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Original para a Internet

Posições divergentes? Fique do lado de Deus!

Da edição de maio de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 27 de fevereiro de 2023.


As posições divergentes, seja em um relacionamento pessoal ou em uma escala mais ampla, são desagradáveis, para dizer o mínimo. Muitas vezes se originam na tomada de lado em uma questão (o meu lado contra o seu), quando permitimos que a opinião e o raciocínio humanos direcionem nossos motivos. Isso nunca conduz a um resultado harmonioso ou que beneficie a todos os envolvidos. Com certeza, a maioria de nós já passou por esse tipo de situação.

No entanto, em vez de tomar partido em uma situação de uns contra os outros, existe uma alternativa que traz regozijo, e que tem um efeito unificador no mundo, não importando a proporção da discordância com que nos deparemos. Como aprendemos na Ciência Cristã, essa alternativa consiste em nos postarmos silenciosa e firmemente do lado de Deus, que é Aquele que mantém a todos nós, eternamente, em união com Ele e com os outros.

Sempre que surge uma questão polêmica, eu me pergunto: “De que lado estou? Do lado da divisão ou da unificação?” Se você se fizer a mesma pergunta, a resposta talvez não apenas o surpreenda, mas pode levá-lo a dar uma guinada de 180 graus em sua atitude — ou seja, a abandonar opiniões falíveis e o raciocínio humano, e a confiar no fato de que, ao ficar do lado de Deus, estamos exercendo uma influência sanadora. Cristo Jesus ensinou que, de fato, não há um “lado” que devemos tomar, senão o lado de Deus, e ele nos mostrou como fazê-lo.

Jesus amava a Deus supremamente; em sua unidade com Deus ele expressou sua identidade espiritual, o Cristo. Ele via e amava o homem como o reflexo espiritual puro e perfeito de Deus, e não como uma pessoalidade pecadora e parcial.

No Evangelho de João há uma clara ilustração disso no relato sobre um grupo de líderes religiosos hebreus que trouxe a Jesus uma mulher que havia sido surpreendida em flagrante adultério. Perguntaram-lhe se ela deveria ser apedrejada de acordo com a lei de Moisés (ver João 8:3–11). Em vez de tomar posição e condenar a mulher ao apedrejamento (violando a lei romana), ou recomendar que ela fosse libertada (violando a lei de Moisés), Jesus respondeu que aquele que não tivesse pecado poderia atirar a primeira pedra. Por não se enquadrarem nesse padrão moral, todos os acusadores da mulher se retiraram. Após confirmar com a mulher que ninguém a havia condenado, Jesus disse-lhe para não pecar mais. Jesus havia deixado que Deus falasse à consciência de cada um, confiando em que o senso espiritual os guiaria para que pensassem e agissem corretamente. Podemos dizer que ele havia ficado do lado de Deus.

Jesus orou por seus seguidores para que eles também, em todos os momentos, ficassem do lado de Deus — para que amassem a Deus supremamente e expressassem sua unidade com Ele em sua verdadeira identidade como reflexo espiritual de Deus. Ele orou para que amassem o próximo e o vissem em sua verdadeira luz como reflexo de Deus, e não como uma pessoalidade humana pecadora e parcial.

Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, referiu-se amorosamente aos que seguem os passos de Jesus como os “pequeninos do Cristo”. Ela escreveu: “Cada um dos pequeninos do Cristo reflete o infinito Um e, portanto, é verdadeira a declaração do iluminado abolicionista de que ‘um do lado de Deus é maioria’ ” (Pulpit and Press [Púlpito e Imprensa], p. 4).

Sem dúvida, quando eu e você ficamos do lado de Deus, estamos do lado da maioria — da Mente divina que mantém sua criação em um todo harmonioso. Por experiência, eu sei que isso nem sempre é fácil. Requer oração persistente e vigilância, bem como humilde, sincera, inabalável e constante obediência a Deus. Por isso, Jesus disse: “O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!” (Marcos 13:37).

Essa vigilância é um esforço que traz regozijo! O esforço é penoso apenas quando tentamos realizá-lo por meio da vontade humana. O regozijo se manifesta quando abandonamos a nossa vontade e cedemos à vontade de Deus, e quando o amor a Deus e ao homem substitui o egocentrismo obstinado. Então, a influência unificadora do Amor divino, ou seja, Deus, é sentida não apenas em nossa própria vida, mas também no coração receptivo de todos aqueles nos quais repousam nossos pensamentos.

A Vida divina, Deus, nunca está dividida. Deus tem apenas um lado — a bondade infinita, que não contém nenhum elemento mau. Por isso, o homem, a imagem espiritual e perfeita de Deus, nunca está dividido; ele não possui qualidades boas e más, mas é inteiramente bom. As palavras iniciais do Hino 135 do Hinário da Ciência Cristã (conforme o original em inglês) afirmam: “Não sei de vida dividida [separada], / de Ti ó Senhor da Vida,” (Richard Massie, tradutor). Essa é a postura mental que precisamos assumir a todo instante, se quisermos promover a união nos relacionamentos humanos.

Não reconhecer nenhuma vida separada de Deus significa não dar realidade a traços de caráter que sejam dessemelhantes de Deus, como a presunção de uma retidão pessoal ou a justificação do ego. A pessoalidade humana, supostamente uma mistura do bem e do mal, não é a identidade real de ninguém.

Em um ambiente em que existem posições divergentes, a aplicação da influência sanadora do Cristo — o poder da Verdade divina que Jesus demonstrou tão plenamente — precisa começar em nós mesmos. Comprovei pessoalmente que, para qualquer um de nós, essa experiência pode significar uma luta mental e levar a uma constatação que traz humildade. Durante vários anos, para promover a cura em minha família, na igreja, na comunidade e no mundo, e especialmente em meu trabalho como praticista da Ciência Cristã, tive de me firmar no bem que é inerente aos filhos de Deus, e a mim, inclusive, e me proteger continuamente contra qualquer pensamento que fosse dessemelhante do bem. Em várias ocasiões foi necessário abandonar opiniões pessoais e, de modo mais diligente, buscar conhecer a vontade de Deus e fazer a Sua vontade.

Essa purificação do pensamento, sem dúvida, traz cura. Quando estamos dispostos a deixar de lado tudo o que procura obscurecer nossa verdadeira identidade ou a identidade real de outra pessoa, como reflexo do Amor divino, e perceber a realidade espiritual, estamos ficando do lado certo, o lado da unificação. Agindo e persistindo dessa forma, sentimos a presença do Amor divino a nos confortar e fortalecer. Os outros também são tocados e a cura se manifesta. Mesmo que de imediato não percebamos a evidência disso, devemos perseverar! Nossos esforços sinceros serão recompensados. Nossa unidade com Deus e o vínculo de união entre o Amor divino e o homem se tornará evidente a seu tempo. A suposta divisão entre as pessoas desaparecerá, e o gênero humano reconhecerá que “um do lado de Deus é maioria”.

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