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ESPIRITUALIDADE E CURA

É nosso dever provar a compreensão da vida eterna

Da edição de outubro de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


"Ele ressuscitou!" Diz-se que essa foi a jubilosa notícia que correu entre os discípulos e outros seguidores mais chegados a Jesus, ao descobrirem que ele havia vencido a morte. Que triunfo fantástico! Ele ressuscitou! Ele está vivo! A morte havia sido abertamente enfrentada e fora derrotada! O "ultimo inimigo" havia caído diante da ação da compreensão espiritual.

Os alunos de Jesus estavam perplexos. Talvez, retrospectivamente, isso não devesse parecer tão assombroso assim. Jesus havia predito exatamente tal vitória. Todos os seus ensinamentos apontavam para a lógica de tal triunfo. Mas, vencer o atentado brutal de matá-lo estava claramente além das expectativas de seus discípulos. Agora, eles começavam a compreender a profundidade de seus ensinamentos, que a Vida não é uma mistura de vida mortal material e vida eterna espiritual; ela é puramente espiritual, sem quaisquer limites.

Jesus lhes havia dito: quem crê em mim tem a vida eterna (ver João 6:47). Tem: está no tempo presente. Aquele que crê nos ensinamentos de Cristo Jesus tem os meios agora para vencer a morte, destruindo a crença de vida na matéria.

Jesus derrotou completamente a tentativa pública e humilhante de acabar com sua vida

Mary Baker Eddy compreendeu o significado revolucionário da vitória de Jesus sobre a morte. Ela a incluiu na "breve exposição" dos pontos importantes que definem a religião que ela ofereceu ao mundo há mais de 100 anos, os quais ela chamou de "artigos de fé da Ciência Cristã" (ver Ciência e Saúde, p. 497). Ela percebeu o quão central era esse ato para a compreensão do ensinamento de Jesus. Falando sobre os discípulos mais chegados a Jesus, ela reconheceu que esse fato foi a descoberta espiritual deles. Ela explicou: "Isso os convenceu da veracidade de tudo quanto havia ensinado" (Ciência e Saúde, p. 46).

Na cultura da época de Jesus, a morte era adorada, como tem sido em todos os períodos da história humana, inclusive no nosso. Vivemos em uma cultura que coloca a morte sobre um pedestal, exige que nos curvemos diante dela e nos diz que devemos aceitá-la como inevitável.

Somos treinados a pensar sobre nossa vida como tendo "um fim inevitável". O ato mais importante da trajetória sanadora de Jesus foi a destruição da ideia de que a vida é inevitavelmente limitada. Ele ensinou e demonstrou ao mundo que a vida, como reflexo da existência divina, é eterna. Na sua época, bem como na nossa, "vida" remete ao oposto "morte". Ele explicou e, em seguida demonstrou que a verdadeira vida, nosso verdadeiro ser, é eterna. O que os seus discípulos mais valorizaram em seu ensinamento foi que ele tinha "as palavras da vida eterna" (ver João 6:68). Daí a alegria deles ao descobrir que "Ele ressuscitou!" Jesus derrotou completamente a tentativa pública e humilhante de acabar com sua vida.

A disposição de Jesus de passar pela crucificação foi o exemplo mais poderoso de amor que alguém podia dar, de amor a Deus e à humanidade

Jesus estava liderando a revolução mais radical que o mundo jamais conhecera. Ele estava provando que o mundo material, que havia desenvolvido a tese de que a vida devia inevitavelmente acabar na morte, era 100 por cento falso. Foi-lhe perguntado: "que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna"? Em um caso notável, ele orientou o autor da pergunta a compreender e a obedecer aos Dez Mandamentos (ver Mateus 19:16-22; Marcos 10:17-22). Em outra ocasião ele aprovou o senso que o autor da pergunta tinha sobre a lei hebraica (ver Lucas 10:25-37). Em ambos os casos, contudo, algo mais era necessário. Jesus enfatizou que, além da compreensão formal da lei e da obediência a ela, havia a necessidade de aprender a como amar e, então, a como pôr esse amor em prática.

