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ARTIGO CLÁSSICO

O Manual da Igreja

Da edição de janeiro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Sentinel


Durante o ano de 2009, O Arauto publicará a tradução de alguns textos da recém-lançada Antologia de Artigos Clássicos. Praticistas e Professores de Ciência Cristã colaboraram para essa compilação feita entre mais de 50.000 artigos, publicados entre 1908 e 1981, no Christian Science Journal e no Christian Science Sentinel. Esses artigos podem ser de grande auxílio na prática da cura, pois, por mais de um século, suas ideias têm trazido libertação de vários tipos de problemas e anunciado as leis espirituais de cura, praticadas por Cristo Jesus. Tais leis estão, agora e sempre, acessíveis a toda a humanidade.

Os recursos que os Cientistas Cristãos têm em mãos para seu estudo são as Escrituras, os escritos de Mary Baker Eddy, que servem para eles como uma chave para as Escrituras, e o Manual da Igreja, um compêndio de regras que os ajuda a aplicar o que lhes é ensinado. A Bíblia, compreendida sob a luz da Ciência Cristã, ajuda seus estudantes a viverem individualmente o discipulado cristão; O Manual da Igreja de Cristo, Cientista, com a provisão de que os Cientistas Cristãos trabalhem em conjunto, os está ajudando a viver, de forma coletiva, em fraternidade cristã. Os ensinamentos das Escrituras e do livro-texto da Ciência Cristã estimulam a correção do pensamento individual, enquanto as normas do Manual da Igreja tornam possível a ação correta por meio de grupos de pessoas e de toda a organização dos Cientistas Cristãos. Portanto, a Bíblia, Ciência e Saúde e o Manual são igualmente importantes, cada um com sua atribuição. O Manual mantém sua relação definida com os outros dois livros, pois nos mostra como dar os passos que trarão seus ensinamentos para nossa vida, em todos os relacionamentos necessários com nosso próximo. Ele salvaguarda e regenera a fraternidade cristã, promovendo a melhor forma possível de organização da igreja. Por essas razões, portanto, ele não pode ser dispensado, da mesma forma como as Escrituras ou o livro-texto da Ciência Cristã não o podem.

Sobre a Bíblia, Mary Baker Eddy escreveu: "Os Cientistas Cristãos são pescadores de homens. A Bíblia é nossa Rocha onde batem as ondas do mar. Ela guia os pescadores, mantém-se firme contra a tempestade, atrai a atenção e enriquece o ser de todos os homens" (Sentinel, 31 de março de 1906). Os Cientistas Cristãos sabem por experiência própria qual o lugar que o livro-texto da Ciência Cristã ocupa em sua regeneração; como ele esclarece as palavras do profeta, do apóstolo e do próprio Mestre; como ele traz a cura cristã à experiência humana nos dias de hoje. Além disso, com relação ao Manual, Mary Baker Eddy escreveu: "Disto tenho certeza, que cada Regulamento e Artigo deste Manual aumentará a espiritualidade daquele que lhe obedece, revigorará sua capacidade de curar o doente, de consolar quem está de luto e de despertar o pecador" (Sentinel, 12 de setembro de 1903). Em conformidade com a lei e a ordem estabelecidas no Manual, temos os cultos dominicais, as reuniões de testemunhos no meio da semana, a provisão do material de leitura mensal, semanal e diário, o Conselho de Conferências, as Salas de Leitura da Ciência Cristã, o trabalho do Comitê de Publicação, o rodízio nos cargos dos dignitários da igreja, etc., enquanto que, em conformidade com suas instruções, os estudantes estão sendo ensinados e os pacientes estão sendo curados, em todo o mundo. Grandes reformas, realmente, estão acontecendo por meio da ação conjunta para o bem que opera por intermédio do movimento da Ciência Cristã e das atividades verossímeis e visíveis que dão testemunho da íntima compreensão espiritual, que está, ela mesma, sendo reavivada pela lei, ordem e disciplina da organização correta.

No momento, é melhor para o Cientista Cristão que não lhe seja permitido viver para si mesmo. Seu lugar na organização o ensina muitas coisas que, de outra maneira, ele não poderia aprender, pois sua atividade na organização o eleva acima da mera consideração egoísta de seus problemas pessoais, até o apoio abnegado de uma causa impessoal. Dentro das amplas fronteiras da organização da Ciência Cristã, ele encontra inúmeras oportunidades de subjugar sua vontade própria, sua opinião própria e seu conforto próprio, em prol do bem comum, oportunidades que não lhe seriam proporcionadas nem mesmo dentro de sue lar ou em qualquer atividade no mundo; além disso, ele é incentivado, pelo bom exemplo e pela alegre fraternidade, a alcançar uma fé mais elevada no bem, à medida que os objetivos da organização são obtidos em conjunto.

