Meu marido e eu estávamos casados havia 3 anos, quando decidimos ter filhos. Depois de dois abortos espontâneos e muitas lágrimas derramadas, eu estava me sentindo desmotivada. Parecia ainda mais difícil, porque todos os nossos amigos estavam tendo filhos.
Eu estava acostumada a recorrer à oração, e ao fazê-lo constatei que precisava de uma compreensão melhor a respeito da criação. Minha sogra, que é praticista da Ciência Cristã, indicou-me o estudo de um artigo intitulado “O ser é revelação”, no qual a autora declara: “Desdobramento é o modo de a Mente divina se expressar… É a atividade do Amor que torna os fatos divinos manifestos nas atividades humanas” (Mary Sands Lee, Journal, janeiro de 1941 e Arauto, setembro de 2009). Ao voltar-me de todo o coração ao meu Pai-Mãe Deus, em oração, comecei a compreender estes fatos: cada um dos filhos de Deus é e sempre foi eternamente coexistente com seu Pai-Mãe divino; não sou criadora e nunca poderei ser; o nascimento de uma criança é simplesmente o desdobramento de uma ideia que já existe desde toda a eternidade, ideia que nossa Mãe, o Amor, sempre conheceu e da qual sempre cuidou com carinho.
Pesquisei na Bíblia e nos escritos de Mary Baker Eddy referências a crianças e filhos, maternidade e nascimento. Estas declarações de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras me ajudaram muito: “…tanto o homem como a mulher procedem de Deus e são Seus filhos eternos, sem pertencer a nenhum progenitor inferior” (p. 529), e “A Ciência divina dispersa as nuvens do erro com a luz da Verdade, levanta o véu e mostra que o homem nunca nasce e nunca morre, mas coexiste com seu Criador” (p. 557). Eu estava obtendo uma noção mais clara de nossa pré-existência com o Criador, bem como de nossa inseparabilidade dEle.
Cerca de um ano depois, engravidei novamente. Foi um período sagrado, pois meu marido e eu estávamos gratos com o desdobramento dessa perfeita ideia de Deus. Não contei a ninguém a respeito da gravidez, até que ficou óbvia demais para esconder. No final daquele ano, celebramos a chegada de uma menina em nossa família, e ela nos trouxe grande alegria.
Diversas vezes durante os anos anteriores eu questionei por que isso estava acontecendo conosco, quando parecia que as pessoas no geral conseguiam tão facilmente começar a ter filhos. Hoje, trinta anos depois, tenho uma perspectiva mais clara dessa experiência. Deus nunca nos vê como alguém a quem falte algo, nem nos causa nenhuma perda. Mas essa experiência de voltar-me a Deus em oração tornou-se um momento de crescimento espiritual que alimentou meu pensamento. Foi assim que humildemente passei a dedicar-me à igreja filial da Ciência Cristã na cidade onde moro, participando como membro dedicado. E, um ano após o nascimento de nossa filha, eu estava pronta para fazer um curso que consiste de aulas mais aprofundadas sobre a prática da Ciência Cristã, ministradas por um professor autorizado. Esse curso foi uma ajuda de valor inestimável ao criarmos todos os nossos filhos. Isso mesmo — vieram outros filhos! Tivemos mais três lindos filhos.
Depois houve mais bênçãos. Duas décadas mais tarde, no período em que a crença comumente aceita sugeria que eu deveria vivenciar sintomas da menopausa, passei por esse período sem absolutamente nenhum efeito adverso. Atribuo esse fato à firme compreensão que eu havia tido do que é a verdadeira feminilidade e o que é a criação.
Sou muito grata à Ciência Cristã, que nos permite percorrer todos os caminhos da vida em paz e harmonia. “Cada fase sucessiva de experiência desdobra novas perspectivas do bem e do amor divino” (Ciência e Saúde, p. 66).
Debra Jones McCook
Tyler, Texas, EUA
