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O caminho da saúde, não do contágio

Da edição de fevereiro de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


Como cresci na região sul dos Estados Unidos, onde o clima quente predomina, eu estava ansiosa para me mudar para o norte do país, após a faculdade, em busca de uma mudança de cenário. Foi divertido experimentar pela primeira vez as tradições do inverno, tais como andar de trenó, brincar com bolas de neve e tomar chocolate quente. Contudo, descobri bem depressa que, juntamente com as mudanças anuais de temperatura, vinham também as sombrias previsões dos surtos de doenças sazonais. Como prevenção contra essas doenças, geralmente as pessoas eram aconselhadas a evitarem ajuntamentos públicos, a tomarem vacinas contra a gripe, e a fazerem um estoque de desinfetante para as mãos. Parecia uma sombria nota de rodapé para toda a alegria que a estação de inverno oferecia.

Certa vez, em uma reunião de testemunhos da Ciência Cristã, uma quarta-feira à noite, um amigo falou a respeito de outra maneira de se combater doenças. Ele mencionou esta frase de Ciência e Saúde: "Conhece-te a ti mesmo, e Deus te dará a sabedoria e a ocasião para conseguires a vitória sobre o mal" (p. 571). Meu amigo então salientou que, embora nem sempre gostemos, de imediato, quando temos de provar o poder sanador da oração, nós sempre apreciamos as vitórias!

Houve uma dessas ocasiões em que vivenciei uma vitória sobre crises crônicas de gripe, por meio da oração. Estava trabalhando em um prédio comercial com fileiras de escritórios do tipo baia, abertos, que se intercomunicavam. Uma das características desse tipo de nichos, sem separação, é que possibilita a conversa entre os empregados. Contudo, naquele escritório, grande parte do bate-papo era relacionado a doenças, principalmente nos meses de inverno. Os cortes de pessoal nas empresas haviam acentuado as preocupações sobre a estabilidade no emprego, portanto, muitos empregados ficavam receosos de faltar ao serviço. Consequentemente, com frequência muitos colegas vinham trabalhar apresentando sintomas de gripe e falavam abertamente sobre a doença.

Como Cientista Cristã, aprendera sobre a importância de não me envolver nas conversas sobre doenças. Não que quisesse me isolar, mas sabia que minha proteção contra qualquer problema provinha do "conhecer a si mesmo" corretamente, do ouvir a Deus, e do discernir a verdade sobre minha origem inteiramente espiritual, a despeito da situação em que me encontrasse.

Sentia-me alienada, não só das minhas tarefas, mas também da minha capacidade de manter o pensamento correto sobre o ambiente

Quando o inverno chegava, o primeiro sinal de doença entre os colegas de trabalho servia como um típico sinal de alerta, que dava início às minha orações. Como um soldado se preparando para a batalha, todos os anos eu insistia mentalmente em que meus colegas e eu éramos imunes às doenças contagiosas, sujeitos somente às leis divinas de saúde e harmonia. Contudo, a menos que usasse tampões de ouvido, não havia como fugir do barulho constante dos espirros, narizes sendo assoados e tosse. As conversas sobre doenças continuavam. Durante três anos consecutivos, "peguei" a gripe juntamente com meus colegas de trabalho. Assim que os sintomas apareciam, sentia-me impotente para interromper a escalada descendente rumo àquela situação horrível. Minha única opção, pensava, seria deixar que a doença seguisse seu curso normal. Portanto, ficava em casa e tentava me sentir confortável, enquanto esperava sarar da gripe. Após a experiência, eu emergia cansada da batalha, com o pensamento de que, mais uma vez, fora atropelada por um inimigo implacável.

Em um determinado inverno, resolvi reexaminar minha abordagem quanto ao tratamento pela Ciência Cristã e fazer uma oração preventiva, contestando todos os pensamentos de contágio.

A cada ano, caía na armadilha de me culpar por não conseguir manter minha saúde. (Todo essa autocondenação não me ajudava!) Para piorar ainda mais as coisas, comecei a sentir ressentimento pelos empregados que vinham trabalhar visivelmente doentes. Sentia-me alienada, não só das minhas tarefas, mas também da minha capacidade de manter o pensamento correto sobre aquele ambiente.