Ambos os casos envolviam sacrifício, o tipo de sacrifício que está no âmago de se aprender a amar. Em um dos casos, tratava-se de um homem rico que tinha de aprender a verdadeira generosidade, ou seja, como dar tudo aos pobres. No outro, era um advogado arrogante que tinha de aprender humildade, o sacrifício do eu humano, e como perceber as verdadeiras necessidades dos outros e satisfazê-las de forma natural e sem hesitação.

Vivemos em uma cultura que coloca a morte sobre um pedestal, exige que nos curvemos diante dela e nos diz que devemos aceitá-la como inevitável.

Esses foram momentos de ensinamentos que incluíam tanto o preceito quanto o exemplo. A disposição de Jesus de passar pela crucificação foi o exemplo mais poderoso de amor que alguém podia dar, de amor a Deus e à humanidade. Ele abriu mão de todo senso de um ego separado. Para mim, a parte maravilhosa de tudo isso é que ele o fez para os outros, para nós. Ele estava muito consciente de seu papel como um modelo para nós. Ele se identificava como "o caminho" (João 14:6), para que pudéssemos segui-lo como a um Guia.

Jesus provou, para o benefício de todos, que a morte não tem nenhum poder sobre o homem. Ele estava nos mostrando, de forma específica, que a compreensão e a demonstração da vida eterna é uma meta à qual precisamos nos dedicar, hoje mesmo. Francamente, não podemos deixar para "mais tarde".

A Sra. Eddy destaca a extrema importância de não esperar nem mais um segundo para começar esta tarefa crucial: vencer a morte. É a exigência para elaborar nossa própria ressurreição. Ela explica: "Se a crença na morte fosse destruída, e alcançada a compreensão de que não há morte, isso seria uma 'árvore da vida', conhecida pelos seus frutos. ... [e] essa compreensão nos vivificará de novo" (Ciência e Saúde, p. 426).

Há alguns anos, tive a oportunidade de colocar em prática essa compreensão de que não existe morte. Estava sozinho em casa e havia me preparado para podar uma árvore muito alta em meu quintal. Havia encostado a escada com extensão contra aquilo que eu julgava fosse um galho sólido e subi até o topo para começar a poda. Mal havia chegado ao topo da árvore quando um estalo assustador me dizia que eu havia avaliado mal a resistência daquele galho de apoio.

O reconhecimento de mim mesmo como imortal permaneceu como um pensamento cheio de energia, sempre encorajador, sobre minha identidade, ajudando-me também a ver os outros como criações igualmente imortais de Deus, da própria Vida, auxiliando-me inclusive a perceber o ser verdadeiro deles e a amá-los.

A queda parecia sem fim. Sim, algumas cenas da minha vida começaram a passar rapidamente pela minha mente. Mas, um pensamento se sobressaiu acima de todos os outros: "Deus é minha Vida. Não existe nenhuma coisa como 'minha vida', separada de Deus".

Deus, a Vida divina, continuava a me criar

Acordei umas duas horas depois de ter perdido a consciência. Eu estava gelado e não conseguia me mover. Pensei: "Esse é um teste para tudo que você aprendeu na Ciência Cristã sobre a Vida". Eddy, em sua principal obra Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, faz a pergunta: "O que é Vida?" (p. 468). Lembrei-me de dois pontos daquela resposta: 1) que a Vida é eterna, ou seja, sem começo ou fim, e 2) que a matéria é totalmente irrelevante para a Vida. Certamente, pois ela havia compreendido que sua Vida era Deus. Mas eu também já havia estabelecido que Deus era literalmente minha vida. Agora, tinha de compreender claramente que havia um único Deus, uma única origem de toda a existência. Não havia nenhuma força dinâmica que não fosse o Espírito, Deus. Tinha de compreender, espiritualmente, que essa Vida, que é a minha vida, seguia me mantendo vivo e definindo cada detalhe da minha existência. Deus, a Vida divina, continuava a me criar.

