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Matéria de capa

Adquiri melhor compreensão de Deus

Da edição de janeiro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Há muitos anos convivo com um problema nos olhos, o que torna minha visão precária. Por isso, passei a me impor uma série de limitações das quais não conseguia me libertar pelo fato de estar muito apegada aos laudos médicos. Sempre procurei saber se a medicina já tinha algum tratamento que recuperasse minha visão, como a descoberta de um chip ocular, por exemplo.

Em dezembro de 2007 fui ao oftalmologista na esperança de que houvesse a possibilidade da colocação do chip, mas, para minha surpresa, o médico disse que o chip que estava sendo testado pela medicina não serviria para o meu caso. Isso me deixou triste, afinal, eu depositava no chip a esperança de voltar a ler e enxergar normalmente. Sentia-me incapaz e dependente quando precisava da ajuda de alguém para realizar determinadas tarefas. Era como se eu fosse um verdadeiro peso para mim mesma e para minha família, principalmente para minhas filhas, com quem convivo mais.

Essa dificuldade me levou a não querer participar de muitas atividades sociais e reuniões familiares, por achar que eu não seria capaz de enxergar as pessoas nem o local. Assim, preferia sempre ficar em casa. A vida me parecia muito limitada por aquele problema.

Um dos meus filhos reside no Rio de Janeiro e todo ano me convidava para passar as festas de fim-de-ano com ele e sua família. Em 2007, resolvi aceitar o convite e passar o Ano Novo em um local diferente dos últimos anos. Ir ao Rio de Janeiro seria como retornar para casa, uma vez que morei muito tempo nessa cidade onde criei meus filhos. Além disso, a viagem também seria uma oportunidade para fazer três coisas que me interessavam muito: rever meu filho, nora e neto, rever duas amigas de infância, uma que vive no Rio há muitos anos e outra que também passava férias lá, e, finalmente, conhecer uma igreja da Ciência Cristã, porque onde resido ainda não há nenhuma. Fazer isso seria o bastante para mim. Contudo, Deus havia me reservado a maior de todas as surpresas que já tive.

A viagem foi maravilhosa! Nos 10 dias que passei no Rio, redescobri a alegria de viver, pois compreendi que, para ver a beleza genuína da cidade e das pessoas que me rodeavam, eu não precisava apenas de olhos materiais, mas de uma compreensão espiritual acerca do que é belo. Percebi que a Alma provê a verdadeira visão e comecei a apreciar os passeios e reencontros com entes queridos a partir de um novo entendimento que Deus me dava. Deixar de pensar na visão e me conduzir diariamente somente pela inspiração divina, habilitou-me a sentir a beleza pura da natureza e das pessoas. Veio-me à mente esta passagem: "...Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mateus 6:21). Como senti a vida como o bem mais precioso que Deus havia me dado, foi muito natural expressar alegria.

Jamais havia sentido tanta felicidade. Parei de me ver como um obstáculo ou peso para minhas filhas, e comecei a aderir sem medo aos convites para todos os passeios. Havia mudado a minha forma de pensar e deixei de aceitar certas limitações que se apresentavam por problemas físicos ou de idade.

Isso se tornou claro para mim ao visitar o Cristo Redentor no primeiro dia do ano 2008, pois, apesar de ter morado no Rio de Janeiro, ainda não conhecia aquele monumento. Para minha surpresa, não me senti limitada em nenhum momento da visita. Vi a beleza infinita que Deus provê para a humanidade. Naquele momento, percebi que os olhos são as lâmpadas de Deus. Reconheci que eu enxergava por meio do sentido espiritual.

Ao visitar uma amiga de infância, sua descrença em Deus entristeceu-me. Pela primeira vez, notei que minha amiga estava sendo vencida pelas limitações da doença e da idade e fiquei decepcionada com seu estado de saúde.

Após a visita, a tristeza quis tomar conta de mim. Mesmo assim, decidi não aceitar a imagem mental de uma amiga doente e orei. Afinal, entrar em sintonia com o quadro de desânimo não seria de nenhum proveito para mim.

Em minhas orações, procurei pensar em minha amiga como perfeita, criada por Deus, livre, completa e sem limitações. Ao pensar assim, senti-me fortalecida e livre do sentimento de tristeza e de angústia. Como Mary Baker Eddy escreveu, "...a alegria não pode ser convertida em tristeza, porque a tristeza não é senhora da alegria... o bem jamais pode produzir o mal..." (Ciência e Saúde, p. 304).

No dia seguinte, visitei outra amiga de infância, mas desta vez decidi não deixar que a tristeza se manifestasse em nosso encontro. Ao chegar, fiz muita festa para ela, centei e expressei toda a minha alegria pelo reencontro, e não dei vez ao mal. Nossa conversa transcorreu repleta de júbilo. Passamos um dia maravilhoso. Cantamos e conversamos sobre o presente, sem nos prendermos ao passado.

Percebi que minha descoberta da alegria de viver estava completa ao assistir, pela primeira vez, a um culto em uma igreja da Ciência Cristã, onde fui recebida com muito carinho. Foi gratificante para mim ouvir hinos que ainda não conhecia.

Ao retornar a Salvador, percebi que minha vida havia mudado. A melhor compreensão que adquiri de Deus tirou de mim a revolta que tinha pelo fato de me sentir privada da visão. Como resultado, aproveitei o astral e a beleza do Rio de Janeiro, desfrutei o reencontro com a família e os amigos, e ainda fiz novas amizades.

Aquela viagem representou um renascer, uma redescoberta da alegria de viver. Sou grata pela ação de Deus, que me fez entender que nEle não há limitações.

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