Então, se o Manual da Igreja, com a organização que o provê, ocupa um lugar tão importante no estabelecimento e crescimento da Ciência Cristã, é essencial que os Cientistas Cristãos estejam ativamente atentos às suas provisões e às suas demandas. A fidelidade contínua, por exemplo, à instrução encontrada no Art. 8º, § 1º, que "Nem a animosidade nem o afeto puramente pessoal" deverão governar os motivos e os atos; até o alerta no mesmo parágrafo contra "profetizar, julgar, condenar, aconselhar, influenciar ou serem influenciados erroneamente"; até o requisito de uma atitude caridosa para com todos os pontos de vista, sejam eles religiosos, médicos e legais; até a adoção, tão insistentemente exigida, do espírito da regra áurea que ajudará a remodelar a natureza humana, até que um dia, os estatutos que provêm esse comportamento cristão, de forma tão consistente, não serão mais necessários. Ademais, é inquestionavelmente verdadeiro que aquele que realmente obedece ao requisito estabelecido no Manual com relação ao ensinamento de Jesus de que cada um procurará sozinho ao seu irmão e lhe falará sobre suas faltas, antes de anunciá-las aos outros, aceite a disciplina que o torna em atos, como também em profissão de fé, um Cientista Cristão genuíno.

Tendo em vista que a questão da organização da igreja é tão vital, ela se torna naturalmente um ponto importante a ser protegido. Um Cientista Cristão que não queira se tornar desleal à Bíblia, ao livro-texto da Ciência Cristã ou à sua autora, talvez se deixe, por meio de inúmeros argumentos, ser persuadido a assumir uma atitude apática com relação à organização da igreja. A indiferença, o descontentamento, a crítica que meramente acha tudo ruim e não é contrutivamente útil, são os sinônimos para os que se submetem a tal persuasão. Para evitar isso, cada membro precisa manter seus pensamentos ternos e amorosos com relação às atividades da igreja; ser entusiasta nas reuniões sempre que possível; ser interessado, de maneira útil, em cada detalhe do trabalho cooperativo, embora isso não signifique necessariamente que tenha de tomar parte, pessoalmente, em cada tarefa; para o mais discreto dos membros da igreja e o que menos atrai a atenção, algumas vezes esse é o melhor para servir à igreja. Isso significa, contudo, que precisamos guardar com desvelo nosso amor pela organização, mesmo em sua atual forma incompleta, para que não impeçamos seu crescimento em maior beleza e utilidade.

A indiferença para com a organização indica que acreditamos que valorizamos as Escrituras e Ciência e Saúde, mas que recusamos a disciplina que seus ensinamentos exigem de nós, por meio dos regulamentos e estatutos do Manual. Encontrar e manter um lugar dentro da organização significa, algumas vezes, abandonar a zona de conforto e a vontade própria, mas também significa abrigo, segurança e o direito à paz. Então, por enquanto, como a Líder do movimento da Ciência Cristã o fez, devemos perceber que ainda existe a necessidade de uma organização para estabelecer a Ciência Cristã, e que nenhum estudante talvez imagine que já tenha convenientemente "ultrapassado" a organização. O Cientista Cristão é um porta-estandarte dentro de A Igreja de Cristo, Cientista, e aquele que permanece leal e amorosamente em seu posto é o que melhor serve a Deus, a toda a humanidade e a si mesmo.

Poder-se-ia dizer, em verdade, que a inspiração para o Manual da Igreja se encontrava no âmago da vida de Mary Baker Eddy. Tudo o que é solicitado dos Cientistas Cristãos para a manutenção da Causa além e acima de todos os interesses pessoais, a própria Sra. Eddy já fez antes deles. Tivesse ela consultado sua própria zona de conforto, talvez tivesse sido tentada a aplicar o que sabia sobre Deus apenas para resolver sua própria salvação. Ao invés disso, labutou por mais de quarenta anos para doar sua parte ao mundo; foi impelida a fundar a igreja com todos os seus ramos educacionais e a proteger suas atividades crescentes; ela renunciou ao seu conforto, comprometeu-se a essa tarefa, para que nós, também, pudéssemos encontrar a cura pelo Cristo para os nossos pecados e dores. Consistente e abençoado é o Cientista Cristão que pode se comprometer da forma como ela o fez, até que um maior número de pessoas encontre sua cura e até que A Igreja de Cristo, Cientista, permaneça com boa vontade para com todos os homens, radiante e triunfante na terra.

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