O que eu mais precisava era de uma verdadeira ressurreição do meu pensamento e essa oração me proporcionou isso. Mas ainda aceitava, até certo grau, a noção materialista de que meu corpo físico tinha vida nele próprio. Entretanto, gradualmente, meu pensamento foi literalmente se elevando para fora daquela consciência, a fim de começar a sentir a Deus como minha Vida. Estava começando a sentir que Deus é a fonte da minha percepção (Deus é minha Alma), Deus é a fonte do meu conhecimento (Deus é minha Mente)—Deus é meu tudo!

Essa é exatamente a maneira como Eddy nos ajuda a expandir nossa compreensão de Deus, usando cuidadosamente sinônimos selecionados para essa causa divina de toda realidade.

Acima de tudo, comecei a perceber o que significava estar sem uma vida própria, totalmente dependente de uma única fonte de tudo: a Vida divina. Por meio dessa ressurreição do meu pensamento, senti um calor que aqueceu novamente meu corpo e também a habilidade para, pelo menos, rastejar até a cozinha. Deixar Deus me definir, em oração, mantendo esse conceito de mim mesmo no pensamento, ajudou-me, nos dias subsequentes, a recuperar a quase normalidade dos meus movimentos. Às vezes, parecia uma verdadeira agonia, mas, dentro de umas duas semanas, estava de volta tentando encontrar uma maneira diferente para subir até os ramos do topo da árvore para podá-los.

Podemos desenvolver uma conscientização mais clara, mais específica, da vida eterna

O reconhecimento de mim mesmo como imortal permaneceu como um pensamento cheio de energia, sempre encorajador, sobre minha identidade, ajudando-me também a ver os outros como criações igualmente imortais de Deus, da própria Vida, auxiliando-me inclusive a perceber o ser verdadeiro deles e a amá-los.

Eddy reconheceu que Jesus já havia respondido a mais famosa pergunta na literatura inglesa: "Ser, ou não ser...?" "Não ser" não é uma opção. Mesmo quando a morte está sendo constantemente retratada pelas instituições sociais como uma alternativa para a vida, podemos, realmente devemos, desenvolver uma conscientização mais clara, mais específica, da vida eterna. Você alguma vez imaginou como seria a vida sem o tempo? ... e assim sem uma sequência de acontecimentos? ... e, naturalmente, sem idade? Desafiador, não?

Eddy identificou o problema. Ela começou com a lei: "A Vida é eterna". Em seguida, ela nos encoraja a "certificar-nos disso, e começar a demonstrá-lo". Finalmente, ela nos estimula: "Modelemos, então, nossos conceitos da existência, em beleza, louçania e continuidade, em vez de em velhice e decrepitude" (Ciência a Saúde, p. 246).

Podemos, devemos, sair da tumba do pensamento mortal, como Jesus o fez

Beleza, louçania e continuidade—cada um desses termos traz ao pensamento alusões a respeito da natureza essencial da vida eterna. Cada um de nós pode assimilar essas referências ou mensagens e expandi-las em realidades plenas. Usando nossa sensibilidade espiritual, podemos começar a ver a nós mesmos e aos outros como "os homens e as mulheres imortais ... traçados pela Mente perfeita, e [que] refletem aqueles conceitos mais elevados de beleza que transcendem todo sentido material" (Ciência e Saúde, p. 247).

Em 1879, Mary Baker Eddy, em uma ação extraordinária, fundou uma Igreja, começou uma nova religião, que era, ao mesmo tempo, uma Ciência. Nessa nova Ciência Cristã, ela foi muito cuidadosa no sentido de evitar doutrinas. Ela desejava que aqueles que praticassem sua nova religião fossem Cientistas: pesquisadores de mente aberta para a verdade. Não deveria haver nenhum credo, nenhum conjunto de crenças memorizadas na formação do fundamento desta Ciência. Mas para ela, o grande fato da imortalidade do homem, ensinado e provado tão convincentemente por Jesus, era primordial.

Ele ressuscitou. A pedra foi removida da tumba. O medo hipnótico da morte havia sido destruído. Podemos, devemos, sair da mesma tumba do pensamento mortal, como Jesus o fez. À medida que fizermos isso, entraremos em uma consciência ascendente sobre nossa vida presente e eterna, que nunca começa e jamais termina!

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