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UMA IGREJA VIVA

Um ministério precioso

Da edição de outubro de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Um dos ensinamentos finais na trajetória terrestre de Jesus, ministrado aos seus discípulos poucos dias antes de sua crucificação, inclui a instrução de atender às necessidades dos que são menos favorecidos. Ele ensinou sobre o Filho do homem elogiando o trabalho daqueles que levaram a sua missão ao mundo. Ele começou: "Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar" (Mateus 25:35, 36). Então, ao perguntarem quando haviam feito essas coisas a ele, a notável resposta foi: "...Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram" (Mateus 25:40).

Durante décadas, Cientistas Cristãos em todo o mundo têm levado a dádiva mais preciosa que possuem, a Ciência Cristã, e a têm oferecido aos outros em instituições penais, manicômios, instalações militares e casas de repouso. É um ministério precioso, algumas vezes realizando cultos de igreja, outras vezes sendo um amigo ouvinte ou oferecendo a Bíblia, Ciência e Saúde ou um dos periódicos da Ciência Cristã.

Esse ministrar não se refere a uma pessoa aconselhando outra. Ao contrário, é o Cristo, a verdade sobre Deus e o homem, falando tanto ao membro da igreja como a um amigo. Mary Baker Eddy escreveu: "Cristo é a ideia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana" (Ciência e Saúde, p. 332). Esse Cristo está em toda parte, falando a todos. Tudo o que necessitamos é de um pensamento receptivo.

Tive o privilégio de servir durante muitos anos nessa atividade, primeiro em uma casa de repouso da Prefeitura e, mais tarde, em uma Instituição Correcional em Chicago. Logo no início dos meus trabalhos, um guarda se aproximou de mim e declarou: "Capelão, não sei por que o senhor perde seu tempo com esses homens. Eles são mentirosos, ladrões e assassinos. Eles são culpados mesmo que digam o contrário. Eu não lhes daria as costas nem por um momento". Antes que eu pudesse sequer responder, ele declarou: "Bem, acho que os vejo da maneira que preciso vê-los e o senhor os vê da maneira que necessitam serem vistos. Continue o bom trabalho, Capelão".

Ele estava certo, pelo menos sobre mim. Eu os estava vendo da maneira que necessitava vê-los, como filhos amados de Deus. Tentei muito viver de acordo com estas palavras de Ciência e Saúde: "Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes" (pp. 476-477).

Certa tarde, um pouco antes de sair para realizar um culto na prisão, meu amigo e membro da igreja, Ed, ligou e pediu que eu começasse a orar pelo serviço religioso que estaríamos conduzindo e para chegar o mais depressa possível. Bilhetes haviam sido encontrados que revelavam os planos para uma luta entre gangues durante o culto. Os oficiais encarregados não informaram aos participantes que o plano deles havia sido descoberto e, tão logo cheguei, eles introduziram na capela os 125 internos que desejavam assistir ao culto. Naquele ponto, o tenente encarregado informou à congregação que os boatos sobre a luta haviam vazado. Disse que, assim que ele visse qualquer um dos internos tentando atacar o companheiro, ele removeria imediatamente meu amigo e eu da capela. Os que ficassem em pé depois da briga, teriam de prestar contas aos oficiais de plantão. Alguns minutos mais tarde, Ed pediu à congregação para abrir o Hinário da Ciência Cristã no hino 59. Não podia acreditar, o primeiro verso deste hino era: "Enceta a luta pelo bem, É Cristo a lei, o teu poder". Mais tarde, Ed me disse que queria atacar frontalmente esse pensamento perigoso de luta.

A tensão naquela capela era tão palpável, que poderia ser cortada com uma faca. Mas, em vez disso, nós a cortamos com a Palavra de Deus, a Lição Bíblica da Ciência Cristã. Podíamos sentir a presença sanadora do Cristo assumindo o controle. No final do culto, eles todos ficaram de pé e aplaudiram.

Tivemos o cuidado de compreender que não estávamos trazendo o Cristo para a prisão, mas sabíamos que Ele já estava ali e que sempre estaria. Deus está em toda parte e em toda comunidade. Esquinas escuras, becos sem saída, metrôs subterrâneos, não podem ocultar a presença de Deus. Sua eterna presença enche todo o espaço com Seu amor ilimitado e todo-poderoso, que guia, protege, abençoa, revela e cura.

Isso representou verdadeiramente a "igreja viva" para mim. Tínhamos prazer em ir à prisão a cada semana e ver o que o bom Deus revelaria. Ele nos abençoou de inúmeras maneiras, assim como àqueles a quem ministramos.

Aqueles cultos inspiraram uma restauração em minha vida e na vida dos internos. Sabíamos que essa talvez fosse a única oportunidade de compartilhar a Ciência Cristã com aqueles homens e isso era importante e vital. Esse também era um trabalho jubiloso e sou grato por ter feito parte dele durante muitos anos. Agradeço a Deus pelas pessoas no mundo inteiro que obedecem ao estímulo do Mestre: "Estava na cadeia, e foram me visitar"!

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