Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

Deixemos de atirar pedras mentais

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 10 de março de 2025


Quantas vezes condenamos mentalmente quem possui uma opinião diferente da nossa, ou fez algo com que não concordamos?

Certa vez, um grupo de líderes religiosos trouxe a Cristo Jesus uma mulher que eles haviam condenado por adultério (ver João 8:1–11). Estavam decididos a apedrejá-la até a morte. Quando perguntaram a Jesus o que deveria ser feito, ele respondeu: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”. Com isso, os que desejavam apedrejar a mulher foram embora, um a um.

O que levou aqueles homens a mudarem de opinião e a deixarem de lado a mentalidade do apedrejamento? A resposta firme de Jesus fez com que cada um examinasse a própria vida. O seguinte conselho da Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, pode, de certa forma, descrever o que aconteceu: “Em paciente obediência a um Deus paciente, devemos labutar para dissolver, com o solvente universal do Amor, a dureza adamantina do erro — a vontade do ego, a justificação do ego e o amor ao ego — que faz guerra contra a espiritualidade e é a lei do pecado e da morte” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 242).

Tendo o “ego” como referência, estamos pouco dispostos a deixar de lado a percepção limitada de um mortal pecador, e aceitar a verdadeira natureza — espiritual e perfeita — da criação de Deus. No entanto, podemos tomar consciência desses pensamentos egotistas e reconhecer que a tendência a julgar e condenar alguém não está de acordo com o amor do Cristo, que Jesus expressou. Ele pôs em prática o que afirmou ser o segundo grande mandamento: amar o próximo como a si mesmo (sendo o primeiro amar a Deus). Jesus não fez nenhuma ressalva a esse mandamento, não disse “a menos que você tenha algum motivo para não amar”.

O Cristo, a identidade espiritual de Jesus, exemplifica quem realmente somos, de maneira que transforma a todos. Imbuídos dessas mensagens, podemos discordar de alguém sem condená-lo — ou seja, sem aceitar que o mal faça parte do filho de Deus. Podemos ter a certeza de que a verdadeira natureza de cada um é totalmente boa, mesmo quando a situação envolve pecado. Todos nós, da maneira mais apropriada para cada um, podemos atender a essa poderosa voz do Amor divino.

Como declarado no primeiro capítulo do Gênesis, o Amor divino, o Princípio, criou o homem espiritualmente, à semelhança de Deus. O onipotente Deus tem total autoridade e capacidade para guiar Seus filhos para um senso mais claro da própria verdadeira espiritualidade e perfeição. Como Ciência e Saúde afirma: “O Amor divino corrige e governa o homem” (p. 6).

É necessário termos sempre mais humildade para reconhecer que podemos deixar toda e qualquer correção a cargo de Deus. À medida que constatamos as possibilidades das justas soluções de Deus, vencemos a tentação de nos apegar a uma inflexível condenação mental. Passamos a refletir o bom senso do Amor — o discernimento que eleva nossa compreensão do que é certo ou errado. Além disso, essa qualidade de pensamento ajuda a revelar a harmonia permanente que Deus estabeleceu.

Depois que os líderes religiosos se retiraram, Jesus disse à mulher que não a condenava, e ordenou: “Vai e não peques mais”. A inspiração do Cristo havia revelado um caminho mais elevado não apenas àqueles homens, mas também à mulher.

Mesmo quando estamos lidando com leis humanas, podemos afirmar em nossas orações que Deus é amoroso e orienta. Quando alguém está enredado em pensamentos e ações pecaminosas, é nossa responsabilidade manter a nós mesmos em linha com o segundo grande mandamento do Amor. Essa vigilância não só nos eleva até nossa natural obediência ao Princípio divino, mas também eleva os outros a uma correção sanadora. Afinal, a perspectiva espiritual de Jesus libertou do pecado tanto a mulher quanto a multidão raivosa.

Com inúmeras situações políticas controversas, em todo o mundo, talvez sejamos tentados a acusar alguém que no cenário político fez algo errado — ou acreditamos que tenha feito. No entanto, tendo em mente o exemplo de Jesus, eu estou decidido a constantemente perguntar-me: “Vou atirar pedras ou vou amar?” A Sra. Eddy orienta: “Examinai-vos a vós mesmos com frequência e vede se há algum obstáculo para a Verdade e o Amor, e ‘retende o que é bom’ ” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos] pp. 128–129).

Essa ordem exige muito de nós. No entanto, se nossa atitude em relação a alguém, ou a uma situação, não for de amor espiritual, não estaremos obedecendo a Deus. O caminho do Cristo não é o caminho do ego. Tentar forçar uma correção com base em nosso próprio ego apenas dificulta a cura e a união. A atividade sanadora do Cristo, que nos permite ver muito além da aparência de um ego separado do bem que é Deus, não acontece de uma única vez, mas é contínua até que todo o erro seja eliminado. Nosso papel consiste em “nos agarrar” humildemente à Verdade a todo momento.

A cada dia, temos de optar por não atirar pedras mentais. Algumas pedras talvez pareçam mais difíceis de serem descartadas do que outras, mas sempre que as deixamos de lado, o Cristo, a Verdade, traz cura e soluções.

Mary Baker Eddy diz: “O Amor é imparcial e universal na sua adaptação e nas suas dádivas” (Ciência e Saúde, p. 13). Quando nos empenhamos em vivenciar a atividade imparcial e incessante do Amor em nossa vida e no mundo, enfrentamos os conflitos com menos pedras e mais amor. Anseio pelo dia em que não haverá pedras em minhas mãos.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

More web articles

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.