Em um determinado inverno, resolvi reexaminar minha abordagem quanto ao tratamento pela Ciência Cristã e fazer uma oração preventiva, contestando todos os pensamentos de contágio. Então, certa manhã, quando senti os sintomas de gripe chegando, enquanto dirigia o carro para o trabalho, parei e escutei a voz de Deus. Eis o que me veio ao pensamento: "Estou disposta a aceitar que exista alguma coisa que Deus não possa curar"? A resposta tinha de ser não. Durante gerações minha família havia praticado a Ciência Cristã e curado com eficácia todo tipo de problema. Tendo em vista que eu não estava vivenciando sintomas muito fortes que pudessem causar danos aos meus colegas, resolvi ir para o trabalho, de onde liguei para uma Praticista da Ciência Cristã pedindo ajuda. Depois de ouvir a minha história, ela declarou: "Você não tem de seguir por esse caminho. Você não está sujeita ao sonho adâmico". Em seguida, ela se comprometeu a me apoiar em oração. Desliguei o telefone, perplexa com sua referência bíblica e um pouco desconcertada com suas palavras. Ela não tinha sequer mencionado a palavra contágio! Fiquei imaginando como o rejeitar algo chamado "sonho adâmico" podia estar relacionado com meu problema ou ajudar-me a vencê-lo.

Compreendi que a solução não era tremer de medo diante dos sintomas ou voluntariosamente derrotar com fuzilaria mental as conversas negativas

Por isso, dediquei algum tempo da minha rotina matinal para ponderar as palavras da praticista. No primeiro capítulo da Bíblia, que traz o relato da criação, Deus declara que somos feitos à Sua imagem. Criado a partir de um projeto espiritual sem defeitos, este era o protótipo do homem sobre o qual havia aprendido na Ciência Cristã. Contudo, a história de Adão, no capítulo seguinte, retrata outro tipo de personagem: desobediente, facilmente influenciável e sujeito a ver e a acreditar nos sentidos físicos, em vez de no senso espiritual. Ao reler esse capítulo, vi mais claramente como Adão estava adormecido para a sua verdadeira natureza espirutal. Ao aceitar outra identidade, ou falsa identificação, ele vivenciou sofrimento.

Pude constatar que a doença era uma falsa crença que podia ser rastreada até a aparentemente inócua história de Adão que sugeria um mundo de sonho, separado da realidade da perfeição de Deus.

Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy declarou: "Tudo quanto indica a queda do homem, ou o oposto de Deus, ou a ausência de Deus, é o sonho de Adão, que não é nem Mente nem homem, pois não foi engendrado pelo Pai" (p. 282). A partir daí, pude constatar que a doença era uma falsa crença que podia ser rastreada até a aparentemente inócua história de Adão que sugeria um mundo de sonho, separado da realidade da perfeição de Deus.

Quando ponderei sobre isso, compreendi que a solução não era tremer de medo diante dos sintomas ou, de forma voluntariosa, derrotar as conversas negativas com fuzilaria mental, mas simplesmente "despertar" para o que eu sabia ser espiritualmente verdadeiro sobre meus colegas e sobre mim mesma. Tendo em vista que Deus criou tudo, e cada parte dessa criação é boa, meus colegas e eu usufruíamos de um ambiente incontaminado, em que não existia nada além de uma "...Mente infinita e sua manifestação infinita", (Ciência e Saúde, p. 468). Nessa habitação, os agentes estranhos de doenças não tinham qualquer base real, e nenhuma quantidade de conversas contraditórias poderia dar poder a um mito. Uma vez que o mito, o sonho, tem poder apenas para o sonhador, a batalha se resumia em permanecer desperta para esses fatos.

Imediatamente, comecei a me sentir melhor

De repente, desbancar a história desse personagem chamado Adão parecia ser muito relevante para minha situação. Embora já tivesse pensado anteriormente que precisava abordar melhor a crença em contágio, vi que meu primeiro passo era "conhecer a mim mesma" espiritualmente, como também meu verdadeiro ambiente. Uma vez que tinha de incluir a todos em meu pensamento, essa mudança, uma espécie de divisor-de-águas, exigia também uma atitude mais tolerante e amorosa para com as lutas dos meus colegas de escritório.

Imediatamente, comecei a me sentir melhor e, por volta do meio dia, todos os sintomas da gripe tinham desaparecido. Nenhuma escalada descendente, autocondenação ou ressentimentos se seguiram. Não havia comentado o problema com ninguém no trabalho, de modo que o incidente não foi percebido nem comentado pela equipe. Imaginem a gratidão que senti por estar livre desse problema recorrente! Essa nova perspectiva espiritual mudou meu pensamento de forma tão clara, que não me lembro de ter ouvido novamente, no trabalho, conversas sobre doenças.

Essa nova perspectiva espiritual mudou meu pensamento de forma tão clara, que não me lembro de ter ouvido novamente, no trabalho, conversas sobre doenças.

Desde aquela ocasião, não houve mais "aniversários" obrigatórios de doenças sazonais. Tenho lidado com qualquer caso de sintomas, sequindo a clara orientação diretamente das páginas de Ciência e Saúde: "Conhece-te a ti mesmo", o que resulta na expectativa de mais progresso espiritual.

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