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PARA JOVENS

Vida nova, novos amigos

Da edição de janeiro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


No verão passado, após desfrutar uma tarde com amigos, não pude deixar de pensar sobre uma época em minha vida em que a alegria e o aconchego de um companheirismo verdadeiro pareciam algo difícil de serem alcançados.

No ensino médio, eu convivia com um pequeno círculo de amigos íntimos. Éramos inseparáveis. Portanto, para mim foi muito difícil nos separarmos quando chegou a hora de ir para a faculdade. Minha faculdade, na cidade de Nova Iorque, não tinha um campus tradicional. O espaço nos dormitórios era extremamente limitado, de forma que tanto eu como a maioria dos estudantes, precisava ir de condução ou viver próximo ao campus, uma circunstância que dificultava fazer novos amigos e adaptar-me à nova vizinhança. Frequentemente, lutava com sentimentos de solidão.

Quando a vida parecia insuportável, volvia-me à Bíblia em busca de uma resposta para minha infelicidade. Também lia livros de autoajuda e pesquisava religiões diferentes. Algumas vezes, realmente me sentia consolada pela mensagem que eles compartilhavam, mas esse consolo quase sempre era temporário.

Quando Deus fala, podemos compreendê-Lo

Esforcei-me ao máximo durante minha experiência na faculdade, fiz alguns bons amigos, mas nunca me sentia realmente feliz com minha vida. Quando estava quase terminando o curso, fui dominada pelo medo do que viria a seguir. Finalmente, minha mãe me perguntou se não seria uma boa idéia recorrer a uma Praticista da Ciência Cristã. Não sabia nada sobre a Ciência Cristã, exceto que era a religião da minha mãe, mas estava aberta a uma abordagem espiritual para curar meus temores.

A praticista e eu conversamos ao telefone e, quando desliguei, estava convencida de que Deus me ajudaria e me curaria. Só posso atribuir essa sensação de certeza ao simples fato de que Deus realmente é Deus e nós realmente somos Seus filhos. Quando Ele fala, conseguimos compreendê-Lo, não importa onde quer que estejamos espiritualmente em nossa experiência. Sabia intuitivamente que havia encontrado na Ciência Cristã a resposta que estivera procurando e estava disposta a me ater a ela. Abandonei todos os outros métodos de cura e comecei a confiar na Ciência Cristã.

Ligava para a praticista com frequência durante o restante da faculdade e depois que me formei. Além do tratamento pela oração, propriamente dito, tinha muitas perguntas sobre a Ciência Cristã e a praticista, com sua paciência e amor, compartilhava comigo várias verdades sanadoras, de forma terna e generosa. Também estudava diariamente a Lição Bíblica Semanal, que era a chave para o meu crescimento espiritual. O tema de cada semana me dava um senso de ordem e enfoque naquilo que aprendia. Cada lição revelava novos aspectos de Deus, que satisfaziam às minhas necessidades específicas, a cada dia.

Tinha certeza de que o Amor divino desejava que eu fosse feliz e realizada

Com a conscientização da minha bondade inata e do meu lugar especial na criação de Deus, o sol começou a despontar. Sentia-me melhor e estava segura de que esse crescimento espiritual iria restaurar minha vida para a forma como era antes da faculdade. Entretanto, não foi esse o caso. As coisas que havia considerado como inofensivas, começaram a me irritar de forma inconveniente. Por exemplo, frequentar bares e boates agora parecia desinteressante. O linguajar ríspido soava horrivelmente aos meus ouvidos. O humor sarcástico, que havia sido meu passaporte para a fama, agora parecia grosseiro e sem nenhuma graça. Gostei das mudanças que aconteciam comigo, mas temia abandonar a única vida que conhecia.

Considerando o que aprendera a respeito de Deus, sabia que Ele teria a resposta. Estava confiante em que Ele me amava e certa de que o Amor divino desejava que eu fosse feliz e realizada. Ponderei que amar a Deus e não comprometer o que passara a ser meu mais elevado senso de justiça, não me sentenciaria a uma vida de solidão e vazio. Isso simplesmente não fazia sentido. Bem no fundo, sabia que confiar em Deus só podia me abençoar. Esse raciocínio me deu a esperança e a coragem moral de que precisava para avançar nesse caminho estreito, porém saudável.

