Certa manhã, entrei no meu carro para dirigir até o trabalho e, ao esticar a mão para ligar o rádio, a palavra Não! me veio ao pensamento; então, parei. Fiquei surpresa, mas, por ser estudante da Ciência Cristã, aprendi que é importante ouvir em quietude a orientação de Deus, e ser obediente quando essa orientação vem.
Eu não entendia por que não deveria ligar o rádio ou me afastar do meio-fio naquela hora, mas sabia que, se Deus estava realmente me orientando, isso ficaria claro em algum momento. Quando ideias que protegem e confortam nos vêm ao pensamento, eu as considero pensamentos angelicais. Não falo a respeito de anjos no sentido em que normalmente se imagina, ou da forma como são tradicionalmente representados — como figuras humanas aladas — mas sim como mensagens de Deus.
Um dos meus hinos favoritos do Hinário da Ciência Cristã diz a respeito de Deus:
Deus sabe quais os anjos Seus
Nos podem confortar,
E logo os vai mandar.
(Violet Hay, No. 9, trad. © CSBD)
Ele se baseia em uma definição de anjos que Mary Baker Eddy dá no Glossário do seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Pensamentos de Deus que vêm ao homem; intuições espirituais, puras e perfeitas; a inspiração do bem, da pureza e da imortalidade, atuando contra todo o mal, toda a sensualidade e toda a mortalidade” (p. 581).
Dediquei alguns minutos a orar silenciosamente, afirmando que Deus é todo-poderoso e todo-sábio, que Ele governa tudo, e que todos são capazes de ouvir e de ver isso, porque Deus se comunica com cada um de nós de uma forma que podemos compreender. Quando me senti tranquila a esse respeito, liguei o carro e segui pela rua.
Parei em um semáforo e, quando a luz mudou para verde, comecei a virar à esquerda. Ao passar pelo cruzamento, porém, a palavra Pare! me veio com muita clareza ao pensamento. Novamente, eu não sabia por que deveria parar, mas obedeci. Meu carro ficou na diagonal naquele cruzamento, e o sinal ainda estava verde para mim. Faltava cerca de meia hora para começarem as aulas na escola de ensino fundamental próxima dali; por isso, à minha direita havia um guarda de trânsito, e várias crianças estavam atravessando a rua.
Naquele momento, notei que um carro se aproximava pela minha esquerda. Ele vinha rápido e não parecia estar diminuindo a velocidade para parar, apesar de o sinal estar vermelho. Não houve tempo para que eu saísse do caminho. O motorista pisou no freio com força, e o seu carro começou a derrapar e a rodar. Quando finalmente parou, estava perfeitamente paralelo ao meu, a poucos centímetros de distância. Não houve colisão.
O jovem motorista estava visivelmente abalado. Fiz sinal para ele, e nós dois estacionamos lentamente no acostamento. Ele saltou do carro, dizendo: “Eu não vi o sinal vermelho!” Disse-lhe que todos parecíamos estar bem. Eu estava grata por não ter acontecido um acidente e por todos terem sido protegidos: as crianças e o guarda de trânsito estavam a salvo, e nós também. O motorista voltou para o seu carro, e cada um seguiu seu caminho.
Sou grata por essa lembrança de que Deus está nos guiando a cada instante, e de que ouvir essa orientação e obedecê-la humildemente é uma proteção para nós mesmos e para os outros.
Elisabeth Anetta Schwartz
Andover, Massachusetts, EUA
