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Permitamos que Deus Nos Guie

Da edição de outubro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Como é maravilhoso ser capaz de escutar a orientação de Deus, ouvir o que Ele diz e fazer como Ele manda! Ora, muitas pessoas que tentam escutar, não conseguem ouvir. Muitas que ouvem, não têm certeza se o que ouviram é realmente de Deus. Outras, mesmo certas de que Deus as havia guiado, parecem relutar em dar o primeiro passo.

O fracasso em ouvir, a incerteza e a relutância, tudo isso se origina de uma interpretação errada do que Deus é, e do que o homem é. Essa interpretação errada cria um abismo entre o que pensamos que somos e o que pensamos que a Mente divina é. Nossa crença acerca da Mente e de nós mesmos então não compreende, nem confia na orientação recebida, a qual apenas esperamos desejosamente que transponha o abismo.

A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tiann sai’ennss. explica Deus, a Mente divina, como o bem sempre presente, como o Amor, o Espírito, o Princípio. A Mente divina não é uma pessoa a quem falamos ou escutamos num sentido pessoal material. No entanto, podemos compreender a linguagem da Mente, quando adquirimos o conceito de nós mesmos como idéias espirituais da Mente.

Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Se o termo personalidade, como aplicado a Deus, significa personalidade infinita, então Deus é Pessoa infinita no sentido de personalidade infinita, mas não no sentido inferior.” Ciência e Saúde, p. 116; O homem real não é uma personalidade dentre muitas personalidades finitas, mas é o reflexo ou manifestação do único Espírito infinito, ou Princípio. Nossa identidade real não é pessoa corpórea, mas idéia, incorpórea e espiritual. À medida que chegamos a reconhecer nossa identidade real, verificamos sermos capazes de falar com a Mente divina na linguagem do Espírito. E nossas respostas vêm em termos espirituais. A Sr.a Eddy diz ainda: “Jamais ouvido algum ouviu, nem lábio algum falou, a linguagem pura do Espírito.”ibid., p. 117;

Se procuramos orientação quanto a problemas de negócios, a decisões sobre carreiras, a relações pessoais, ou a casamento, como obtê-la? Em primeiro lugar, procuremos identificar-nos com a Mente infinita, como idéias da Mente. Se quisermos identificar uma flor como membro da família das rosas, examinaremos a flor para ver quantas características de rosa ela possui. De igual modo, se devemos identificar-nos como membros da família do Princípio divino, precisamos examinar nossos pensamentos acerca de nós, para ver quantas das qualidades do Princípio neles encontramos.

Por exemplo, suponhamos que estamos decidindo qual a carreira a seguir. Estaremos nos identificando como pessoas materiais que têm que optar entre este ou aquele curso material na vida, ou estaremos reconhecendo em nós as qualidades espirituais de integridade, percepção, compreensão, amor, sabedoria, e assim por diante? No primeiro caso, provavelmente estaremos nos esforçando para fazer com que a Mente divina saiba de nossa necessidade e para ouvir o que a Mente nos dirá. Mas não virá resposta alguma, porque estaremos pensando, pedindo e escutando, na linguagem do sentido material e pessoal. Estaremos esperando que, de alguma maneira, Deus, o Espírito, que nada sabe de cursos e condições materiais, venha a nós para dizer-nos o que fazer. Mas se nos empenharmos pela percepção espiritual, daremos todos os passos possíveis para purificar o pensamento removendo as crenças materiais, e aplicando-nos em compreender a natureza do Princípio divino, o Amor, e orando para reconhecer em nós mesmos as qualidades desse Princípio — sabendo que essas qualidades estão sempre em contato com sua fonte, a Mente divina, Deus.

A inteligência é uma qualidade primária do Princípio divino. Quando reconhecemos nossa identidade real, tornamo-nos cônscios da inteligência que refletimos. Podemos, então, encarar as decisões humanas que precisamos tomar e encontrar dentro de nós a capacidade de tomá-las. Contudo, é a nós que compete fazer as decisões e não a Deus. Quanto ao casamento, por exemplo, Cristo Jesus disse: “Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento; mas os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos, não casam e nem se dão em casamento.” Lucas 20:34, 35. Pode Deus dar-nos orientação em algo que é humano e que será deixado para trás quando nos elevarmos acima de um sentido corpóreo de vida?

A Mente divina pode transmitir, e de fato transmite, sabedoria espiritual, e esta está acima e além do raciocínio humano usual; traz ao pensamento humano a capacidade de discernir as verdades espirituais e de detectar seus opostos, os erros materiais. Traz consigo também o poder de rejeitar como irreal tudo o que não tem substância no bem infinito e de ir adiante destemidamente com tudo o que manifesta nossa identidade verdadeira como expressões inteligentes, sábias e amáveis do Princípio.

Ao pedirmos orientação espiritual, as respostas podem vir em termos que nos surgem como orientação clara para os passos humanos. Se tais respostas forem o resultado direto de termos procurado em primeiro lugar um conceito mais espiritual acerca de nós mesmos e de nosso relacionamento com Deus, saberemos então que a sabedoria que expressamos, provém de Deus. Ao procurarmos a sabedoria divina, que está sempre certa, nossas decisões humanas refletirão a sabedoria que alcançamos. Saberemos o que estamos fazendo, e estaremos certos de que é o que devemos fazer agora.

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