Longe de Deus, jamais os patriarcas estavam.
No deserto silente Moisés
Ao pastorear as ovelhas escutou
Atentamente a voz dAquele que tudo criou,
E logo respondeu: “Eis-me aqui.”
Do que Deus exigia não se furtou,
E no desejo sincero de à Mente servir
No próprio vasto plano da Mente,
As dúvidas que sentia, enfrentou.
E Abraão, entrado em anos, sem hesitar,
Ao chamado do Pai atendeu. E ao conhecer
A magnitude da prova, sua fé não vacilou
E a via montanhosa ele palmilhou, pronto a sacrificar
O filho enviado por Deus e tão promissor.
Obediente, no auge da crise, ao bradarem
Os anjos mais alto que sua dor, gritou:
“Eis-me aqui.” E vendo o plano supremo de Deus,
O amor do Amor sem aflição, deteve sua mão.
No templo, à meia-noite, o jovem Samuel
Ouviu a voz, e pensou que o amigo
Lhe falava. Ao entender Samuel que Deus
O chamava, clamou vivamente por mais
E prometeu ouvir e agir com pura abnegação.
Estaremos nós, como eles, prontos a bem responder
Com pensamentos puros, com amor leal, e com prazer,
Ao chamado do Pai-Mãe Deus? E quando
Trabalho sagrado nos cumpre realizar,
Seremos capazes de bradar
Espontânea e livremente: “Eis-me aqui”?
