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Original para a Internet

Nossa habitação segura

Da edição de junho de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 11 de março de 2021.


Você gostaria de viver em um lugar isento de todo o mal e de toda doença, no qual todas as suas necessidades seriam atendidas e você tem tudo sempre ao seu alcance? A boa-nova é que em toda a Bíblia encontramos um convite para estar nesse lugar sagrado. Por exemplo, o Salmo 91 fala do “esconderijo do Altíssimo” (versículo 1) e ensina que, se confiamos em Deus, se compreendemos a Deus e a Ele dedicamos nosso amor, estamos a salvo e seguros nesse esconderijo. A Bíblia também explica que em Deus “…vivemos, nos movemos e existimos…” (Atos 17:28).  

Viver em Deus seria algo difícil de compreender, se pensássemos em Deus como se Ele fosse um homem mortal. Mas, sendo Deus a Mente infinita, ou seja, o Espírito, e sendo nós todos feitos à própria imagem de Deus, então podemos, falando em termos espirituais, começar a vislumbrar o que significa viver em Deus, o bem. A imagem da Mente infinita, do Espírito, tem de ser espiritual, assim como sua origem. 

Um dia, quando Mary Baker Eddy era pequena, durante a aula na escola a professora perguntou aos alunos: “Se você pegasse uma laranja, jogasse fora a casca, espremesse o suco, destruísse as sementes e a polpa, o que restaria?” algumas crianças disseram que não restaria nada. Outras não sabiam o que dizer. Mas Mary Baker (seu nome de solteira), tinha uma resposta melhor. Ela disse: “Restaria o pensamento, a ideia, da laranja” (Irving C. Tomlinson, Twelve Years with Mary Baker Eddy, Amplified Edition [Doze Anos com Mary Baker Eddy, Edição Ampliada], pp. 10–11). 

 Tudo o que Deus faz, inclusive cada um de nós, existe como uma ideia na Mente divina. Assim também o lugar seguro de nossa habitação está eternamente na Mente una e única, Deus. E por sermos ideias da Mente, temos de ser governados pela lei de Deus, que é uma lei metafísica, porque tudo o que Deus cria é espiritual, não material. No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, escrito por Mary Baker Eddy, lemos: “As categorias da metafísica assentam sobre uma única base, a Mente divina. A metafísica explica que as coisas são pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas ideias da Alma. 

“Essas ideias são perfeitamente reais e tangíveis para a consciência espiritual e têm esta vantagem sobre os objetos e os pensamentos do senso material — elas são boas e eternas” (p. 269).

Quando nos identificamos como pensamentos perfeitos de Deus, como ideias na Mente, na Alma, que nos criou, podemos então compreender com maior clareza por que estamos isentos de ficar sujeitos à doença, aos males ou a qualquer alegação dos sentidos materiais. Percebemos que uma ideia espiritual, cuja morada é no Espírito, não está sujeita aos males da carne. Aliás, a Ciência Cristã explica a natureza inteiramente mental desses males, e o modo como, na verdade, eles não podem realmente ter existência, pois são apenas crenças errôneas. 

As inúmeras curas realizadas por Cristo Jesus tornam clara a grandiosa realidade de que nossa verdadeira habitação está em Deus, o Espírito divino. Por conhecer essa verdade fundamental, Jesus pode inverter a evidência de desarmonias materiais de vários tipos. Por exemplo, há um relato no evangelho de Lucas, em que Jesus restaurou ao estado normal a mão ressequida de um homem. Valendo-se de seu senso espiritual concedido por Deus, Jesus reconheceu que o quadro material era falso, e viu a realidade espiritual daquele homem como uma ideia perfeitamente concebida, habitando segura na Mente divina. 

Tudo o que Deus cria existe como uma ideia na Mente divina.

Ao mencionar esse relato bíblico, Mary Baker Eddy escreve em seu livro A Unidade do Bem, referindo-se a Jesus: “[Ele] exigiu uma mudança de consciência e de evidência, e efetuou essa mudança por meio das leis superiores de Deus. A mão paralítica moveu-se, apesar da jactância da lei e ordem físicas. Jesus não se curvou à consciência humana nem à evidência dos sentidos. Ele não levou em conta a sugestão agressiva: ‘Essa mão ressequida parece muito real à vista e ao tato’; mas pôs fim à vã jactância e destruiu o orgulho humano, ao eliminar a evidência material” (p. 11).  

Todos somos agraciados por Deus com o mesmo senso espiritual por meio do qual Jesus podia compreender que o homem habita na Alma, não na matéria. Os ensinamentos de Jesus e a explicação espiritual sobre eles, os quais se encontram na Ciência Cristã, nos liberam de ter de aceitar um senso material a respeito das coisas, pois compreendemos que não foi um criador material que nos criou, mas sim Deus, o Amor divino, que é o Espírito. 

Uma vez apareceu um nódulo na perna do meu marido, e ele pediu que eu o apoiasse por meio da oração. Concordei e comecei a orar, e lhe dei uma cópia da Oração do Senhor com sua interpretação espiritual, que se encontra em Ciência e Saúde, para que ele refletisse naquelas palavras (ver p. 16), e dei-lhe também uma cópia da declaração científica sobre o existir, a qual começa assim: “Não há vida, verdade, inteligência nem substância na matéria. Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (p. 468).

Ao orar, uma das ideias que me ocorreu foi que, na consciência de meu marido, a imagem de um nódulo não provinha de Deus, e, portanto, não era parte de sua verdadeira substância, já que ele era o reflexo de Deus. Tive a certeza de que um nódulo não existia como ideia na Mente divina, e por isso não poderia estar, e não estava, na consciência de Sua ideia, o homem, o reflexo da Mente Una e Única. 

Após duas semanas meu marido constatou que o nódulo havia desaparecido. A compreensão mais ampliada, que se revelou para nós dois por meio da oração e do estudo, possibilitou uma cura rápida. Essa compreensão não curou uma condição física real, porque, diga-se de passagem, a condição nunca foi material. A crença na existência de um nódulo foi removida da consciência de meu marido, e consequentemente de seu corpo, à medida que as verdades espirituais foram assimiladas e aceitas como a realidade. Quando compreendemos a verdade, não mais tememos o que não é verdadeiro. 

Que maravilha é percebermos que a matéria não é real, não é nossa morada, não é onde vivemos; e que as alegações da mente carnal são ilusões, e podemos provar que não têm poder algum. Somos inteiramente espirituais, e vivemos na Mente ilimitada. Podemos nos regozijar para sempre na constatação de que nossa habitação verdadeira e segura é em uma das belas moradas de nosso Pai celestial, que o Cristo preparou para nós (ver João 14:12). Por sermos amados filhos e filhas de nosso Pai-Mãe Deus, somos eternamente cuidados e abençoados, moradores do “esconderijo do Altíssimo”.

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