A Ciência Cristã trouxe muitas bênçãos e grande alegria à minha vida. Uma nova experiência recente foi particularmente desafiadora, mas persistir nas verdades ensinadas por Cristo Jesus e Mary Baker Eddy me levaram à cura.
Saí da Escócia para visitar a família na Austrália. Durante a viagem, comecei a me sentir mal. Sempre confiei na oração fundamentada nos princípios da Ciência Cristã, quando buscava cura, e esperava um rápido restabelecimento da minha saúde. Como isso não aconteceu rapidamente, entrei em contato com um Praticista da Ciência Cristã. Tinha certeza de que tudo ficaria bem e, com o apoio amoroso do praticista, completei a viagem e voltei para casa. Mas a situação piorou e os sintomas indicavam algum tipo de doença cardíaca, o que me deixou bastante temerosa. Meu pai havia falecido, após contrair um problema semelhante.
Como Praticista da Ciência Cristã, orava diariamente para mim mesma e para os pacientes. Perseverei nessa prática, começando a cada manhã com a "Oração Diária" (Manual dA Igreja, p. 41), e o estudo da Lição Bíblica Semanal. Também me concentrava neste versículo da Bíblia: "Não morrerei; antes, viverei e contarei as obras do Senhor" (Salmos 118:17). Mantinha contato regular com o praticista e compartilhávamos muitos pensamentos úteis. Uma passagem em particular de Ciência e Saúde me chamou a atenção: "Só quando reconhecem a supremacia do Espírito, que anula as pretensões da matéria, é que os mortais podem desfazer-se da mortalidade e encontrar o vínculo espiritual indissolúvel, que estabelece o homem para sempre na semelhança divina, inseparável de seu criador" (p. 491). Sabia que esse era o caminho a seguir, e me comprometi a vigiar para que cada pensamento meu reconhecesse a supremacia do Espírito.
Meu desejo profundo era o de enfrentar esse desafio exatamente onde me encontrava, e continuar a servir a Deus da maneira que gostava
Como a cura ainda não tinha acontecido, comecei a ter fortes crises de depressão. Durante toda minha vida havia me volvido a Deus em busca de cura, e sempre fui abençoada. Mas, naquele momento, a sensação de estar separada dEle se acentuava. Em certo momento, descobri-me enfrentando pensamentos suicidas. Novamente me estabilizei e reencontrei segurança e confiança nos ensinamentos da Ciência Cristã, ou seja, de que só podemos viver na vida eterna, em Deus. Meu desejo profundo era o de enfrentar esse desafio exatamente onde me encontrava, e continuar a servir a Deus da maneira que sempre gostara. Portanto, a morte não era uma opção.
Estava grata pela orientação do Salmista de que mesmo se parecêssemos caminhar "pelo vale da sombra da morte" (ver Salmos 23:4), Deus estaria exatamente ali conosco. Além disso, jamais permanecemos no vale; passamos por ele. Deus nunca nos abandona, mas está sempre presente conosco, a cada passo do caminho, muito embora nem sempre possamos sentir essa presença.
Mais ou menos nessa mesma época, um conhecido me ligou, alguém que eu sabia que estava se preparando para se dedicar à prática da cura pela Ciência Cristã. Perguntei-lhe se ele gostaria de vir até minha casa para conversarmos. Embora morasse muito longe, ele veio naquele dia mesmo. Conversamos sobre nosso amor pela Ciência Cristã, compartilhamos muitas experiências de cura que cada um de nós havia testemunhado, e nos rejubilamos em nossa compreensão da presença sanadora de Deus. No dia seguinte, ele voltou com uma grande panela de sopa caseira, tradicional da Escócia. Fiquei sensibilizada. Acho que esse foi um momento decisivo. Comecei a comer novamente. O que se seguiu foi uma história de amor em todos os sentidos. Meu novo amigo era viúvo, e eu estava viúva havia alguns anos. Casamo-nos quatro meses depois.
Os surtos de depressão diminuíram e logo desapareceram e, embora a cura completa do transtorno cardíaco ainda não tivesse ocorrido, nunca duvidei de que ela ocorreria. Meu querido marido sentava-se comigo, a noite inteira, durante as noites difíceis. Trabalhamos sinceramente para expressar o "...grande coração do Amor..." (Ciência e Saúde, p. 448), em todas as nossas atividades.
Houve um momento em que minha oração me guiou aos "dois pontos cardeais" da Ciência Cristã: "...a nulidade da vida e da inteligência materiais e a poderosa realidade de Deus, o bem" (Ciência e Saúde, p. 52). À medida que me concentrava nisso, minha identidade espiritual se tornou pouco a pouco tão clara para mim, e tão preciosa e segura, que a matéria e suas crenças perderam o poder de me impressionar. Conheci e senti a supremacia do Espírito. Imediatamente a cura se manifestou. A dor cessou, meu ânimo retornou, o sono se normalizou, e os outros sintomas angustiantes desapareceram. Que liberdade senti! Nesses cinco anos desde que a cura ocorreu, tenho me regozijado em cuidar do jardim e em fazer longas caminhadas sem esforço pelas minhas amadas colinas escocesas.
Embora essa cura tenha demorado um pouco, jamais enfraqueci na certeza de que o Princípio divino, o Amor, sempre esteve em ação me sustentando. As lições aprendidas nessa jornada espiritual continuam a me abençoar e a me fortalecer ainda hoje. Só posso dizer com um coração muito grato: "Obrigada, Pai".
 
    
