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Original para a Internet

ARTIGOS

Minhas orações sobre maternidade

Da edição de maio de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 5 de maio de 2022.


Quando eu era garotinha, minha mãe e meu pai me ensinaram uma oração de ninar muito querida, e nós a recitávamos juntos todas as noites durante toda a minha infância. Diz assim:

“Pai-Mãe Deus,
que por mim tens amor,
protege-me quando eu durmo;
guia meus pezinhos
para o alto, para Ti” (Escritos Diversos 18831896, p. 400).

A autora da oração é Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, a qual, desde a infância, sentia profundo amor por Deus e pela Bíblia. Muitas vezes, em todos os seus escritos, ela usa tanto o termo Pai quanto o termo Mãe para descrever a natureza de Deus. Em sua obra principal, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, ela escreve: “Pai-Mãe é o nome da Deidade, que indica a terna relação que Ele tem com Sua criação espiritual” (p. 332).

O conceito de Deus como Pai-Mãe, totalmente bom, foi a base de minha infância. Quando pequena frequentei a Escola Dominical da Ciência Cristã, onde aprendi que compreender que Deus é Pai nos mostra como o poder de Deus nos guia, nos fortalece, nos governa e supre nossas necessidades. Ao compreender a Deus como Mãe, vi que o amor de Deus conforta, cuida e inspira. Ao estudar as curas de Jesus e as de seus discípulos, aprendi que Deus é tanto compassivo como também fonte de força.

Isso, por sua vez, me ajudou a ver que eu era filha de Deus, não filha de pais humanos. Essa percepção trouxe maravilhosas curas físicas, orientação quando era preciso tomar decisões e um sólido senso de minha identidade. Também me permitiu sentir alegria e paz quando, aos dezesseis anos, escolhi um internato que ficava longe, no centro do país. Não me senti sozinha nem com saudades de casa, porque sabia que nosso Pai-Mãe Deus, eternamente presente, estava sempre ao meu lado.

Mais tarde, quando fiquei noiva de um homem que tinha dois filhos pequenos, senti certa apreensão, imaginando se eles me aceitariam quando o pai e eu nos casássemos. Eu queria ser a madrasta perfeita e até li alguns livros e artigos sobre padrastos e madrastas. Mas não demorou muito em minha pesquisa para que eu me lembrasse de que existe apenas um Pai-Mãe, que eu reflito essa Paternidade-Maternidade de Deus e de que, em realidade, os filhos de Deus — todos nós — somos governados por Deus, não por pais humanos, sejam biológicos sejam padrastos e madrastas.

Durante nosso noivado, meu estudo em espírito de oração sobre esse assunto me levou a esta instrução em Ciência e Saúde: “Para dar assistência adequada ao nascimento de uma nova criatura, ou seja, de uma ideia divina, deverias desprender o pensamento mortal de suas concepções materiais, de tal maneira que o parto ocorra com naturalidade e segurança. … A nova ideia, concebida pela Verdade e pelo Amor e deles nascida, está envolta em alvas vestes. Seu começo será manso, seu crescimento, vigoroso e sua maturidade será sem declínio” (p. 463).

Embora eu não estivesse dando à luz fisicamente, a entrada das crianças em minha vida e a minha entrada na vida delas foi definitivamente um novo começo para todos nós. Eu tinha absoluta certeza de que essa “nova ideia”, essa nova unidade familiar, era completamente governada por Deus, pela Verdade e pelo Amor, porque tanto meu noivo quanto eu estivéramos orando a respeito de companheirismo. Foi o que nos levou a conhecer-nos, portanto, eu me senti confiante em que todos os aspectos da união estavam apoiados por um profundo desejo de recorrer ao Amor divino e nele apoiar-nos. Meu motivo para confiar no Amor e ser uma bênção era puro — envolto “em alvas vestes” — e eu tinha a certeza de que a bênção incluía uma experiência feliz para as crianças.

Eu também tinha um profundo desejo de que houvesse harmonia entre nós e a ex-esposa de meu marido, a qual morava na mesma cidade. Minhas orações diárias incluíam ver cada membro da família como o reflexo somente do Amor divino, pois meu marido e eu queríamos que as crianças tivessem transições fáceis e confortáveis quando iam de nossa casa à casa da mãe, e vice-versa.

E foi o que se deu. As crianças me aceitaram imediatamente e vivenciaram experiências harmoniosas ao transitarem de uma unidade familiar para a outra. Tratavam-me com respeito e carinho, e eu fazia o mesmo. Eu cuidava delas como se fossem meus próprios filhos.

O que me ajudou a me libertar de sentimentos de rejeição ou de inadequação não foi um manual para pais e mães, mas a crescente compreensão de Deus como o Pai e a Mãe daquelas crianças. Essa compreensão também me libertou de qualquer falso senso de responsabilidade pessoal. Eu sabia que a coisa mais amorosa que eu podia fazer era entender que Deus é o Pai divino de todos, cuidando constantemente de cada um de Seus filhos, e deixar que isso me guiasse em minha paternidade e maternidade a cada momento, mesmo se houvesse discórdia ou contenda dentro da família, ou quando as crianças tinham problemas físicos. A oração sempre foi a base para superar esses desafios.

Entre as curas obtidas, posso citar dos efeitos da extração de dentes, sarampo e várias lesões esportivas. A cada vez eu recorria ao nosso Pai-Mãe, Deus, que estava governando, confortando e curando as crianças. Eu sabia que a Mente divina todo-poderosa e sempre presente, e não um ser humano, é que estava no controle do bem-estar das crianças. Que bênção foi testemunhar uma compreensão maior e mais amor a Deus, à medida que a cura se desenrolava e esses desafios se transformavam em oportunidades para testemunhar o amor de Deus em ação.

Hoje, meus enteados estão crescidos, com vida própria e com suas próprias famílias constituídas. A relação que meu marido e eu temos com a mãe deles continua sendo de afeto e respeito, a ponto de até passarmos as Festas e feriados juntos. Essas ocasiões são naturais e normais.

Todos nós, quer tenhamos ou não nossos próprios filhos, podemos confiar e reconhecer que o único e supremo Pai-Mãe Deus abraça cada criança, orienta todos os que criam filhos, apoia os pais que perderam filhos e encoraja aqueles que desejam ter filhos.

Nesse espírito, este poema, que se encontra no Christian Science Hymnal, Hymns 430–603 [Hinário da Ciência Cristã: Hinos 430–603], é minha oração por meus filhos e por todas as crianças do mundo:

Em tuas mãos eu os coloco, meu Deus,

  Ao Teu cuidado eu os confio, 

Àquele que atenta à queda do pardal

  E enumera cada fio de cabelo.

 

Tu acalentas e proteges a todos eles

  De armadilhas de todo tipo.

Nenhuma falsa responsabilidade

  Perturba minha paz de espírito.

 

Teu amor, muito maior do que o meu,

  Provê para eles tudo de bom.

Isto eu aprendi — a confiar humildemente

  Em Tua Paternidade e Maternidade. (H. C. Benson, alt., No. 502, trad. © CSBD)

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