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A administração das finanças no casamento

Da edição de setembro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Na sua série de quadrinhos intitulada “A pequena burguesia”, Brickman retratou recentemente um homem que interrogava um casal com ar abatido: “Com essa louca taxa de inflação, em que vocês estão se apoiando?” “Um no outro”, foi a resposta.

Por que será que as mesmas pressões econômicas que unem ainda mais alguns casais tendem a separar e levar ao divórcio outros?

A Ciência Cristã declara que o tipo de experiência que vivemos com relação a qualquer coisa é grandemente determinado pela atitude que temos em relação a essa mesma coisa. Esta Ciência ajuda-nos a melhorar os hábitos de pensamento. A base do pensamento correto com relação a dinheiro é que o homem, o representante de Deus, Espírito, Mente, é inseparável do bem todo-harmonioso. No lar espiritual da criação de Deus, cada identidade reflete integralmente a substância infinita e perfeita. A compreensão espiritual mostra-nos a totalidade de cada idéia de Deus.

Na cena humana, o casamento, em sua forma ideal, obriga um homem e uma mulher apaixonados a se ajudarem mutuamente a demonstrar as realidades divinas da inteireza do homem e da harmonia universal. Quando um relacionamento é estabelecido nessa base, e não com o fim de atingir objetivos materiais, a pressão econômica não pode destruí-lo. Então, talvez não sejam tanto as pressões do casamento mas as coisas a que o casamento der relevo o que irá determinar-lhe o fracasso ou o sucesso.

A sabedoria recomenda que a família chegue, de maneira justa, a decisões conjuntas com relação a prioridades econômicas e se atenha fielmente a elas; que exerça autodisciplina ao administrar as finanças. Cristo Jesus relacionou integridade financeira com o progresso espiritual de um indivíduo quando disse: “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” Lucas 16:10, 11;

Quão facilmente, porém, somos distraídos pela fascinação momentânea com objetivos inferiores às riquezas celestiais! Podemos estar na categoria de um casal adormecido, retratado num quadro cômico na TV, que despertou, cada um zangado porque o outro havia roncado tão alto que lhe interrompera um sono agradável. No entanto, quando diminuiu o estardalhaço mas o ronco continuou, descobriram que o roncador não estava na cama, mas debaixo dela: o buldogue da família!

Em toda desarmonia conjugal, precisamos reconhecer o adversário — “o buldogue” — como o que a Ciência Cristã chama “mente mortal”. Ora, mente mortal é apenas um termo. Não é mente e ninguém pode ser culpado por ela. Uma crença em inteligência ou vontade não divinas — erro ou mente mortal — manifesta um falso sentido de substância, chamado matéria, e manipula um sentido falível de homem, chamado mortal. No entanto, todo esse quadro é uma ilusão desprovida de realidade.

O divino Um, Deus, é Tudo-em-tudo. Sua bondade infinita, que tudo inclui, não deixa espaço para o pomo da discórdia. Uma vez que, em realidade, há apenas uma Mente infinita e uma substância inexaurível — o Espírito — refletido em uma só espécie de homem — o homem perfeito — não temos de acreditar em mentes pessoais, mesmerizadas pelo dinheiro. Apenas na medida em que consentimos em que haja mais de uma Mente, sob a forma de opiniões mortais divergentes, parece que sofremos devido à desarmonia. Apenas na medida em que aceitamos a materialidade (aliás, a limitação), parece que sofremos de carência. Aceitar uma suposta mentalidade mortal ou matéria ilusória, acarreta penalidades. “O homem de ânimo dobre é inconstante em todos os seus caminhos” Tiago 1:8 (conforme a versão King James);, lemos na Bíblia.

Podemos promulgar a estabilidade ao relacionar, de maneira direta e em espírito de oração, nossa conduta individual com a única Mente e substância, Deus. Os Dez Mandamentos não são ameaças de castigo. Proporcionam orientação e proteção ao progresso individual, pertinente ao casamento:

A própria onipotência mantém em vigor as leis de Deus. Pode alguma esperança de vantagem econômica igualar a purificação que acompanha a obediência ao Seu mandamento: “Não adulterarás” Êxodo 20:14;? O suprimento vindo de Deus sempre pode ser percebido pelo humilde e obediente, embora tal caminho possa não ser anunciado pelos enganosos sentidos materiais. À medida que abandonamos a crença na materialidade, estamos aptos a encontrar as ilimitáveis riquezas da espiritualidade e a demonstrar a economia e abundância da substância divina.

Obediência completa ao mandamento: “Não furtarás” v. 15; é essencial e pode inspirar-nos e habilitar-nos a resistir a cometer infidelidade financeira, mesmo no uso dos cartões de crédito. Quem faz as compras da família e que, com justiça, espera que o provedor do lar contribua com seu salário integral para o uso comum, deve demonstrar a mesma força moral que exige do outro. Isso obriga quem é tentado a negligenciar certas necessidades e a surrupiar dinheiro a fim de obter, sorrateiramente, algum luxo, a considerar seriamente se quer, de fato, defraudar o outro.

O uso impróprio da afeição, seja pela liberalidade seja pela sonegação, no interesse de estratagemas financeiros, não nos levaria a dar falso testemunho de nosso próximo mais chegado e querido? Nossas necessidades humanas são atendidas apenas na medida em que nossas dívidas para com Deus são pagas — na medida em que expressamos as qualidades que nos pertencem como filhos de Deus. A oferta e a procura equilibram-se de maneira exata com o mandamento e a obediência.

A declaração de Jesus de que não podemos servir a Deus e às riquezas dá-nos abençoada certeza de segurança na proporção de nossa espiritualidade (ver Mateus 6:24–33). Se não permitimos que as pressões econômicas minem a mortal individual, como poderão arrasar a moral conjugal? Por sermos fidedignos e aprendermos a confiar, aproximamo-nos do ideal cristão de casamento, do qual Jesus declarou: “Já não são mais dois, porém uma só carne”, e acrescentou: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Mateus 19:6; A Sra. Eddy reafirma o mesmo pensamento num artigo intitulado “Prevenção e cura do divórcio”: “O que Deus ajuntou, o homem não pode separar.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 268.

O fato básico, quer sejamos casados quer não, é que todo ser real está unido em Deus. Podemos despertar para nossa unidade com tudo o que é bom e o bem que é Tudo. Muitas vezes, o marido ou a esposa que persistiu na afirmativa de que há uma Mente única — substância, Amor — trouxe cura para as atitudes erradas de um ou de ambos os cônjuges e restaurou a harmonia e integridade do casamento.

Por meio de obediência total a Deus e incessante amor por Suas idéias, podemos inverter o desgaste provocado pelo medo ou pela contenda e assegurar o domínio da sabedoria divina em nossa vida. Então, o dinheiro não mais controlará nossos motivos e desejos. Nós é que o controlaremos.

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