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Matéria de capa

Não há perdedores na economia divina

Da edição de março de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Diariamente nos defrontamos com as manchetes: Escalada econômica sombria à vista. Lares e empregos perdidos. Preços ao consumidor em alta desordenada. Bancos falindo. Instituições financeiras indo a bancarrota. O que podemos fazer? Ou melhor, existe algo que possamos fazer? Certamente. Podemos procurar inspiração com o mais bem sucedido economista que o mundo já conheceu: Cristo Jesus.

A Economia muitas vezes é chamada de "a ciência dos maus presságios". Os economistas frequentemente predizem perdas, escassez, carência, desestabilização, fracasso. Contudo, o conceito que Jesus tinha do mundo era bem differente dessa avaliação sombria. De fato, ele disse: "Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino" (Lucas 12:32). Ele nunca temia a perda ou a carência do bem. Comprovou inequivocamente que o medo que parece levar uma economia ao declínio não tem lugar no reino de Deus, o bem. Compreendia que somos governados pelas leis da economia divina.

A economia humana versus a economia divina

A economia divina fica mais bem definida em contraste com a assim chamada economia material da oferta e da procura, com a qual interagimos diariamente. A palavra oferta designa posse. A palavra procura indica carência ou a necessidade de adquirir. Entretanto, Jesus compreendia que não havia nenhum espaço vazio na onipresença de Deus. Jesus demonstrou o equilíbrio perfeito da oferta e da procura, e suas obras comprovaram que ele realmente compreendia essas leis. Ele rejeitou a assim chamada premissa da economia material, e afirmou as leis espirituais que mantêm a economia. Levou-nos a perceber que havia uma única economia real, perfeita, intacta, gerida e protegida por Deus.

A satisfação de nossas próprias necessidades não requer que um milagre aconteça, apenas uma demonstração da lei divina

Não existe nenhum exemplo mais prático sobre esse assunto do que a demonstração de suprimento do Mestre, quando ele alimentou 5.000 pessoas com apenas alguns pães e peixes. As pessoas consideram essa experiência como um milagre, mas será que foi? Há alguns anos, fazer uma máquina voar talvez fosse tido como milagre. Contudo, hoje consideramos o voo como a demonstração da lei da aerodinâmica. Essa lei sempre existiu, precisava apenas ser descoberta. Da mesma maneira, as leis de Deus sempre existiram, apenas precisavam ser reveladas à humanidade por Jesus. Sua compreensão demonstrou que o poder da lei divina é economia divina em ação, a qual provê suprimento em face daquilo que parece ser uma oferta impossível.

É importante reconhecer que, para satisfazer nossas necessidades humanas, não é preciso que um milagre aconteça, apenas uma demonstração da lei divina. Por quê? Porque as mesmas leis da abundância que Jesus comprovou, podem ser utilizadas por nós, aqui e agora. Caso contrário, como poderia Jesus ter dito: " ... aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço" (João 14:12)? Embora a princípio seus olhos físicos não vissem o suprimento necessário para alimentar os milhares de pessoas, Jesus sabia que o bem já estava presente. Paulo disse: "...Cristo te iluminará" (Efésios 5:14). Á medida que acendermos a luz do discernimento espiritual, veremos o bem que já está aqui presente.

Soma-zero versus suprimento infinito

Quando confrontados com os elevados custos do ensino universitário, dos preços dos alimentos, da habitação, do custo de vida, enfim, com qualquer desafio financeiro, podemos ser gratos pelo fato de as leis divinas de suprimento serem exatamente tão potentes hoje, como há 2.000 anos.

