Em junho de 2005 notei uma saliência de aspecto estranho em um dos dedos da mão direita. A princípio, achei que fosse um caroço, que desapareceria rapidamente. Entretanto, com o passar dos dias, a saliência aumentou e tornou-se esponjosa.
Como sou Cientista Cristã, resolvi me volver a Deus em oração para alcançar a cura. Comecei a reconhecer a presença e o poder de Deus, e a afirmar que Ele me criara à Sua imagem e semelhança. Por isso, eu só poderia expressar a perfeição divina. Também aprendera na Ciência Cristã que Mente é um dos sete sinônimos de Deus, que também incluem: Espírito, Alma, Princípio, Vida, Verdade, Amor. Apoiei-me neste trecho de Ciência e Saúde: “Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita...” (p. 468). Entendi que, na verdade, o problema na mão não era a manifestação de Deus, o bem, e, portanto, era irreal.
Conforme orava, sentia que precisava perdoar uma pessoa próxima, que havia me enganado, com procedimentos pouco éticos.
Lembrei-me de uma passagem bíblica em que o profeta Elias desafia os profetas de Baal a construir um altar, a colocar nele uma oferenda e pedir fogo ao deus em que acreditavam. Isso foi feito, mas o fogo não veio. Então, Elias encharcou de água a lenha e invocou a Deus, que enviou fogo que queimou além do altar, e secou as pedras e a água que estavam na valeta. Elias foi atendido, o que para mim, foi uma demonstração do poder supremo de Deus (ver 1 Reis 18:21-40).
Li também artigos do Arauto em busca de inspiração e fortalecimento. Contudo, percebi que, apesar de todos esses recursos à mão, em alguns momentos sentia medo e ficava desanimada.
Assim, decidi pedir para um Praticista da Ciência Cristã que orasse comigo. O carinho do praticista e sua confiança na vitória da Verdade sobre a ilusão do sentido físico foram fundamentais para que eu pudesse eliminar o medo e me firmar no fato de que nada poderia me separar do Amor divino, Deus.
A confusão mental e o ressentimento cederam, diante da compreensão de que, na realidade da harmonia e justiça divinas, minha identidade espiritual nunca havia vivenciado qualquer discórdia. Ao contrário, Deus havia me conservado pura, intacta e bem cuidada, o tempo todo. Também ponderei sobre este trecho: “Insiste com veemência no grande fato, que tudo domina, de que Deus, o Espírito, é tudo, e que não há outro fora dEle. Não existe moléstia” (Ciência e Saúde, p. 421).
Para evitar olhar para aquela saliência, cobri-a com um esparadrapo e continuei normalmente minhas atividades, confiante em que não havia outro poder além do divino, e que a Verdade sempre vence o erro e a discórdia.
Após orar duas semanas com o praticista, verifiquei que a carne esponjosa havia desaparecido de modo espontâneo, indolor e sem deixar cicatrizes. Para mim, essa foi mais uma prova de que a moléstia é uma sombra que, apesar de parecer real, se dissipa diante da oração inspirada, que traz a Verdade à luz.
