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REFLEXÃO

Remover a resistência ao progresso econômico

Da edição de maio de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando a produção econômica é ameaçada por convulsões políticas como no Oriente Médio, ou desastres naturais como o ocorrido no Japão, ela pode desencadear ondas de choque tanto de preocupações econômicas como também humanitárias, por meio das nações industrializadas do mundo. Sentimos pelas pessoas que faleceram e nos maravilhamos diante da coragem de outras diante da crise. Pode-se imaginar como esses eventos afetarão a vida e o emprego de cada um de nós.

Será que as sementes do progresso, da liberdade e da prosperidade deitarão raízes e crescerão? Como podemos sobreviver às condições difíceis? Essas dúvidas preocupam as pessoas de todos os países e gerações. Também inquietavam o povo no tempo de Jesus. A parábola de Jesus sobre a semente e o semeador talvez nos ajude a estabelecer e proteger o progresso econômico e individual em tempos difíceis.

A parábola e sua interpretação se encontram na Bíblia, em Mateus 13:19-23 e fala sobre a semente lançada em quatro locais: à beira do caminho, em solo rochoso, entre os espinhos e em boa terra. Vamos analisá-la a partir de uma perspectiva metafísica. A semente talvez possa representar boas ideias e inspiração espiritual. O semeador é o Cristo, que comunica as ideias divinas e as respostas específicas de Deus aos homens e mulheres. O solo representa as diferentes fases da consciência humana. A beira do caminho, o solo rochoso e os espinhos representam a resistência às ideias espirituais. A boa terra poderia ser interpretada como o fundamento moral sólido, no qual não existe nenhuma resistência. Nesse caso, a fé e a verdade espiritual do ser podem deitar raízes e crescer.

Vamos examinar a parábola de Jesus para descobrir quais as lições econômicas que podemos aprender com ela.

Beira do caminho. A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração...

Uma das fases de resistência é ouvir a ideia correta, mas não compreendê-la. O maligno é o diabo, ou oposição que arrebata a inspiração quando estamos entusiasmados, mas antes que o significado mais profundo da ideia seja revelado e demonstrado. Compreender significa captar o significado espiritual de uma ideia. A compreensão transforma a inspiração em imagens de pensamento belas e úteis. Nesse caso, a compreensão pode ser demonstrada em atividades sábias e produtivas. Ao invés de a inspiração ser deixada à beira do caminho, ela se torna um modo de vida. Nosso bem não pode ser arrebatado pelos acontecimentos do mundo, quando ele tem origem e fundamento espirituais.

Solo rochoso. O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.

Solo rochoso significa opiniões humanas inflexíveis, orgulho. A perseguição é como um enorme peso que esmaga e destrói a boa semente, enquanto arremessa orgulho e opiniões opostas. Podemos abandonar o orgulho dilacerado e buscar segurança na Rocha Cristo. A Rocha Cristo é a ideia espiritual do poder divino que nos protege da violência e da tribulação. A Rocha divina é um fundamento espiritual firme que nos eleva acima do mar bravio da vida. O Cristo protege e salva ativamente tudo o que é bom. O Cristo é a gentil presença que anula a violência e protege de danos. Descansamos em segurança no Cristo.

Espinhos. O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.

Os cuidados do mundo talvez representem a ganância, a inveja, o ódio. Colocar Deus em primeiro lugar em nossos pensamentos e ações nos ajudará a compreender que o mal não tem lugar e nenhum poder na economia divina. Colocar Deus em primeiro lugar diante de preocupações pessoais abre o pensamento para ideias corretas. O pensamento perturbado pela preocupação tem pouco espaço para a retidão. Podemos nos defender da inquietação e do mal utilizando as armas de guerra espirituais. Honestidade, pureza e bons pensamentos são armas espirituais de guerra. A honestidade afirma a verdade espiritual sobre Deus e Sua criação, o homem e a mulher. A pureza é a libertação do medo ou de qualquer emoção negativa. Mary Baker Eddy, a Fundadora da Ciência Cristã, enfrentou a resistência espinhosa ao progresso humano e espiritual. Ela aconselhava seus alunos a serem "mais zelosos em fazer o bem, mais atentos e vigilantes. Nessa proporção, eles serão bem sucedidos e obterão resultados gloriosos" (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 213).

