No caminho para a igreja da Ciência Cristã que frequento, ando por um lugar destinado a caminhadas, corridas e ciclismo, mas que costuma também atrair pessoas desocupadas. Os que saem para a prática de esportes não costumam levar objetos consigo; no meu caso, normalmente, estou com minha bolsa e vestida de forma apropriada para ir à igreja. Alertaram-me para ser cautelosa, pois outras pessoas iá haviam sido vítimas de assalto naquele local.
Quando passei pela passarela certa vez, fui inspirada aplicar as afirmações desta frase: "Peregrino na terra, teu lar é o céu; forasteiro, tu és o hóspede de Deus" (Ciência e Saúde, p. 254). Com essas ideias, pude corrigir em meu pensamento a situação de ociosidade que se apresentava naquela região, em contraste com a atividade dos desportistas.
Reconheci que aqueles rapazes tinham um lar espiritual e que todos, sem exceção, moram na consciência do Amor divino; portanto, são amados e cuidados. Tudo o que eu reivindicava em termos de lar para mim, fazia também para eles. Enquanto me dedicava a essas considerações e orava pela felicidade do meu próximo, um senhor se posicionou ao meu lado. Começou a falar que alguns rapazes estavam assaltando transeuntes embaixo da passarela. Ele tinha acabado de telefonar para a polícia e se ofereceu para me acompanhar.
Compartilhei com ele que, naquele exato momento, eu orava e afirmava a inteireza daqueles jovens, que, como filhos de Deus, refletem a única Mente que existe, o Amor, e que só pensamentos verdadeiros e amorosos os guiavam.
Em seguida, vi um adolescente sentado bem na curva da passarela, encoberta de um lado por grandes árvores. O jovem olhou para nós e não fez nada. Quando chegamos á descida, onde já tinha mais movimento, meu acompanhante me disse que iria voltar. Agradeci sua bondade, acrescentando que Deus o enviara e que Ele tem maneiras infinitas para mostrar Seu amor e cuidado por nós.
Mais recentemente, ao descer novamente aquela passarela, um rapaz me despertou insegurança. Lembrei-me então, de uma palestra da Ciência Cristã, em que o conferencista explicou que um povo se libertou do jugo de outra nação por ter obtido a verdadeira compreensão do que significa o grande "Eu Sou" (ver Êxodo 3:14). Logo raciocinei que tudo o que importava compreender era a supremacia de Deus. Prossegui meu caminho e, quando me dei conta, estava emparelhada com o rapaz. Parecia que estávamos sozinhos naquele espaço, mas eu sabia que Deus também estava presente. Senti-me em paz e vi que não precisava temer por minha segurança. Diante da onipresença de Deus, não podemos estar em apuros, em nenhuma circunstância. Tudo o que poderia se manifestar naquela ocasião era a manifestação das ideias amorosas de Deus. Com essa postura mental, cheguei à igreja em segurança.
Essas experiências me trouxeram uma sensação enorme de valor, proteção e gratidão a Deus, pela compreensão de que todos estão sempre a salvo na Sua presença. Caminho sempre, com confiança, nas proximidades da igreja e por vários lugares do Rio de Janeiro. Continuo incluindo os cidadãos da cidade em minhas orações, reconhecendo que são todos filhos amados de Deus, com direito a uma vida digna e correta.
