O homem e a mulher que estavam à minha esquerda não se conheciam, até o momento em que ocupamos a fileira na qual nos sentamos, durante um voo longo que atravessava os Estados Unidos. Assim que ele se acomodou, com certa dificuldade, no assento do meio, eles começaram a habitual conversa sobre onde moravam e trabalhavam. A cada milha percorrida, a conversa deles se firmava como um diálogo incessante, amplamente concentrado no tema casamento.
Embora eu continuasse com meu trabalho (lembrete para mim mesma: da próxima vez, use os fones de ouvido), soube mais sobre a vida pessoal deles do que sabia da vida dos meus melhores amigos. Ela se divorciou uma vez, ele duas. Ela estivera namorando alguém durante vários anos; ele recentemente casara de novo. "Três vezes é um sortilégio", ironizou ele, com certa tristeza.
O teor daquela conversa talvez pudesse ser resumido em uma questão de sociologia básica: as pessoas veem as coisas de forma diferente, quer a questão seja sobre a forma de equilibrar o trabalho e a família, sobre dinheiro ou um propósito de vida. Essas duas pessoas boas e inteligentes estavam tentando definir o que faz com que os relacionamentos deem certo. Mesmo após cinco horas voando a uns 12.000 metros de altitude, pareceu-me que as coisas não chegaram a decolar. Fiquei animada quando, em determinado momento, a mulher fez uma breve referência à oração. Para mim, esse é o ponto de partida para se obter a verdadeira sabedoria sanadora sobre o tema do casamento.
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