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Original para a Internet

A alegria é fundamental

Da edição de maio de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 21 de fevereiro de 2023.


Um querido amigo meu tem o pulso tatuado com esta simples frase: “Escolha a alegria”. Essa tatuagem é para ele como um lembrete de que a alegria é uma escolha que cada um de nós pode fazer a cada momento, todos os dias. Para sentir alegria, nós realmente podemos escolher a alegria. Fazemos isso rejeitando todo pensamento que seja dessemelhante da alegria — pensamentos de desânimo, raiva, inveja e medo.

A versão King James da Bíblia inclui mais de cento e cinquenta ocorrências da palavra alegria. Cerca de metade delas aparece no Novo Testamento, e não é exagero dizer que a alegria está realmente no cerne da prática do Cristianismo. O Mestre cristão, Cristo Jesus, disse aos seus seguidores: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo” (João 15:10, 11).

Da mesma forma, o apóstolo Paulo escreveu em sua carta aos Gálatas: “…o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22, 23).

Por isso, não há lei contra a alegria, e a alegria é encontrada ao lado do amor e da paz. Com certeza, esse não é um mau lugar para se estar! Também encontrei muitas referências na Bíblia que sugerem que a alegria não está condicionada às circunstâncias nem é dependente delas. Por exemplo, Paulo e seu amigo Silas cantavam louvores a Deus na prisão, à meia-noite, com os pés presos com correntes. A Bíblia assim registra o que houve: “De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos” (Atos 16:26).

As lentes da Ciência Cristã apresentam uma visão profunda e radical da alegria. A alegria já é nossa porque ela é uma qualidade de Deus, e a Ciência Cristã ensina que cada um de nós é o reflexo de Deus e, portanto, temos pleno acesso à alegria. A alegria é essencial; ela faz parte do nosso verdadeiro existir. Quando sentimos alegria, estamos sentindo a presença de Deus, o bem. Estamos literalmente sentindo-nos bem. A verdadeira alegria espiritual não é circunstancial, nem se apoia em pessoas, lugares ou coisas. Aliás, a alegria não é frágil. Ela é muito forte e nela podemos nos apoiar, assim como nos apoiamos em Deus.

Existe um outro aspecto, ainda mais importante, a respeito da verdadeira alegria. Em seu livro revolucionário sobre a Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve: “A felicidade é espiritual, nascida da Verdade e do Amor. É desprendida do ego; por isso, não pode existir sozinha, mas requer que toda a humanidade dela compartilhe” (p. 57). Para mim, a chave para a alegria genuína é a compreensão de que, como diz a Sra. Eddy, ela é desprendida do ego e não pode existir sozinha. Expressar alegria promove a nossa união com o mundo de uma maneira mais imparcial e universal.

Conheço, por experiência própria, o poder sanador de escolher a alegria, não só intencionalmente, mas persistentemente. Quando eu era adolescente, e tudo em minha vida ia muito bem, ou seja, eu tinha bons amigos e pais bondosos, tirava boas notas na escola, tinha boas experiências na Escola Dominical, de repente, fui acometida por forte depressão. Ela parecia ter surgido do nada, e eu me sentia arrasada. Era como se um trator tivesse passado por cima de mim.

Como eu havia tido muitas curas em minha vida por confiar na Ciência Cristã, recorri a Deus em busca de ajuda. A resposta que recebi pareceu-me, a princípio, um pouco acadêmica: procurar todas as referências que eu pudesse encontrar sobre felicidade e alegria na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy. Existem mais de quinhentas referências desse tipo; então, demorou um pouco para encontrar todas elas! Mas, cada uso dessas palavras me ensinou algo a respeito da importância da alegria.

Descobri que existem muitas qualidades de pensamento que resultam em alegria, tais como: gratidão, perdão, paciência, disposição de prestar ajuda a outros e amor despojado de ego. Lentamente, mas sentindo confiança, comecei a compreender que não podemos realmente viver sem alegria. Sim, podemos existir e sobreviver, mas, para progredirmos tem de haver alegria.

Uma das passagens em Ciência e Saúde que sempre me ajudou diz: “A alegria isenta de pecado — a perfeita harmonia e imortalidade da Vida, possuindo a beleza e o bem ilimitados e divinos, sem nenhum prazer ou dor corpóreos — constitui o único homem verdadeiro, indestrutível, cujo existir é espiritual” (p. 76). E se você tirar tudo menos o sujeito, o verbo e o objeto dessa frase, o que fica? “A alegria constitui o homem”.

Minha cura não foi instantânea, mas veio como o amanhecer — gradualmente, de modo inevitável, tive uma sensação de “alegria que ninguém pode tirar” (Tradução livre de um verso do hino de Minny M. H. Ayers, Hinário da Ciência Cristã, 139). Desde aquela época essa cura permanece como um elemento forte e constante em minha vida.

No início, descobri pequenas, mas simples, maneiras de expressar alegria, tais como sorrir. Sim, sorrir. Sorrisos geram sorrisos. Não sorrisos falsos, mas genuínos, como o sorriso de uma criança. O sorriso é contagiante, no melhor sentido possível, como também o é um pequeno ato de gentileza, como abrir a porta para alguém. A alegria não tem o caráter de transação, não exige que a outra pessoa dê algo em troca. Consiste simplesmente em algo para ser dado de maneira espontânea e gratuita, porque a fonte da nossa alegria não somos nós mesmos. Essa fonte é Deus. Quando expressamos alegria, na verdade estamos refletindo a Deus.

Com essa experiência, que ocorreu há muitos anos, aprendi a valorizar a alegria e a não considerá-la como algo sem importância. Se estiver me sentindo como se tivesse perdido minha alegria, vou procurá-la! E sigo procurando até achá-la. Eu oro com relação à alegria, tanto para mim mesma como para o mundo. A alegria se origina no conhecimento de Deus, no amor a Deus e em nossa gratidão pelo amor de Deus por todos.

A tristeza pode ser hipnotizante e até mesmo viciante. Mas, quando aceitamos a alegria e a compartilhamos, podemos ajudar os outros. Em uma carta para uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, na cidade de Nova York, a Sra. Eddy escreveu certa vez: “Como parte ativa de um todo estupendo, o bem identifica o homem com o bem universal. Possa assim cada membro desta igreja elevar-se acima da pergunta frequentemente repetida: quem sou eu? para a resposta científica: sou capaz de transmitir verdade, saúde e felicidade, e essa é minha rocha de salvação e a razão de minha existência.” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 165).

Um outro nome para Deus é Alma. Podemos dizer que a alegria é cheia de Alma e provém de Deus, do amor e da graça do nosso divino Pai-Mãe. É um presente que jamais acaba, dado por Deus a todas as Suas ideias, incluindo você.

A poetisa Mary Oliver escreveu: “Se você sentir alegria de maneira repentina e inesperada, não hesite. Entregue-se a ela” (“Don’t hesitate” [Não Hesite], Swan: Poems and Prose Poems [Cisne: Poemas e poemas em prosa], p. 42).

A alegria é necessária agora, talvez mais do que nunca. Deixe sua luz brilhar. Deixe sua vida brilhar — com alegria!

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