Certo dia, em 2005, quando cuidava das tarefas de casa, senti falta de ar e fortes dores no peito. Descansei no sofá, mas o mal-estar aumentou e comecei a ter calafrios.
Lambrei-me de meu pai, que morreu em meus braços, enquanto apresentava os mesmos sintomas, e tive muito medo.
Como eu não melhorava, meu marido ligou para uma Praticista da Ciência Cristã em busca de ajuda. Ele me trouxe o telefone para eu conversar com ela. Contudo, gesticulei para meu marido porque eu não conseguia falar. Então, ele me disse: "Fala, tu consegues! Deus não tirou a tua voz".
Com a voz fraca, disse para a praticista que sentia que meu coração estava parando de bater. Com muita firmeza, ela me perguntou: "Quem disse que o teu coração está parando? Deus disse isso"? Minha resposta foi um sonoro "não". Percebi que ao dizer "não" com tanta veemência, minha voz voltou.
Após desligar o telefone, meu marido começou a cantar o hino 51 do Hinário da Ciência Cristã:
"A Mente eterna nos moldou
Com barro celestial;
Divina mão nos cinzelou
Em obra imortal.
Ao homem deu o Criador
Nobreza e poder.
A imagem imortal de Deus
Reflete o Seu ser".
Eu prestava atenção à letra e reconheci que, como sou o reflexo de Deus, que é perfeito, meu coração também é perfeito. Por isso é natural refletir a perfeição divina.
Em seguida, meu esposo leu a exposição científica do ser (ver Ciência e Saúde, p. 468), cujas idéias me fortaleceram. Identifiquei-me como filha espiritual de Deus, e afirmei que Ele está sempre comigo.
Os sintomas amenizaram e me senti mais disposta. Insisti para que meu marido fosse para a Sala de Leitura da igreja da Ciência Cristã que frequentamos. Portanto, fiquei sozinha durante a tarde.
De repente, o mal-estar voltou. Veio novamente o forte aperto no peito e muita falta de ar. Eu mal conseguia andar. Diante daquele estado, liguei para minha filha, que estava na faculdade, e pedi que ela retornasse para casa. Ela procurou me acalmar afirmando a onipresença de Deus. Logo em seguida, meu marido chegou e voltou a ligar para a praticista, que comentou sobre a necessidade de vencer o medo para alcançar a cura.
Então, lembrei de outro hino e comecei a cantá-lo baixinho:
"Ó sonhador, desperta do teu sonho;
Ó tu cativo te ergue livre e são.
O Cristo rasga o denso véu do erro,
E vem abrir as portas da prisão"
(Hinário da Ciência Cristã, 412).
Percebi que Deus sempre abre as portas para o bem e provê pensamentos puros, que eliminam todo o medo. Cantarolando esse hino, adormeci.
Ao amanhecer, a falta de ar e as dores do dia anterior haviam desaparecido. Fiquei muito feliz ao constatar que tudo estava bem e fui para o trabalho. Passei o dia tranquila, sem sofrer qualquer alteração. Senti que estava curada.
Nunca mais sofri daqueles sintomas. Levo uma vida normal. Hoje, tenho a compreensão de que a cura veio, quando reconheci que faço parte da criação divina e a reflito.
Essa e muitas outras curas que já obtive pela oração me trazem muita alegria e fortalecem minha fé.