Sabia intuitivamente que havia encontrado na Ciência Cristã a resposta que estivera procurando e estava disposta a me ater a ela.

Precisava parar de procurar aquilo que achava ser uma vida perfeita

Jesus certa vez disse a seus discípulos: "... ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos [e ambos se conservam]" (Lucas 5:37, 38). Orei para compreender exatamente como colocar esse novo vinho, ou nova compreensão sobre mim mesma como puramente boa e espiritual, em novos odres, ou seja, em uma maneira inteiramente nova de viver. A igreja filial da Ciência Cristã que frequentava era muito pequena, e todos os membros eram muito mais velhos do que eu. Além disso, não mais me sentia bem nas atividades sociais com as quais estava habituada. Embora os novos amigos da igreja fossem amorosos e me apoiassem muito, ainda assim me sentia deslocada e muito sozinha.

A praticista chamou minha atenção para esta pergunta muito útil contida em Ciência e Saúde: "Somos realmente gratos pelo bem já recebido? Então nos aproveitaremos das bênçãos que temos e assim estaremos aptos a receber mais" (p. 3). Essa pergunta lançou meu pensamento em uma nova direção. Poderiam os "odres novos", a que Jesus se referiu, estar bem à minha frente, embora eu sequer os notasse? Percebi que precisava parar de procurar por aquilo que achava ser uma vida completa e perfeita e, em vez disso, aceitar o bem já presente em minha vida. Se eu não conseguia identificar o bem já presente, como poderia receber mais? Começava a aprender que Deus é o bem e que o bem, que eu já reconhecera, era apenas algum aspecto de Deus já presente em minha experiência. Aprendia que não existem duas existências, uma material e outra espiritual, mas apenas uma existência puramente espiritual, da qual já faço parte.

Logo que terminei a faculdade, mudei-me para Chicago, onde comecei minha carreira na indústria de vestuário e a frequentar uma igreja filial da Ciência Cristã. Em seguida, fui apresentada a uma família que imediatamente me "adotou". Passei a ser convidada para festas familiares, feriados e todo tipo de evento divertido. Era uma família cheia de amor, que participava de atividades saudáveis. Nossos momentos juntos, permitiamme vivenciar minha compreensão sobre Deus, de forma prática.

Estamos sempre conectados a Deus e uns aos outros

Mesmo sem perceber, comecei a achar que os momentos em que ficava sozinha eram meus momentos favoritos; era um tempo precioso para passar com Deus, meu novo Melhor Amigo. O mundo como um todo parecia mais amável, amigável, e gentil. Comecei a sentir uma conexão mais calorosa e mais amorosa com todas as pessoas e com tudo ao meu redor, especialmente com aqueles que antes achava que não tinham nada em comum comigo. Começava a vivenciar um companheirismo com Deus, que podia ser tudo, menos solitário.

Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy escreveu sobre a utilidade da adversidade. Ela perguntou: "Ser-te-ia a existência, sem amigos pessoais, um vazio? Virá então a ocasião em que estarás solitário e privado de simpatia; esse aparente vácuo, porém, já está preenchido pelo Amor divino. Quando chegar essa hora de desenvolvimento, ainda que te apegues a um sentido de alegrias pessoais, o Amor espiritual te forçará a aceitar o que melhor promover teu crescimento" (p. 266). Ao longo dos anos, o Amor divino certamente me forçou a aceitar o que melhor promovesse meu crescimento. Compreendi gradualmente que, quer sintamos solidão, incompatibilidade ou isolamento, na verdade já temos a alegria e o companheirismo de que necessitamos e desejamos, exatamente agora, porque estamos sempre conectados a Deus e unidos a Ele e uns aos outros.

Um mês após voltar a morar em Nova Iorque, encontrei um grande grupo de amigos da mesma idade. Temos muitos interesses em comum e desfrutamos da companhia uns dos outros, de forma completa. Passamos muito tempo juntos, compartilhando nosso amor a Deus e nos apoiamos mutuamente. Tenho sido verdadeiramente abençoada!

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