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Original para a Internet

A oração de uma mãe em uma situação de bullying

Da edição de maio de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 6 de fevereiro de 2023.


Quando minha filha estava no oitavo ano do ensino fundamental, ela chegava da escola, ficava encolhida na cama e chorava. Fiquei sabendo que ela estava sendo vítima de bullying na escola, por parte de alguém que era bem maior e, na opinião dela, mais forte do que ela. Essa pessoa parecia ter todos os recursos — amigos, popularidade e confiança — do seu lado, enquanto minha filha se sentia oprimida, sozinha e amedrontada.

Eu me solidarizei com minha filha ao vê-la assim. Mas ela não queria conversar a respeito, e não queria nenhum tipo de ajuda. Havia, porém, uma maneira de eu ajudar: eu podia orar. E embora ela não quisesse ouvir o que eu tinha a dizer, eu sabia que ela podia ouvir a Deus, assim como eu.

Quando criança, aprendi na Escola Dominical da Ciência Cristã que ninguém pode estar separado de Deus, nem pode deixar de sentir Seu amor e cuidado. Lembro-me de ter aprendido e de me ter sido assegurado que eu podia sempre confiar em Deus. Eu me sentia confortada com a promessa de Jesus: “…Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mateus 6:8).

Estamos sempre com nosso Pai-Mãe, Deus. Cristo Jesus sabia disso. Ele disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Mary Baker Eddy explica em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Assim como uma gota de água é uma com o oceano, um raio de luz é um com o sol, do mesmo modo Deus e o homem, Pai e filho, são um no existir. A Bíblia diz: ‘Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos’ ” (p. 361).

Não podemos nos afastar de Deus, assim como não podemos nos afastar do ar que nos rodeia. O ar nos circunda constantemente, quer estejamos pensando nele ou não. Da mesma forma, nosso divino Pai-Mãe, Deus, está sempre conosco, dando-nos apoio, orientação, proteção e amor.

Para compreender o que mais eu poderia fazer por minha filha, precisava primeiro me voltar a Deus em oração. Senti imediatamente Seu amor envolvendo a mim e minha filha, mas não somente a nós. Como Deus está com todos, o tempo todo, Ele está com minha filha, tanto dentro quanto fora da escola, mas Ele também está com a pessoa que está praticando o bullying, bem como com suas colegas de classe, professores e familiares. E Ele ama todos nós.

Aprendemos na Bíblia que Deus criou o homem — homens e mulheres — à Sua imagem (ver Gênesis 1:27) e que Deus é o Amor (ver 1 João 4:8). Com base nessas duas verdades espirituais, concluí que, se o homem é o filho de Deus e Deus é o Amor, então o homem é o filho do Amor divino, criado à imagem e semelhança desse Amor. Por isso, todos os envolvidos nessa situação — em realidade, todas as pessoas que possamos ter conhecido — são filhos amados de Deus. Sendo assim, todos são incapazes de expressar algo que não seja compaixão, respeito, gentileza e justiça para com os outros. Além disso, todos podem sentir esse Amor divino porque não podem estar separados da fonte desse amor, que é Deus. Foi confortador saber que tanto minha filha quanto essa outra pessoa podiam se sentir valiosas, amadas e cuidadas, porque é isso que elas são aos olhos de Deus.

Os três últimos versos de um dos meus hinos favoritos diz: “Cessa o conflito vão, / O ódio se desfaz, então, / Ante o poder do Amor” (Margaret Morrison, Hinário da Ciência Cristã, 179, trad. © CSBD). Isso significa que o ódio, a raiva, a vingança, a cobiça e a intimidação não têm poder para causar dano, porque não expressam sequer um único elemento do bem. Reconheci que nem minha filha nem eu tínhamos algo a temer, e que sua colega não poderia ser motivada por algo que não fosse o bem. Embora minha filha não quisesse ouvir essas ideias naquele momento, eu sabia que o Amor divino estava lá com ela, protegendo-a, orientando-a e acompanhando cada ação dela, para que tanto ela como todos ao seu redor fossem abençoados. O Amor divino era o comunicador. E isso era o suficiente.

Qual era minha função nisso tudo? Dar testemunho da verdadeira identidade da minha filha e de todos, como filhos do Amor. Também reconheci que essa era uma oportunidade de levar esse senso de amor a todas as minhas interações, fosse em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar. Quanto mais expressamos amor e reivindicamos que ele é natural para nós e para todos os outros, mais o vemos expressado ao nosso redor e em relação a nós. Isso não tem nada a ver com pensamento positivo. Pelo contrário, isso significa colocar a realidade que Deus criou — a realidade que está sempre presente — em foco no nosso pensamento e, portanto, em nossa experiência, da maneira exata para cada necessidade.

Embora a situação na escola não tenha sido curada da noite para o dia, ela realmente começou a dar sinais de que estava melhorando. Minha filha nunca chegou a falar sobre o bullying para ninguém na escola, mas uma professora atenciosa viu que algo a incomodava e ofereceu-lhe uma sala de aula tranquila, onde ela poderia almoçar e conversar, se assim desejasse. Minha filha também percebeu que alguns colegas de classe inesperadamente passaram a se aproximar dela. Ela começou a se sentir amada, confiante e livre do medo. Embora não saibamos como os professores trataram do assunto diretamente com a outra aluna, houve uma reorganização na classe, que naturalmente colocou minha filha separada da outra garota. Todas essas mudanças apontaram para o fato de que Deus estava comunicando ideias úteis e cuidando de todas as pessoas envolvidas.

Essa experiência deixou claro para mim o poder do Amor divino de realizar mudanças em nossa vida. Embora eu não pudesse estar fisicamente presente na escola para ajudar minha filha, nem pudesse compartilhar com ela meus pensamentos, quando ela não estava interessada em ouvi-los, houve uma maneira de ajudar que foi mais poderosa e eficaz do que qualquer outro meio ou método: voltar-me a Deus em oração.

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