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Todos são dignos de respeito e estima

Da edição de janeiro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Ser alguém, para muitos, significa ter ancestrais importantes. Não se sentiriam melhor algumas pessoas se sua linhagem familiar remontasse a algum rei ou imperador? Talvez, mas a Bíblia diz: "...vaidade de vaidades, tudo é vaidade" (Eclesiastes 1:2).

Depois de apresentar aos seus leitores um relato fascinante de sua ascendência humana em sua obra autobiográfica, Retrospecção e Introspecção, Mary Baker Eddy concluiu: "...nossa história material, mortal, é apenas um registro de sonhos, e não da existência real do homem, e o sonho não tem lugar na Ciência do ser. É como 'um conto ligeiro', e 'como a sombra que declina'" (p. 21).

A busca por nossa identidade provida por Deus é uma necessidade. Significa ir além dos pais humanos, muito além de todos os antepassados, ricos ou pobres, poderosos ou não, até encontrarmos nosso Pai divino, o único Criador. Encontrá-Lo e familiarizar-se com Ele, revela nossa verdadeira natureza e identidade como Seus filhos.

Em seu livro Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy esclareceu quem é esse Pai, a quem Jesus revelou a toda a humanidade. Ela descreveu Deus como: "Mente, Espírito, Alma, Princípio, Vida, Verdade, Amor, incorpóreos, divinos, supremos, infinitos" (p. 465).

Compreender nossa identidade como filhos de Deus, o Espírito, mudaria radicalmente nossa perspectiva sobre a vida. Isso ajudaria, por exemplo, a eliminar o conflito racial e provaria que nenhuma raça é a herdeira do reino, excluindo as outras.

Ajudaria também a estabelecer a igualdade inata entre homens e mulheres. Se Deus fosse conhecido por todos como "Onipotente", "o Altíssimo", "o Todo-poderoso", quem não ficaria orgulhoso de se apresentar como um filho ou uma filha de Deus, do Todo-poderoso?

A auto-estima é definitivamente um sentimento e um desejo legítimos. Contudo, ela não é obtida por meio da história material. Em algumas culturas, a quantidade de dinheiro na conta bancária, o número de vagas na garagem ou o sobrenome da família indicam o status social.

Em outras culturas, talvez o fator preponderante possa ser o número de filhos. A compreensão de nossa verdadeira identidade como filhos do Espírito, em outras palavras, a compreensão da nossa natureza espiritual, não material, permite-nos escapar da armadilha de uma identidade material limitada.

Minha família era pobre

Enquanto crescia, tive minha cota de frustrações. Minha família era pobre e não podia me oferecer o que eu achava que necessitava, como boas roupas e dinheiro suficiente para minhas despesas.

Quando fui para a escola, meus amigos, que eram filhos de proprietários de lojas, tinham roupas bonitas e dinheiro no bolso, o que fazia com que me sentisse inferior, muito embora eu fosse um bom aluno. No período em que frequentava a escola de ensino médio, localizada a 20 quilômetros de casa, meus amigos pegavam carona em um caminhão, enquanto eu frequentemente ia a pé para a escola, o que aumentava ainda mais minhas frustrações.

Após me formar no ensino médio, chegou a hora de ir para a faculdade. Meu país não tinha muitas faculdades e universidades na época, portanto a matrícula era um verdadeiro desafio. Desejando escapar da pobreza, queria estudar Direito ou Economia, uma vez que os formandos dessas escolas desfrutavam de status social elevado. Entretanto, para minha tristeza, só pude fazer parte da lista de espera para o ano seguinte. Finalmente, acabei frequentando uma faculdade de formação de professores.

Professores não usufruíam de grande reputação em nossa sociedade, porque o governo, que era o empregador, não pagava bons salários. Portanto, ninguém ficava entusiasmado em se tornar professor. Antes da minha formatura, a situação social dos professores em toda a nação piorou ainda mais. Fiquei muito deprimido e achava que estava destinado a ser um "joão-ninguém".

Naquela época, encontrei por acaso um exemplar da edição francesa de O Arauto da Ciência Cristã, uma revista publicada mensalmente em vários idiomas pela Sociedade Editora da Ciência Cristã. Um artigo intitulado: "Ser alguém" atraiu minha atenção. Ele expunha a irrelevância das posses materiais e dos títulos humanos, à luz do nosso valor inato como filhos de Deus.

O autor compartilhava muitas ideias, enquanto remetia o leitor para a fonte dessas ideias, Ciência e Saúde. Mais tarde, à medida que estudava esse livro, toda minha perspectiva sobre a vida mudou. Comecei a compreender e a vivenciar minha identidade verdadeira como "a expressão do ser de Deus".

Na página 552 do livro, encontrei esta declaração: "A experiência humana adquirida na vida mortal, que começa de um óvulo, corresponde àquela de Jó, quando diz: 'O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação'. Os mortais precisam emergir dessa noção de que a vida material seja tudo-em-tudo. Precisam romper suas cascas de ovo mediante a Ciência Cristã e olhar para fora e para cima".

Comecei a reivindicar meus direitos inerentes como filho de Deus

Portanto, rompendo minha casca de ovo, recusei-me a identificar a mim mesmo com uma vida rodeada de confusão e dificuldades. Ao invés disso, comecei a reivindicar meus direitos inerentes como filho de Deus, ou seja, do Espírito, da Verdade e do Amor divinos. Gradativamente, perdi a timidez e o complexo de inferioridade, senti-me mais seguro em minha auto-estima e no meu trabalho.

A partir daí, a vida tomou um rumo completamente novo e feliz. Hoje, posso ver como é ridículo pensar que meu vizinho, que possui um carro luxuoso, seja mais importante do que eu, ou que eu seja mais importante do que o rapaz que minha esposa e eu contratamos para nos ajudar nas tarefas domésticas.

Não precisava me sentir intimidado, mesmo que eu fosse apresentado ao bisneto do grande Chaka Zulu, um famoso guerreiro africano. Afinal de contas, nós temos o mesmo Pai e o mesmo valor para o Pai de todos.

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