A palavra inquebrantável é perfeita para descrever a experiência pela qual passei em novembro de 2009, quando ajudava minha cunhada a manobrar o carro para que pudesse sair de uma garagem pública sem bater na coluna.
Entretanto, como a garagem estava escura, ela não conseguiu identificar onde eu estava, fez uma manobra rápida e acabou por prensar meu braço direito contra a pilastra. A dor e o mal-estar foram tão fortes que tive a sensação de que iria desmaiar, mas consegui manter o controle e ficar consciente.
Minha primeira impressão ao olhar o braço foi a de que ele estivesse quebrado, mas imediatamente veio-me, por intuição, a ideia de que eu não poderia tê-lo quebrado, pois afinal, a Verdade não quebra, não trinca, não sofre luxação, nem pode ser torcida. A Verdade é sempre espiritual, coesa e sólida.
Com esses pensamentos, entrei no carro sem comentar com a minha cunhada o que havia ocorrido, pois não queria fazê-la sentir-se mal. Enquanto dirigia, ela não percebeu o que havia acontecido e pensou que o carro havia raspado de leve na pilastra, sem causar danos para mim. Mas ao chegarmos em casa, precisei segurar o braço para abrir a porta e minha cunhada notou que ele estava inchado, roxo e ferido pela pressão contra a coluna. Ela ficou muito assustada com o que viu e quis me levar a um hospital, mas não aceitei porque queria continuar com meu tratamento pela oração. Ela sugeriu, então, que eu colocasse uma tipoia para dar apoio ao braço e ficar mais confortável. Aceitei, pois era aniversário dela e teríamos de sair novamente.
Durante a festa de aniversário, diante das perguntas que surgiram quando as pessoas me viram com a tipoia, procurei não entrar em detalhes sobre o que havia sucedido. Pouco tempo depois perderam o interesse e pararam de me fazer perguntas.
Eu continuava a sentir dores, mas me mantive firme na oração que reconhece a impossibilidade de que possa ocorrer algum acidente. Deus não conhece acidentes, conforme esta passagem de Ciência e Saúde confirma: "Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia" (Ciência e Saúde, p. 424). Deus é a Verdade, a perfeição. Se para Deus não existem acidentes, também não há dores nem sequelas.
"Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia".
No dia seguinte, pedi para meu neto me ajudar a enviar um e-mail para uma Praticista da Ciência Cristã, pedindo-lhe que me apoiasse em oração. Oramos juntas por duas semanas. Então, tranquilizei-me e deixei a cura seguir o seu curso.
Com a ajuda da praticista, continuei a orar para saber que, apesar das dores, eu já estava curada. Algumas pessoas me advertiram de que eu precisaria fazer fisioterapia, a fim de evitar que a mão ficasse distorcida ou que eu sentisse dores regularmente, mas continuei firme no pensamento de que a cura metafísica cristã é completa e permanente.
Após quinze dias precisei dirigir para fazer compras e senti que poderia fazê-lo sozinha. Por isso, retirei a tipoia e coloquei uma munhequeira, pois a mão ainda estava inchada e meus movimentos limitados. Naquela altura, já conseguia fazer algumas tarefas domésticas.
Gradativamente, as dores foram diminuindo e eu recuperando a mobilidade do braço. Depois de um mês, meu neto olhou para minha mão e me disse: "Vovó, já está na hora de você tirar essa munhequeira porque você já está boa"! Concordei com ele e retirei aquele suporte da mão. Percebi que estava bem, que meus movimentos eram normais e que não sentia nenhuma dor. Na verdade, a grande ferida que havia se formado cicatrizou em uma semana, e durante todo esse período eu havia lavado os ferimentos apenas com água. A cura foi completa, permanente e não deixou sequelas.
Para mim, essa experiência me mostrou que ter coragem e firmeza é importante para enfrentarmos todo tipo de provação. A compreensão espiritual se manifesta como domínio para lidar com os problemas, e nos dá a confiança absoluta de que a oração sempre abençoa, cura e nos torna melhores.
