Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Na Escola Dominical, Aulas Inspiradas

Da edição de outubro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


O ensino na Escola Dominical torna-se eficaz, ganhando ímpeto espiritual, à medida que os professores reconhecem a fonte de todo verdadeiro conhecimento. Essa fonte é a Mente, Deus. O desejo sincero que o professor entretém, de ser divinamente guiado e de compreender que somente as qualidades da Mente única são expressadas pelo professor e pelo aluno, abençoa a todos os envolvidos.

A compreensão espiritual torna a hora de aula na Escola Dominical muito produtiva. Ela é o resultado do pensamento dedicado e inspirado. Adquirimos compreensão espiritual na proporção em que nos volvemos à Bíblia e aos escritos de Mary Baker Eddy. O uso das concordâncias e de dicionários, como auxiliares no estudo, ajuda-nos a superar a tendência de fazer uso impensado das palavras; auxilia-nos, também, a digerir convenientemente o rico alimento para nosso pensar, encontrado em cada Lição-Sermão Lições Bíblicas do Livrete Trimestral da Ciência Cristã;, de cada semana. Podemos orar com o Salmista: “Ensina-me os teus preceitos.. .. Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.” Salmos 119:12, 18;

Com a compreensão espiritual vem o alegre entusiasmo. O entusiasmo é contagiante. Quando manifestado pelo professor, ele é transmitido aos alunos. Um professor entusiasta da Escola Dominical vem à aula com alegre expectativa. Ele não se deixa perturbar pela inibição, ou qualquer outra sugestão negativa de inabilidade de alcançar a maneira de pensar de seus alunos.

O verdadeiro entusiasmo tem espontaneidade e frescor próprios que podem — e conseguem — eliminar rebelião, o cansaço ou a indiferença. Os estudantes de Ciência Cristã têm bons motivos para expressar o zelo que a Sr.a Eddy define espiritualmente em Ciência e Saúde como “a animação refletida da Vida, da Verdade e do Amor” Ciência e Saúde, p. 599;. Nosso Pai celeste concedeu-nos essa animação. Nada pode privar-nos dela.

O inspirado professor da Escola Dominical capta as necessidades individuais de seus alunos, e devota parte da aula a atender a essas necessidades. Sempre que possível, é muito bom conversar com os alunos antes ou depois da aula. Outras vezes, a oportunidade apresenta-se durante a semana. Um pode estar necessitando de amor; outro pode ter uma concepção por demais humana acerca dessa qualidade, que é um reflexo de Deus.

Pode ser que haja necessidade de disciplina. Ora, firmeza nunca deve ser confundida com impaciência e condenação. Além disso, repetir constantemente: “Não faça isso” ou “Não faça aquilo”, incita o aluno rebelde que deseja chamar atenção. Por outro lado, se ele for ignorado, clamará por mais atenção.

A solução é encontrar algo de positivo e que leva a progresso espiritual a fim de ocupar-lhe o pensamento. Incumbi-lo de determinada tarefa, muitas vezes, desarma a inquietação do jovem. Recentemente, eu soube de uma garota-problema a quem foi solicitado, ante sua própria sugestão, assumir, por um curto espaço de tempo, a responsabilidade de dar aula à classe. O resultado foi tão bom, que atualmente, sob a cuidadosa orientação do professor, é dada, às vezes, a oportunidade a cada aluno de atuar como professor.

Alguns alunos captam a importância da Ciência Cristã por meio de histórias e parábolas; a outros, a razão e a lógica é que mostram o caminho. Cada aluno, em sua identidade real e espiritual, é uma idéia em separado na Mente divina. A cada um o caminho precisa se abrir individualmente. A humilde oração do professor em busca de orientação, revelará a maneira correta de proceder. A escuta silenciosa, e em espírito de oração, desenvolverá a intuição espiritual do professor. Este deve procurar apresentar-se “a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” 2 Tim. 2:15;.

O discernimento espiritual do professor faz a aula transcorrer tranquilamente. Tal discernimento manifesta-se na rendição da vontade própria e na aceitação da verdade contida em Ciência e Saúde: “O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia.” Ciência e Saúde, p. 454; Ao compreender isso, o professor deve manter seu pensamento aberto e receptivo à inspiração.

