Sobre a escrivaninha, no aquário, peixinhos mantinham em dinâmica desordenada uma movimentação que contrastava com a quietude da casa... Um pequeno abajur fornecia luz apenas para o trabalho e nossa cadela, Deca, fiel companheira, abanava seu rabo demonstrando amor, sempre que recebia um afago. Nesse ambiente, minha mãe permanecia acordada madrugada adentro, corrigindo provas ou lições dos alunos, fazendo apontamentos ou planejando aulas. Era sua rotina como professora primária estadual e mãe de 7 filhos. Eu dormia na sala com uma irmã e, por incontáveis vezes, assisti quietinha seu trabalho tão dedicado!
O método de ensino naquela época era bem diferente do atual, pela inexistência da internet, dos recursos multimídia e outras facilidades; provavelmente menos desafiador, mas também muito exigente. Na condição de aluna e filha dessa dedicada Professora, afirmo que ela muito amou sua profissão de educadora.
O genuíno professor, desde sempre, vai ao encontro de seus alunos como um semeador diligente. Ao transmitir conhecimento adquirido com estudos e experiências, tem em mente realizar uma "obra maravilhosa". Ao educar, semeia e cultiva virtudes visando à formação de um bom cidadão. Sementes de respeito, ética, moralidade, dignidade e fraternidade que, quando germinadas, sustentam uma plataforma mental sólida para receber o aprendizado acadêmico e desenvolver a intelectualidade.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!