Boa terra. ...o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.

Com a resistência removida, a inspiração e a orientação de Deus podem deitar raízes e frutificar. A boa terra é uma rica conscientização moral e espiritual da supremacia de Deus sobre a terra. É nossa comunhão íntima com Deus. Nossa saúde e bem-estar econômicos não dependem de circunstâncias externas. Deus é a fonte de tudo o que é bom. Deus é o preservador dos direitos individuais e nacionais. Deus, a Mente divina, é o Provedor, não somente da inspiração, mas dos meios para cumprir essa inspiração. Mesmo se algo parecer falhar, a Mente divina planta uma dúzia a mais de boas ideias na terra da consciência humana, até que a ideia correta deite raízes, prospere e se multiplique.

Quando minha mãe estava educando sozinha a mim e a meu irmão, havia muitos desafios econômicos. Em certa ocasião, ela estava sem emprego, sem dinheiro e sem lugar para morar. Ela estava orando, mas suas inspirações pareciam ter sido arrebatadas pela preocupação e o medo. À medida que estudava a Lição Bíblica da Ciência Cristã diariamente, com passagens da Bíblia e de Ciência e Saúde, ela começou a se preocupar menos e a compreender mais as verdades espirituais animadoras a respeito de Deus e de Seu governo sobre a terra. Em poucas semanas, fomos convidadas a ficar em uma casa vazia, cujo dono estava tentando vender. Quando a casa foi vendida, minha mãe havia conseguido um emprego e pôde alugar um pequeno apartamento. Amigos e familiares nos emprestaram a mobília.

Quando compreendemos que o bem econômico e o suprimento diário provêm de Deus, o Amor todo-abrangente, nenhuma fraude ou acidente pode arrebatá-los, nenhum orgulho pode destruí-los, nenhuma ambição ou inveja pode paralisá-los.

Naquela época, empregos com bons salários raramente estavam disponíveis para mulheres. Ela tentou vários cargos, mas sem sucesso. Um chefe esperava favores sexuais e ela literalmente teve de correr para escapar de um estupro. À medida que o peso do preconceito contra mulheres divorciadas, a sensualidade e uma economia estagnada tentavam esmagá-la, ela se agarrava à Rocha Cristo. Confortou-a a visão que a Ciência Cristã oferece da mulher como criada por Deus, inteligente, capaz, impecável e abençoada por Ele. Logo ela encontrou um emprego como chefe de um escritório com várias mulheres e voluntárias, o que proporcionou estabilidade para a família e uma renda constante.

Quando a inveja ou o ciúme ameaçavam seu cargo, ela se livrava dessa oposição espinhosa sendo mais zelosa em fazer o bem. Ela foi inspirada pela Mente divina a voltar a estudar e obter outro diploma. Consequentemente, progrediu para uma carreira mais recompensadora financeiramente. As sementes da inspiração e do crescimento espiritual prosperaram e multiplicaram na boa terra.

Durante os anos de luta e incerteza econômica, minha mãe confiava em um versículo bíblico: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Isso foi demonstrado em sua vida e nos capacitou, como uma família, a sentir o amor e o cuidado de Deus, e a ter nossas necessidades atendidas.

Quando compreendemos que o bem econômico e o suprimento diário provêm de Deus, o Amor todo-abrangente, nenhuma fraude ou acidente pode arrebatá-los, nenhum orgulho pode destruí-los, nenhuma ambição ou inveja pode paralisá-los. Dessa maneira, você, eu e todos os que compreendem o poder da oração científica e da Mente divina podemos nos defender e ficar mentalmente preparados para proteger os outros das convulsões do pensamento do mundo e nutrir as ideias divinas até sua plena fruição. Então, nada abalará o sólido fundamento para o progresso.

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