Quando ajudo as pessoas que lutam contra doenças mentais, o que me toca mais profundamente é a convicção de que Deus ama cada uma delas, tanto a que enfrenta o problema quanto a que presta ajuda. Esse amor se difunde de uma forma mais profunda, mais grandiosa, mais elevada e mais ampla do que podemos imaginar. Embora esse tipo de doença possa ser extremamente desafiador, descobri que é bom começar a tratá-la quando me disponho a consentir no poder desse amor, enquanto oro para compreendê-lo e praticá-lo melhor.
Na Ciência Cristã, uma das definições para Deus é Mente, a consciência universal, inteiramente boa e todo-abrangente. A boa saúde física e mental tem sua origem nessa Mente e constitui nosso estado natural. Portanto, a doença, ou um estado mental perturbado, é desnatural. Como filhos de Deus, todos têm o potencial para demonstrar a sanidade mental, mesmo quando se esteja em luta contra uma doença que talvez pareça que esteja debilitando a sanidade mental. Pode-se aproveitar cada momento como uma oportunidade de avançar um pouco mais e obter uma clareza maior sobre nossa união com a origem divina da consciência.
A identidade espiritual e crística de cada um de nós
Há uma linda passagem na Bíblia, que diz: "...Deus não nos tem dado espírito de medo, mas de poder, de amor e de uma mente sã" (2 Timóteo 1:7, conforme a Versão King James). Para mim, esse trecho se refere à identidade espiritual, crística, de cada um de nós. Em nossas orações, podemos nos empenhar para ver a nós mesmos e aos outros sob essa luz do Cristo, que vai além de uma identidade fundamentada no gênero, na hereditariedade ou em diagnósticos, até uma perspectiva puramente espiritual da nossa união com Deus. Orar dessa forma pode ajudar a dissolver o medo, quer seja o medo por nós mesmos, pelo ente querido que está doente ou o medo de que outro membro da família contraia a doença.
Não importa quão difícil seja o problema, mesmo que seja considerado incurável, na Ciência Cristã sempre existe a expectativa da cura. A doença não foi dada nem criada por Deus. Podemos enfrentar a doença apoiando-nos nesse ponto, com uma profunda convicção de que ela é impessoal e isenta de autoridade divina. Por esse termo quero dizer que a doença mental não tem origem nem no indivíduo, nem em sua família. Ela jamais fez parte da verdadeira identidade de alguém, porque cada um é filho de Deus.
Embora a Ciência Cristã ensine que a doença não tem a substância ou a permanência que talvez pareça ter, a compaixão crística e a sabedoria prática são de suma importância, à medida que aplicamos esses conceitos espirituais na oração e em nossa vida.
Se um ente querido está confuso, deprimido, comportando-se de maneira errática ou se autodestruindo, nunca é sábio ignorar o problema ou lidar com ele somente de maneira superficial. A oração imediata, específica e consagrada, que envolve essa pessoa na segurança do amor de Deus, faz-se claramente necessária. Essa oração nos leva a perceber quais os passos que devemos dar para mantermos essa pessoa a salvo. Continuar o tratamento na Ciência Cristã assegura a expectativa da cura completa.
Em nossas orações, podemos nos empenhar para ver a nós mesmos e aos outros sob essa luz do Cristo, que vai além de uma identidade fundamentada no gênero, na hereditariedade ou em diagnósticos, até uma perspectiva puramente espiritual da nossa união com Deus.
A oração pode nos ajudar a alcançar a libertação de doenças incuráveis
A oração também pode nos ajudar a obter a libertação total de qualquer problema que seja considerado tratável, porém incurável. Embora não tenha recebido o diagnóstico de doença mental, tive de enfrentar esse prognóstico devido a um problema na tireóide. Esse problema foi completamente curado por meio do tratamento da Ciência Cristã, o que foi para mim uma prova substancial de que "para Deus todas as coisas são possíveis" (ver Mateus 19:26).
Compreendo, por experiência pessoal, os desafios que enfrentamos quando cuidamos de uma pessoa com doença mental. Às vezes, isso pode ser muito desgastante, até mesmo opressivo. Acho que é importante reconhecer que não precisamos ficar envergonhados ou ter medo de pedir ajuda para nós mesmos, enquanto cuidamos de alguém.
A oração durante esses períodos é profundamente sustentadora e sanadora. Os familiares precisam saber que eles podem ter a expectativa de se volverem, cheios de confiança, à verdadeira fonte de saúde e integridade, e de usufruírem o amor que Deus tem para todos nós. Eles podem se apoiar no amor de Deus, mesmo quando acham que não podem tomar outra providência ou sobreviver a um outro dia.
Esse amor é um amor poderoso. É um amor fortalecedor. Ele muda nossa maneira de pensar. Acalma o medo. Traz paz ao nosso coração e à nossa mente e, principalmente, traz a cura.
