Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Matéria de capa

O Amor abre caminhos

Da edição de janeiro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Às vezes, pode parecer que tudo está errado. Foi o que senti em 1991, quando a empresa multinacional em que trabalhava desde que havia me graduado no curso de engenharia, começou com um programa de demissão em massa.

Eu pensava que, como ocupava um cargo sênior, a minha situação era segura. Contudo, a diretoria concluiu que seria melhor dispensar a mão-de-obra mais cara e com maiores encargos para a empresa, preservar os jovens funcionários e contratar outros jovens para substituição daqueles que saíam. Como eu estava na empresa há mais de 20 anos, fui dispensado.

Ao receber a notícia da demissão, no final de setembro, não me desesperei. Como já estudava a Ciência Cristã fazia seis anos, enfrentei aquela situação aflitiva com bastante serenidade. Uma das coisas que pensei naquela ocasião foi: "Esta é uma oportunidade de progresso espiritual".

Na verdade, vinha orando dessa forma desde o início daquele ano, quando meu carro, que não estava assegurado, foi roubado. Não foi possível adquirir outro veículo, pois a pequena reserva que eu possuía na caderneta de poupança havia sido confiscada pelo Plano Collor, e eu podia apenas fazer uma pequena retirada mensal do dinheiro. Portanto, minha família foi forçada a mudar de hábitos e a se locomover de ônibus ou de carona.

Também enfrentava problemas com meu casamento. Procurei seguir estas palavras de Mary Baker Eddy: "Marido e mulher nunca devem separar-se, a menos que haja exigência cristã para isso. É melhor aguardarem a lógica dos acontecimentos, do que uma mulher deixar precipitadamente sue marido, ou um marido deixar sua mulher" (Ciência e Saúde, p. 66). Tentei preservar o casamento durante quase dois anos, de forma a dar tempo para minha esposa repensar a decisão de se separar. Contudo, as coisas não caminharam da forma que eu esperava e, no mesmo dia em que recebi a notícia da minha demissão, um oficial de justiça bateu à minha porta para me convocar para uma audiência, pois minha esposa havia entrado com um pedido legal de separação de corpos. Precisei procurar um advogado para transformar aquela separação litigiosa em consensual. O processo de separação se consumou no final de dezembro daquele mesmo ano.

Dividi a indenização que recebi da empresa ao ser demitido, fundo de garantia e salários adicionais como recompensa pela demissão forçada, igualitariamente com minha ex-esposa. Em seguida, iniciamos a venda do apartamento em que residíamos. Somente naquela ocasião percebi como a demissão havia ocorrido no momento mais adequado. Com o dinheiro recebido da empresa e com o da venda do apartamento, cada um pôde adquirir um novo carro e um apartamento um pouco menor, mas melhor localizado. Lembrei-me destas palavras de Mary Baker Eddy: "...há de tirar-te o espesso véu de tristeza dos olhos, e verás descer sobre ti a pomba de vôo suave. A mesma circunstância que teu sentido sofredor considera terrificante e aflitiva, o Amor pode converter num anjo que acolherás sem o saberes" (Ibidem, p. 574).

A aquisição de outro imóvel foi uma bênção para mim. Havia visto vários apartamentos, mas o preço daquele de que mais gostei era muito superior ao meu orçamento. Mesmo assim, fiz a contraproposta com o valor que eu poderia pagar. Entretanto, a imobiliária em que coloquei o meu apartamento à venda pretendia fazer uma operação casada, ou seja, eu venderia o imóvel e compraria outro por meio da mesma corretora. Por isso, achei melhor não considerar o apartamento de que havia gostado e escolher outro comercializado por aquela corretora. Durante as negociações, afirmei que Deus governava aquela situação.

Procurei manter o pensamento firme no fato de que Deus nunca abandona Seus filhos. Sabia que Ele estava em ação e não iria me deixar sem um lar.

No dia marcado para fechar o negócio, o comprador do meu apartamento compareceu, mas o proprietário do imóvel que eu iria adquirir, não. Tivemos de prosseguir com a venda e, ao final da reunião, estava com o apartamento vendido e com a promessa de entregá-lo em 30 dias, mas não havia comprado outro imóvel para morar.

Procurei manter o pensamento firme no fato de que Deus nunca abandona Seus filhos. Sabia que Ele estava em ação e não iria me deixar sem um lar. Assim, ao chegar em casa, um de meus filhos me informou que a outra imobiliária havia telefonado, aceitado a minha contraproposta e solicitado que eu entrasse em contato o mais rápido possível. Era exatamente o apartamento que eu apreciara! Senti que era a mão de Deus no governo da situação, de forma a abençoar a todos os envolvidos na negociação. Como eu iria pagar à vista, o proprietário achou a oferta interessante, pois era uma época de inflação alta e ele precisava urgentemente comprar material para um conjunto de apartamentos que estava construindo. Imediatamente fechamos negócio.

Após a mudança de residência, comecei a procurar emprego. Então, um colega que estudou comigo na universidade me chamou para trabalhar em um projeto de construção de casas populares. O trabalho seria sem remuneração, até que saísse o financiamento do BNH (Banco Nacional de Habitação). Achei interessante a oportunidade, pois eu poderia continuar a procurar emprego. Ao mesmo tempo, ao invés de ficar em casa, sentía-me útil por ajudar um amigo.

Durante esse período, solicitei a ajuda de um Praticista da Ciência Cristã. Ainda me lembro de suas palavras: "Deus é seu empregador. Deus tem um nicho para cada um de nós e o nicho que Ele reservou para você, só pode ser ocupado por você. Portanto, você não está desempregado, mas está entre dois empregos, um que terminou e outro que está começando. O trabalho é uma expressão de amor e Deus o coloca em contato com a pessoa que necessita do amor que você tem para dar". Compreendi, por meio das palavras do praticista, que tudo é a manifestação de amor. Eu ofereço meu trabalho, minhas habilidades, o amor e a dedicação em tudo aquilo que faço e, em troca, meu patrão me dá o salário, que é a forma de amor que ele tem para retribuir o bem que lhe faço. Também me apoiava nesta passagem da Bíblia: "Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (Provérbios 3:5, 6), e nesta de Ciência e Saúde: "O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia" (p. 454).

Deus tem um nicho para cada um de nós e o nicho que Ele reservou para você, só pode ser ocupado por você. Portanto, você não está desempregado, mas está entre dois empregos, um que terminou e outro que está começando.

Como tinha especialização em Engenharia de Qualidade, senti-me inspirado a buscar uma colocação nessa área, que passara a ser muito promissora. Após três meses, uma instituição de grande projeção nacional em Gestão de Qualidade me pediu para apresentar, no prazo de uma semana, um projeto solicitado por um grande cliente deles. Aceitei o desafio e, no tempo determinado, consegui entregar o projeto, que não só foi muito elogiado pelo cliente, como me garantiu um emprego até 1999, quando me aposentei.

Para mim, todas as soluções foram obtidas também com a leitura persistente de Ciência e Saúde, a qual me ajudou a manter a calma e a confiança no Amor de Deus, que é oniativo, guia e abre caminhos para o progresso.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / janeiro de 2009

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.