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Podemos Esperar Milagres

Da edição de outubro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Os milagres não são acontecimentos apenas do passado. Quando compreendemos a definição espiritual da palavra “milagre” tal como esta é usada na Bíblia, podemos constatar que temos toda razão em esperar que hoje ocorram acontecimentos milagrosos. Pelo fato de os milagres de curas narrados no Antigo e no Novo Testamento não serem cabalmente compreendidos é que hoje em dia não se acredita serem eles verdadeiros, ou então se pensa serem o resultado da casualidade ou da esperteza, ou ainda o fenômeno de um poder sobrenatural que algumas poucas pessoas excepcionais possuíam.

No Glossário de Ciência e Saúde a Sr.a Eddy deu uma explicação metafísica da palavra “milagre”, explicação essa que dá a entender seu significado espiritual. Diz ali: “Aquilo que é divinamente natural, mas tem que ser aprendido humanamente; um fenômeno da Ciência.” Ciência e Saúde, p. 591; Mediante esta definição torna-se claro que, de fato, os assim chamados acontecimentos milagrosos, em vez de serem excepcionais, sobrenaturais, extraordinários, são a conseqüência normal de se utilizar a lei espiritual de Deus, o Princípio eterno. Em conseqüência, é perfeitamente razoável reivindicar-se, hoje em dia, o poder de produzir milagres semelhantes aos dos tempos bíblicos. Se alguém estiver apercebido dessa lei e a puser em prática, nada poderá ser mais natural.

Cristo Jesus realizava milagres incontáveis. Os Evangelhos relatam que Jesus curou doenças físicas, alimentou multidões ao multiplicar alguns poucos pães, restabeleceu a sanidade mental de pessoas que estavam mentalmente perturbadas, e que ressuscitou mortos. Um dos autores dos Evangelhos diz: “Há, porém, ainda muitas outras cousas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.” João 21:25. Não obstante, o Mestre encorajou seus seguidores a pensar que eles podiam realizar até mesmo obras maiores, se cressem nos seus ensinamentos e seguissem seu exemplo.

A Bíblia proporciona uma exposição clara da verdade eterna — da natureza de Deus como Espírito divino, Amor infinito, e da natureza do homem como descendente de Deus, como Seu filho amado e a exata semelhança dEle. Ela mostra ser divinamente natural que o homem seja são e que esteja suprido abundantemente de tudo quanto necessita, e que ele expresse invariavelmente a inteligência e a vitalidade da Vida. Essa é a Ciência do ser verdadeiro, a verdade espiritualmente natural que os mortais precisam compreender a fim de libertarem a si mesmos e a outros, da discórdia e do sofrimento impostos por uma falsa crença material acerca de sua própria identidade.

Na proporção em que os profetas do Antigo Testamento e os discípulos cristãos do Novo compreendiam as realidades naturais da existência espiritual, isto é, a Ciência do ser verdadeiro, eram eles capazes de produzir, na sua própria experiência humana e na de outros, a evidênica do bem em lugar da discórdia. Quando a cura se fazia necessária eram eles capazes de realizar um milagre, ou, como diz o Glossário de Ciência e Saúde, eram capazes de produzir “um fenômeno da Ciência” e estabelecer a harmonia nos afazeres humanos. Foram até capazes de restabelecer a vida àqueles que se julgava estivessem mortos.

Conforme a Ciência Cristã prova, é perfeitamente natural, mesmo agora, produzir na consciência humana a compreensão do fato científico que diz respeito ao homem espiritual, perfeito. Essa compreensão que se tem da Verdade, suplanta a crença mortal errônea, substituindo os pensamentos de discórdia, de doença e de morte pela harmonia, pela saúde e pela vida. Então, uma vez que o corpo físico e a existência material são a objetivação do pensamento mortal, a mudança que se realiza no pensamento, resulta em condições físicas melhores e mais sadias.

Para alguém que não esteja apercebido do poder da Mente, um milagre pode parecer um fenômeno inexplicável de um poder metafísico especial; mas ele é, de fato, uma conseqüência perfeitamente natural para quem compreende a Verdade. Ele não é levado a efeito por se deixar de lado a lei de Deus. É impossível desafiar as leis do Espírito. Mas o reconhecimento da lei de Deus — lei divina da harmonia — anula a falsa crença de haver uma lei física destruidora. Esse reconhecimento da lei da harmonia traz para a consciência humana um vislubre do único universo perfeito, um vislumbre da presença eterna da saúde e da santidade do homem à semelhança de Deus. Então, embora essas verdades espirituais possam, há longo tempo, ter sido ocultadas da visão humana pelos errôneos sentidos físicos, os sentidos falsos se desvanecem, e o indivíduo entra na posse da consciência do bem, que de direito lhe pertence.

A conseqüência é uma demonstração perfeitamente natural na experiência humana e diz respeito a algum aspecto daquilo que é espiritualmente verdadeiro — que é saúde em vez de doença, abundância em vez de carência, segurança em vez de perigo, vida em vez de morte. É viável encontrar a causa do fenômeno, seguindo a trilha que nos leva de volta à ação do Princípio divino na consciência humana. Ao fazer isso dar-nos-emos conta de que os milagres dos profetas e dos apóstolos — até mesmo do maior de todos os sanadores, Cristo Jesus — não são manifestações especiais do poder divino pertencentes a uma época passada. Eles ilustram a eterna ação do Princípio divino nos assuntos humanos. Mostram que, embora não devêssemos esperar, no reino físico, exibições dramáticas de acontecimentos estranhos que parecem ser de origem sobrenatural — exibições que apelam para as emoções e a fé cega — podemos esperar milagres no sentido bíblico tal como são espiritualmente interpretados.

Podemos esperar conseguir provas da perfeição daquilo “que é divinamente natural”, à medida que aprendermos humanamente os fatos atinentes ao verdadeiro ser espiritual. Os milagres são, em verdade, “um fenômeno da Ciência”.

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