O preparo consciencioso da aula possivelmente aponte em determinada direção, mas o planejamento nunca deve ser rígido. Se o professor estiver suficientemente alerta para tirar vantagem da situação, muitas vezes uma pergunta ou um comentário de um aluno pode abrir caminho para um assunto totalmente novo a ser explorado. Assuntos atuais, época de exames, novas descobertas científicas — proporcionam ótima oportunidade para discusão. A Ciência Cristã revela que há somente uma única causa primordial — Deus, o bem. Tudo no universo deve ser examinado em termos dessa causa primordial. Deve-se ensinar aos alunos que a Ciência Cristã não é algo separado da vida diária, mas uma parte essencial e básica da mesma.

Em minha própria aula, sempre começamos com o testemunho de cada aluno, que relata como usou seu conhecimento da Ciência Cristã durante a semana anterior. No início, os alunos ocasionalmente esquivavam-se com comentários tais como: “Tudo transcorreu muito bem durante a semana, portanto não tive de usar a Ciência Cristã.”

Foi ressaltado, porém, que ainda continuavam as guerras em outras partes do mundo; que o crime, a poluição, a imoralidade, e assim por diante, ainda dominavam as manchetes nas notícias do país. Ficou estabelecido que, se um aluno não usasse seu conhecimento da Verdade para resolver seus próprios problemas, teria de relatar como havia orado cientificamente acerca de um dos problemas mundiais. Esse exercício de dar testemunhos tem sido muito bem sucedido. Com isso, os alunos ficaram conscientes de sua responsabilidade individual, como estudantes de Ciência Cristã, de pensar correta e construtivamente.

A maneira perceptiva e inovadora do professor faz com que os alunos apreciem a oportunidade que lhes é oferecida, de aprender mais sobre uma religião científica, que lhes mostra como enfrentar esse mundo atual, esse mundo de tão rápida mutação. Ora, não é suficiente dar-lhes apenas a letra desta religião. É o espírito que conta, fazendo com que viver a verdade seja uma aventura.

Por exemplo, as histórias bíblicas adquirem vida nova quando relacionadas à vida dos próprios alunos. Em Ciência e Saúde encontramos a seguinte afirmação: “Hoje, a letra da Ciência alcança abundantemente a humanidade, mas o espírito da Ciência só vem pouco a pouco. A parte vital, o coração e a alma da Ciência Cristã, é o Amor. Sem o Amor, a letra nada mais é que o corpo morto da Ciência — sem pulso, frio, inanimado.”ibid., p. 113; Apesar da letra resplandecer com brilho intelectual, não poderá curar até que seja acompanhada da influência regeneradora do Amor divino.

O professor da Escola Dominical que expressa esse Amor, compartilha um inestimável dom com seus alunos. Esse amor precisa ser dado, especialmente, quando um aluno apresenta um problema. Desordem, teimosia, má vontade em cooperar, podem prejudicar o progresso da turma toda. Nesse caso, o professor necessita de paciência, amor desinteressado e oração consagrada, se deseja combater esses erros que, apesar de não terem causa real, pretendem estar personificados no aluno rebelde. Quando o professor sistematicamente vir a criança como o amoroso reflexo de seu Pai-Mãe Deus, pode-se esperar que o aluno reaja favoravelmente. A causa humana desse comportamento perturbador será revelada e a harmonia restabelecida.

Na refeição matinal, após sua ressurreição, disse Cristo Jesus a Pedro: “Apascenta os meus cordeiros.” João 21:15. A vida repleta e feliz de muitos jovens foi construída sobre a base adquirida na Escola Dominical. O crescimento e a expansão do movimento da Ciência Cristã necessitam da compreensão entusiástica dos jovens.

O professor da Escola Dominical está servindo num posto de importãncia vital para o futuro bem-estar da Ciência Cristã. Por isso, o professor compreende ser muito útil assimilar qualidades espirituais como discernimento espiritual, paciente vigilância, alegre entusiasmo, aventura na verdade, confiante receptividade. Mais do que tudo isso, quando o professor embebe-se profundamente da ternura e da vitalidade do Amor divino, verifica ele que a compreensão e a segurança abençoam o seu ensino.

O esforço consciente de vindicar qualidades crísticas não falha em trazer resultados benéficos.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / outubro de 1974

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.