Não existe nenhum "ciclo" na lei divina

Jesus nunca aceitou a teoria da soma-zero, cujo argumento é o de que não existe bem suficiente para todos. A economia da soma-zero presume que os recursos sejam finitos, e significa que, se alguém ganha, o outro precisa perder. Entretanto, nunca aceitaríamos uma quantidade limitada de números "dois" ou "quatro" para resolver um problema de matemática. Ciência e Saúde faz esta declaração corajosa: "A Alma tem recursos infinitos para abençoar a humanidade..." (p. 60). Não apenas para nós mesmos, mas para o mundo, precisamos estar alerta a fim de não aceitarmos o pensamento da soma-zero, limitando assim nossas expectativas de a bondade de Deus se manifestar de maneiras práticas. Jesus disse: "...a vossa alegria ninguém poderá tirar" (João 16:22). Não existem perdedores na economia divina.

Os ciclos pelos quais os negócios passam são outra área da economia sobre a qual parece que não temos nenhum controle. Contudo, Jesus nunca temeu as consequências dos ciclos, porque compreendia que na lei divina não havia nenhum "ciclo" e que essa lei não varia. Ela jamais se desvia do controle de cada aspecto da economia divina, ontem, hoje e para sempre. Recentemente, o proprietário de uma firma que prestava serviços de limpeza para um grande número de edifícios comerciais ligou para um Praticista da Ciência Cristã. O proprietário da firma havia perdido a maioria de seus clientes e fora forçado a dispensar vários funcionários. Ele temia que seu negócio estivesse falindo. O praticista e o proprietário oraram juntos no sentido de obterem uma melhor compreensão da base espiritual do negócio. Eles perceberam que o propósito do negócio é prover serviços de grande utilidade na execução de uma tarefa necessária. Com essa ideia correta sobre o negócio, a razão de ser da empresa, ou seja, de meramente gerar lucro, foi elevada. Eles conversaram a respeito de que o negócio não é a nossa fonte de renda, mas nosso canal de saída, daquilo que fazemos para servir, abençoar, expressar as qualidades de Deus em nossa vida. Portanto, Deus é a nossa fonte de renda.

Com a compreensão dessa verdade na consciência, o proprietário ligou para o praticista alguns dias mais tarde para relatar que havia ocorrido um aumento surpreendente nos negócios. Não somente os funcionários antigos foram readmitidos, mas novas equipes foram contratadas e caminhões adquiridos. Hoje, a empresa prospera à medida que o proprietário percebe, de maneira consistente, que seu negócio é a atividade de ideias corretas.

O capital real é a substância do Espírito, o bem

Outro aspecto do "aperto" financeiro pelo qual passam os empresários hoje, é a falta de crédito e a ameaça de escassez de capital. A crença de que alicerçamos nossa segurança no dinheiro e nos ativos precisa ser substituída pela compreensão de que o capital real é a substância do Espírito, o bem. Esse capital espiritual é sustentado por Deus e é continuamente concedido, de maneiras práticas, a cada um de nós. Como resultado, podemos pensar em termos de financiamento, produção, vendas e marketing espiritualmente orientados.

Desemprego versus bem ininterrupto

Jesus disse: "Não sabíeis que me cumpria cuidar dos negócios de meu Pai"? (Lucas 2:49, conforme a Bíblia na versão King James). Nós também precisamos cuidar dos negócios de nosso Pai. Nosso trabalho primário é representar a Deus expressando Suas qualidades. Nada pode nos privar desse emprego. Nenhuma situação econômica pode impedir Deus de Se expressar ou nos impedir de sermos essa expressão. Esse emprego como a expressão de Deus é, agora, e continuará a ser, ininterrupto, ilimitado e sempre produtivo. Quando nossa segurança financeira está firmemente enraizada em Deus, nunca somos dependentes de um empregador ou de um emprego em particular. Ao afirmar essas verdades, rejeitamos o conceito sobre nós mesmos como trabalhadores mortais sempre a mercê da economia, mas, ao contrário, reconhecemos a nós mesmos como as ideias espirituais de Deus.

A crença que alicerçamos nossa segurança no dinheiro e nos ativos precisa ser substituída pela compreensão de que o capital real é a substância do Espírito, o bem.

