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Original para a Internet

PARA JOVENS

Momentos inesquecíveis

Da edição de maio de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 13 de fevereiro de 2023.


Alguns momentos são simplesmente inesquecíveis

Assim foi o momento de revelação que tive após sofrer uma grave lesão no joelho, enquanto estava dançando. Semanas depois do acidente, eu ainda estava mancando — e orando, conforme eu havia feito com relação a tantos outros problemas no passado, mas principalmente querendo — querendo que isso não tivesse acontecido. Querendo que meu joelho melhorasse, para eu poder voltar a dançar. Querendo compreender como a oração funciona.

Mas todas aquelas semanas fazendo o melhor que eu podia para me volver a Deus, com o apoio e a paciência de uma praticista da Ciência Cristã, me levaram ao momento de que jamais esquecerei.

Era um dia como todos os outros. Eu não conseguia dobrar meu joelho completamente, nem esticar a perna direito. Embora desanimada, eu estava aprendendo a desviar o olhar para além da evidência material diante de mim, e a prestar atenção ao que Deus estava me dizendo. Naquela tarde, ao fazer isso, tive a ideia de ir assistir à aula — da qual eu normalmente estaria participando.

Fui mancando até o estúdio de dança. Ao chegar, outro pensamento me ocorreu: o de talvez tentar participar um pouco da aula, apenas da parte na barra (os exercícios iniciais). Mas como poderia eu fazer alguma coisa, considerando a condição em que me encontrava?

Tenho percebido que existe uma nítida diferença entre a voz de minha própria vontade, ou do ego, e a voz de Deus, a Mente divina. Eu sabia que não era a voz de minha vontade humana de bailarina que estava me impulsionando. Era algo novo, claro e calmo. Então, disse à professora que, se ela estivesse de acordo, eu iria fazer apenas alguns alongamentos na barra e os exercícios que eu conseguisse. Ela concordou.

Ao executar parte dos movimentos, subitamente compreendi algo: eu nunca fora a fonte da minha habilidade de dançar. Nunca mesmo. Eu havia aprendido na Escola Dominical da Ciência Cristã que Deus é a fonte e eu sou a emanação, a expressão. Mas naquele momento eu realmente entendi o que isso significa. Deus — que é a Alma, a Vida, o Princípio, o Amor — sempre foi, desde o início, a causa fundamental, a razão pela qual eu tinha a habilidade para dançar. E Deus era a razão pela qual eu ainda podia dançar, a não ser que Deus tivesse mudado. Eu sabia que a Alma não havia se modificado, nem o Amor se transformado, então parecia bastante lógico para mim que eu também não, já que sou a expressão da Alma, ou seja, do Amor.

Tudo isso aconteceu em um curto espaço de tempo, enquanto eu estava me segurando na antiga barra de madeira, esforçando-me para me movimentar normalmente. Mas agir assim não surgiu do nada. A cura não depende de sorte, ou do destino, nem do passar do tempo. Resulta, sim, de uma mudança radical em nossa consciência — uma mudança que é praticamente impossível predizer quando ou como acontecerá, mas que inevitavelmente chega, conforme continuamos a orar. Ao prosseguirmos, buscando evidências da presença de Deus, prestando atenção à voz de Deus em nossos pensamentos, na expectativa do bem em nossa vida, a cura ocorre — seja em frente a uma barra em um estúdio de balé ou em qualquer lugar em que estejamos.

Continuei na minha aula de dança naquele dia, completando grande parte dos exercícios, devagar, mas sentindo imensa gratidão. No dia seguinte, voltei para os ensaios da apresentação da qual eu iria participar. Ao fim de um ou dois dias, consegui executar todos os movimentos difíceis, e até mesmo dançar, na apresentação, com sapatilhas de ponta. Depois disso, tive uma longa carreira como bailarina profissional, livre de qualquer lesão no joelho. E assim permaneço.

Por que aquele momento na barra tem sido tão importante desde aquele dia?

Em primeiro lugar, porque isso aconteceu antes da cura. Aquele momento de clara percepção do que era verdade — Deus, o Espírito, a fonte, a origem, e eu como Sua expressão espiritual — foi um momento que ocorreu antes da mudança física, da cura, em prol da qual eu estivera orando com tanto fervor. E aquele momento veio após eu dar um passo à frente — depois de eu ter tido a fé e a obediência para voltar à aula mesmo sem que nada ainda tivesse mudado significativamente.

Foi também um poderoso exemplo do modo como a Mente divina sempre nos diz o que precisamos saber, sempre destrói qualquer barreira de resistência à compreensão do que é verdadeiro, tanto a nosso respeito quanto com relação aos outros. Mary Baker Eddy explica que essa mensagem é o Cristo — ela diz, por exemplo, que: “O Cristo é a ideia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 332).

Foi o Cristo que revelou para mim quem estava executando os movimentos da dança. Ao compreender isso corretamente, pude entender um pouco que isso não muda — não pode mudar.

Aquele momento no estúdio se expandiu e tem trazido muito mais inspiração. É assim que isso funciona — passo a passo, lição após lição. Não temos de compreender tudo de uma vez só, mas temos de continuar tentando. E persistir, sempre voltando ao básico, como um bom dançarino faz todos os dias, e também erguendo o olhar, com vistas a todos os momentos da graça de Deus e Seu terno cuidado para conosco, os quais precisamos apenas descobrir.

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