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ARTIGO CLÁSSICO

Cristo Jesus e a verdadeira filiação

Da edição de dezembro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Journal


A influência da notável contribuição que Cristo Jesus outorgou à humanidade será sentida na consciência humana por todos os tempos. Ele provou as extensas implicações da filiação do homem com Deus e mostrou que a verdadeira filiação se origina em Deus.

É natural para os cristãos em toda parte aprofundarem e renovarem seu amor a Jesus durante a época do Natal. Eles têm um desejo ardente de conceder ao Mestre total crédito pelo que realizou. Algumas vezes, esse esforço sincero em reconhecer seu lugar sem igual na história resulta na equiparação de Jesus com Deus. Para alguns, parece completamente inadequado conceber Jesus como simplesmente um homem. Contudo, definir Jesus como Deus ocultaria o propósito da presença de Jesus na terra.

A vida de Jesus não foi uma ilustração de como Deus podia ser semelhante ao homem. Ao contrário, sua vida proporcionou uma prova incontestável de que a verdadeira identidade do homem é semelhante a Deus. Jesus demonstrou como cada pessoa pode compreender a si mesma como a semelhança de Deus. Definir Jesus como Deus seria desvirtuar a natureza de Deus, que é Tudo, o Espírito infinito.

Por outro lado, definir a verdadeira natureza de Jesus como um mortal é também desvirtuar sua real identidade. Jesus não veio para nos mostrar que Deus pode ser um homem, mas para contestar a crença de que o homem de Deus seja um mortal. Ele sabia que o homem possui uma filiação com Deus. Em última análise, sua vida revelou o significado completo da verdadeira filiação Ele compreendia que Deus era Tudo, o Ser perfeito, e que a verdadeira filiação do homem era a manifestação individual da natureza de Deus. Homem: a própria expressão da natureza de Deus! Que herança maravilhosa a de ser o filho de Deus.

Jesus realmente mereceu o título "Cristo". Contudo, ele deu a esse termo um significado que vai muito além da identificação de um único homem. Suas palavras e obras mostraram que o "Cristo" é um termo que descreve apropriadamente o relacionamento do homem com Deus, a filiação pura com Deus. Os ensinamentos da Ciência Cristã explicam que o Cristo, como parte de seu significado amplo e primordial para nós, é ideia espiritual da verdadeira filiação (ver Ciência e Saúde, p. 331).

A compreensão da verdadeira filiação, trazida à humanidade por meio de Jesus, é de um significado profundo para cada um de nós hoje. O Cristo, a verdadeira ideia de filiação, define o relacionamento individual que cada um de nós tem com Deus.

O conceito que temos sobre nós mesmos como mortais teoricamente nos separa de Deus. Uma compreensão sobre nós mesmos como filhos de Deus nos desperta para a nossa eterna unidade com Ele. O Cristo, essa essência genuína de filiação permanente, não é algo que pertence a nós como pessoas materials. É o fato eterno do ser. O relacionamento perfeito e inseparável entre Deus e o homem nunca pode ser interrompido. A filiação do homem com Deus é perpétua. Jesus não proveu pessoalmente os demais homens com a filiação espiritual. Ele trouxe à luz o fato de que, como o homem de Deus, todos eles já a possuíam. Mary Baker Eddy levanta a questão: "Acaso a filiação espiritual é uma dádiva pessoal que foi outorgada ao homem, ou é ela a realidade do seu ser, na Ciência divina"? Em uma declaração que corrobora essa última asserção, ela diz: "O conhecimento que o homem tem dessa grandiosa verdade Ihe confere poder para demonstrar seu Princípio divino, o qual, por sua vez, é indispensável para que ele compreenda sua filiação, sua unidade com Deus, o bem" (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos], p. 181).

O que Jesus revelou a respeito da verdadeira relação do homem com Deus transformará finalmente toda a consciência humana e nos despertará para um fato muito presente, para a plenitude da nossa perfeição como filhos de Deus.

O claro reconhecimento de que o homem é nascido de Deus, ao invés de provir de uma linhagem mortal, traz poderosas implicações. O nascimento de Jesus representou um problema, uma afronta contundente às crenças materialistas sobre a natureza da existência, e, em última análise, ele refutou totalmente o conceito de que a vida seja dependente da matéria. Seu nascimento virginal anulou as assim chamadas leis da natureza e abriu o caminho na experiência humana para a prova final de que Deus gera o homem como uma ideia espiritual. Sua ascensão trouxe o cumprimento da prova de que o relacionamento do homem com Deus está intacto, ou seja, de que a verdadeira filiação está imperturbada na ordem divina da realidade.

Cada um de nós tem a oportunidade de compreender a filiação espiritual que temos com Deus. Ninguém está excluído da natureza do Cristo. É o Cristo que revela a filiação constante e ininterrupta com Deus, é o Cristo que realmente constitui nossa filiação com Deus. João nos diz: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome..." (João 1:12). A essa garantia poderosa da Bíblia, Mary Baker Eddy agrega esta conscientização espiritual: "A filiação do homem, mencionada no texto, é sua relação espiritual com a Divindade: não é, portanto, uma dádiva pessoal, mas é a ordem da Ciência divina" (Miscellaneous Writings 1883–1896, p. 181).

Jesus ofereceu o exemplo supremo do que significa descobrir e viver o Cristo, essa perfeita filiação espiritual. Quando uma pessoa compreende sua verdadeira relação com Deus, sua vida assume um novo significado. Essa pessoa não vê mais a si mesma como restringida por limitações mortais. O homem é o herdeiro, a expressão da Vida e do Amor. Nossa vida pode começar a ser uma oração afirmativa, a qual comprova a filiação espiritual do homem.

O homem não é nascido da materia. Ele é a ideia espiritual, a expressão do Espírito. A consciéncia é a verdadeira substância da identidade do homem. O que denominamos corpo material é a suposta percepção de limitação. O ser real é a consciência da filiação espiritual, a compreensão de que Deus e o homem são um. A percepção crescente da consciência espiritual tem uma influéncia prática em nossa vida. Ela cura.

Jesus provou que o reconhecimento do Cristo, a filiação divina, capacita-nos a exercer o poder espiritual. As crenças materiais fogem diante da compreensão espiritual. Cada limitação a respeito da existência se baseia na falsidade de que nossa filiação esteja enraizada na matéria, ao invés de no Espírito. Essas limitações, o pecado, a doença e, até mesmo, a morte, começam a ceder quando, conforme Jesus ensinou, consideramos o Espírito como nosso Pai. Descobrimos o Cristo à medida que descobrimos nossa verdadeira relação com Deus. Mary Baker Eddy explica em Ciência e Saúde: "Como o homem real está ligado pela Ciência ao seu Criador, os mortais só precisam volver-se do pecado e perder de vista o eu mortal para acharem o Cristo, o homem real e sua relação com Deus e para reconhecerem a filiação divina" (p. 316).

Quando uma pessoa compreende sua verdadeira relação com Deus, sua vida assume um novo significado. Essa pessoa não vê mais a si mesma como restringida por limitações mortais.

Que débito eterno de gratidão devemos a Jesus, não apenas durante a época do Natal, mas durante todo o ano, por sua demonstração do Cristo. O que ele revelou a respeito da verdadeira relação do homem com Deus irá finalmente transformar toda a consciência humana, elevará a humanidade para fora da crença de vida na matéria e nos despertará para um fato muito presente, para a plenitude da nossa perfeição como filhos de Deus.

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