Mas, como o fato de declarar a verdade se traduz no rendimento do qual dependemos? Podemos realmente aplicar a lei divina à nossa necessidade prática de um contracheque? Sim! Porque CH = EH, ou seja, a Consciência Humana corresponde à Experiência Humana. O que mantemos no pensamento é objetivado como nossa experiência. "Consciência humana" é um termo usado para indicar uma suposta mistura de ideias divinas com conceitos falsos. Em sua parábola do joio e do trigo, Jesus explicou a importância de se remover o joio durante a colheita, ou seja, os falsos conceitos, deixando somente o trigo. Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde: "Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos" (p. 261).

Não podemos ser separados do nosso verdadeiro lar da mesma forma que não podemos ser separados de Deus

À medida que nossa consciência se tornar mais imbuída do reconhecimento de que o grande amor de Deus satisfaz a toda necessidade humana, veremos a evidência prática em nossa vida diária. Inteiramente empenhados em expressar a Deus, descobrimos que estamos sempre no lugar certo, na hora certa, fazendo o trabalho certo, com a recompensa certa.

Habitação física versus lar espiritual

Como lidar com o medo em relação ao mercado imobiliário, quando a crise mundial é frequentemente usada para descrevê-lo? Que oportunidade para nos lembrarmos de onde está o verdadeiro lar! O Apóstolo Paulo afirma que Deus é nossa verdadeira habitação. Ele declara: "pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos..." (Atos 17:28). Quando compreendemos o que é verdadeiramente o lar, vemos que nenhuma situação econômica pode fazer com que alguém seja privado de seu lar. Jesus disse: "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou prepararvos lugar" (João 14:2). Que alegria compreender que não podemos ser separados do nosso verdadeiro lar da mesma maneira que não podemos ser separados de Deus.

Quer estejamos procurando, vendendo, comprando ou alugando uma casa, podemos reconhecer e reivindicar que já incluímos todas as qualidades de Deus que compõem nosso lar: amor, harmonia, beleza, ordem e paz. Essas qualidades não são materiais e, portanto são incapazes de se perderem ou de se tornarem vulneráveis às condições do mercado. Podemos saber que o mercado comprador ou vendedor, as taxas de juros elevadas e a inflação não têm poder para obscurecer ou destruir na consciência a ideia correta de lar.

O medo não tem poder de interromper a provisão de Deus

Ciência e Saúde se refere ao homem como "a idéia composta que expressa Deus e inclui todas as idéias corretas" (p. 475). Portanto, o homem inclui a verdade, a ideia correta que elimina um conceito falso. O que aparece como limitação ou carência é somente uma mentira sobre a ideia correta. A ideia correta sobre negócio destrói a mentira, o conceito false de falência. A ideia correta de emprego destrói o conceito false de desemprego. A ideia correta de lar destrói o conceito false de perda do lar.

Ao compreender que incluímos todas as ideias corretas, temos tudo o que necessitamos. Quando confrontados por reportagens econômicas tensas ou negativas, podemos nos ater firmemente ao fato espiritual de que não somos joguetes desamparados do sistema econômico, sujeitos às condições que ameaçam nosso bem-estar. Nossa felicidade está fundamentada na economia divina, por meio da qual o universo inteiro opera de acordo com o Princípio divino. Como expressão infinita da Vida divina, não conhecemos nenhuma carência, privação ou declínio. A abundância onipresente e infinita de Deus é sempre a suficiência do homem.

Como Cientistas Cristãos, não ignoramos a ameaça da adversidade econômica. Ao contrário, substituímos confiantemente qualquer temor de uma economia volátil pela compreensão de que a lei de Deus governa tudo. "O medo nunca fez parar o ser e sua ação" (Ciência e Saúde, p. 151). O medo não tem nenhum poder de interromper a provisão de Deus e, na proporção em que compreendermos esse fato, veremos o bem manifestado em nossa situação financeira, permitindo-nos viver jubilosamente sob as leis da infalível economia divina.

À medida que compreendermos essa verdade, para nós mesmos e para os outros, tornar-nos-emos os economistas mais esclarecidos do globo.

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