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Original para a Internet

“A voz interior”

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 17 de março de 2025


Há uma voz interior que nos guia, incentiva, conforta, instrui, ilumina e fortalece — e que todos nós somos capazes de ouvir. Ela está sempre conosco, seja quando planejamos nosso dia, seja quando tomamos decisões. Ela também está presente nos momentos ociosos e nas horas mais ocupadas. Muitos argumentariam que se trata de nossa própria voz — aquilo que chamamos de consciência ou intuição. Mas onde realmente se origina essa voz, e como sabemos se devemos segui-la? Será que ela procede de um cérebro material ou de uma mente pessoal — ambos limitados em capacidade e percepção — ou será que vem de uma fonte mais elevada e infalível? Essas perguntas são fundamentais para cada um de nós, pois as respostas moldam nossa percepção acerca de nós mesmos e dos outros, e influenciam nossas decisões e atitudes.

A Bíblia diz: “O Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento” (Provérbios 2:6). Isso mostra que todo pensamento correto emana do Espírito, Deus — do todo-sábio Deus, a Mente única e infinita — e não de uma mente humana. A Ciência Cristã ensina que, por sermos a expressão, a ideia de Deus, cada um de nós recebe a sabedoria dEle. Por isso, não podemos ter pensamentos que não sejam de Deus, e reconhecemos que eles vêm dEle porque são bons, totalmente bons. Compreender qual é a fonte espiritual de todo pensamento e entendimento verdadeiros nos permite reconhecer que essa voz interior é a voz de Deus, e que a Verdade e o Amor são a fonte dessas mensagens que nos guiam.

A Bíblia está cheia de exemplos de homens e mulheres que foram guiados em segurança por atenderem à voz de Deus.

A Bíblia está repleta de exemplos de homens e mulheres que foram guiados em segurança e libertos da escravidão do pecado, da doença e até da morte por atenderem à voz de Deus. Profetas do Antigo Testamento como Moisés, Jacó e Elias a ouviram. Quando Moisés duvidou de sua própria capacidade para cumprir a missão que Deus tinha para ele, o próprio Deus preparou o pensamento de Moisés por meio de uma demonstração conclusiva a respeito da supremacia da Mente divina (ver Êxodo 4:1–8).

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve sobre essa experiência: “Deus havia diminuído o medo de Moisés por meio dessa prova na Ciência divina, e a voz interior se tornou para ele a voz de Deus, que disse: ‘Se eles te não crerem, nem atenderem à evidência do primeiro sinal, talvez crerão na evidência do segundo’ ” (p. 321). Aceitar a verdadeira natureza da voz interior aproximou Moisés de Deus e o habilitou a seguir fielmente Suas orientações.

O maior exemplo de alguém que ouviu e obedeceu à voz divina é Cristo Jesus. Como Filho de Deus, ele era inseparável do Cristo, a “ideia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (Ciência e Saúde, p. 332). A comunhão constante de Jesus com seu divino Pai permitiu-lhe demonstrar domínio sobre a matéria e curar os doentes.

Hoje em dia, como em todas as épocas, podemos ver evidências da atividade do Cristo na experiência humana, protegendo-nos de males, libertando-nos de limitações e doenças, resolvendo questões conflituosas e promovendo novas maneiras de pensar e agir. Aqueles que estão dispostos a ouvir a voz de Deus ouvem a mensagem divina e vivenciam essas bênçãos.

Há muitos anos, eu passei por uma experiência que me mostrou a capacidade inata que todos nós temos de ouvir a Deus, e os efeitos práticos de seguirmos a orientação dEle. Esse fato aconteceu quando eu era um jovem universitário, aproveitando as férias de verão em casa. O dia estava muito quente e úmido, e chovia bem forte. Resolvi tomar um banho de chuva. Estava uma delícia, muito refrescante. Mas depois de alguns minutos, algo me disse que deveria entrar em casa imediatamente. Não foi uma sugestão sutil, mas uma ordem clara. Compreendi a mensagem e fui correndo para casa. No momento em que abri a porta, um raio atingiu a árvore perto da qual eu estava, e arrancou sua cortiça do alto do tronco até o chão. Eu estava a salvo. Isso me mostrou que Deus está sempre junto de nós, sempre falando conosco.

Aqueles que estão dispostos a prestar atenção à voz de Deus ouvem a mensagem divina.

Embora outras vozes pareçam abafar a voz da Verdade e sua inspiração divina, Deus fala com poder e autoridade infinita e é ouvido apesar do medo e da dúvida. O Cristo é paciente e persistente em despertar o pensamento para a presença eterna de Deus. A necessidade de ceder a essa insistência divina faz com que escutar, aceitar e seguir a voz interior da Verdade seja essencial ao nosso progresso.

Agindo assim, encontraremos sempre mais evidências do poder do Espírito em nossa vida diária. A Sra. Eddy esclarece esse ponto quando diz: “Viver de maneira a manter a consciência humana em constante relação com o que é divino, espiritual e eterno, é individualizar o poder infinito; e isso é a Ciência Cristã” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 160).

Manter “a consciência humana em constante relação com o que é divino” é um objetivo possível, porque Deus nos supre a inspiração e a capacidade para alcançá-lo. Esse deveria ser nosso esforço principal na vida, porque traz recompensas transformadoras pois, elevando o pensamento acima das limitações dos sentidos físicos, proporciona uma base segura para a saúde e o progresso.

Em nossa busca diária para ouvir a voz de Deus, encontramos apoio nestas palavras do Apóstolo Paulo: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2). A renovação da nossa mente envolve uma mudança profunda, contrária à crença de que o cérebro seja a base da atividade mental, e nos leva à compreensão espiritual de que a Mente divina incorpórea é a única Mente.

À medida em que ocorre essa mudança, a voz interior é cada vez menos considerada como nosso próprio raciocínio, e é cada vez mais compreendida como a voz do Amor divino, que nos orienta e guia à “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Todos nós, sem exceção, somos dotados com a capacidade plena e inalienável de ouvir a mensagem do Amor e receber suas bênçãos.

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