência Cristã não impõe nada e tudo acontece naturalmente, como resultado do crescimento espiritual individual.

Certa ocasião, após um evento social, perguntaram-me por que eu não tinha tomado esse drink. Fiquei surpreso, quando me dei conta de que tal bebida estivera ao meu lado durante todo o tempo. Senti-me curado.

Essa é uma prova de que, quando o desejo e a perseverança em crescer espiritualmente são sinceros e praticados, mudanças ocorrem pela simples manifestação da Verdade.

Mary Baker Eddy diz em Ciência e Saúde: "A Ciência separa o trigo do joio pela compreensão de que Deus está sempre presente e de que o homem reflete a semelhança divina" (p. 300).

A Bíblia, a Palavra de Deus, exerce força e poder na consciência de todos os homens. Desperta para a verdade e renova a esperança de que sempre podemos reaver o bem, fora dos artifícios da inteligência humana, pois o homem é a expressão do ser de Deus. Obtemos autodesenvolvimento espiritual com o estudo bíblico, que promove a cura e dá aos homens paz e abundantes colheitas, preenchendo-nos com o sentimento de perdão, de gratidão e de louvor ao nosso Pai-Mãe Deus.

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