Certa feita constatei repentinamente que meu rosto e pescoço estavam inchados e doloridos e que eu mal conseguia abrir a boca. Senti muito medo. De início meu único desejo era o de conseguir cura física, mas em que tremenda oportunidade converteu-se esse acontecimento! Por seu intermédio adquiri compreensão mais clara de meu relacionamento espiritual com o Deus onipotente e perfeito. Quando, após alguns dias, minhas próprias orações não trouxeram nenhuma mudança à situação, solicitei o auxílio de uma praticista da Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss).
A frase que se segue, encontrada em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, estabeleceu meu ponto de vista desde o início (p. 275): “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder ou outra Mente — que Deus é Amor, e por isso, Ele é Princípio divino.” Comecei a perceber a infinidade da presença de Deus e Sua onipotên-cia sobre o universo, inclusive o homem. Reconheci que Deus, a Mente, é eternamente perfeito e que em minha perfeita natureza eu manifestava a perfeição da Mente, apesar da evidência de imperfeição.
Continuando a praticista seu trabalho, comecei a perceber a irrealidade da matéria. Quando me defrontava com a dor, era-me natural negar que pudesse haver sensação na matéria, porque o conceito de vida na matéria é uma ilusão da mente mortal. Agora podia compreender com mais clareza que eu não era um ente mortal imperfeito que estava sendo tratado para se tornar mais puro ou mais perfeito. Em meu ser real expresso sempre pureza e perfeição, como a idéia do puro e perfeito Deus.
A seguinte frase, que faz parte da resposta da Sra. Eddy à pergunta “O que é a Mente?” (Ciência e Saúde, p. 469), foi muito útil para a concretização de minha cura: “O exterminador do erro é a grande verdade de que Deus, o bem, é a Mente única e que o suposto contrário da Mente infinita — chamado diabo, ou o mal — não é a Mente, não é a Verdade, mas é o erro sem inteligência nem realidade.” Compreendi que não importava qual fosse meu conceito humano ou o que quer que outra pessoa pensasse, havia uma única Mente perfeita — a fonte de todas as idéias corretas. E o homem, na Ciência divina, reflete unicamente tal fonte. Esta espiritualização da consciência provocou uma mudança no estado físico. Houve um vazamento e o inchaço diminuiu.
Muitos hinos do Hinário da Ciência Cristã serviram de conforto e inspiração. Os periódicos da Ciência Cristã proporcionaram inabalável discernimento espiritual. Recebi muitas gentilezas. Uma enfermeira da Ciência Cristã recomendou-me uma bem equilibrada alimentação líquida que foi substancial durante as várias semanas em que não me foi possível abrir a boca para comer. Vizinhos compravam-me a comida; e apesar de haver começado num novo emprego havia poucos meses, meu empregador aguardou minha volta.
Após algumas semanas de progresso pareceu haver um período de inatividade, com nenhuma mental ou física. A praticista salientou que a humildade é um requisito — ceder ao controle supremo da Mente divina. O momento decisivo deu-se no meio da noite quando acordei com dores atrozes. Com temor e desânimo perguntei-me se minha compreensão espiritual seria suficiente para a concretização da cura. Devia eu desistir? Os meios materiais poderiam oferecer-me alívio? Semanas de estudo e progresso espiritual não haviam servido para nada? Por telefone expressei essa dúvida à praticista, que deixou comigo a decisão. Solicitou que lhe desse mais vinte minutos para orar e então lhe chamasse novamente. Concordei.
Foi então que identifiquei a culpada: a mentira que vociferava fazendo uma última falsa sugestão. Era tempo de que eu conhecesse, sem sombra de dúvida, de que reconhecesse, a onipotência da única Mente infinita, que está presente em todo o lugar; era tempo de corresponder ao pensamento e ação crísticos expressando essas qualidades da Mente, do Princípio, Deus. A dor cessou. Eu sabia que a doença havia sido destruída. Que alegria reconhecer que nada pode perturbar ou modificar a Mente onipresente, que tem todo o poder. Com gratidão telefonei à praticista. Em poucos dias fui capaz fazer todos os movimentos físicos necessários para ingerir uma refeição completa. A cura completou-se logo a seguir. Palavras são inadequadas para expressar minha gratidão pela compreensão espiritual que adquiri.
Concord, Califórnia, E.U.A.
Nota da redação: As declarações que se seguem, feitas pela praticista, projetam luz adicional na cura. Traduzem algumas das revelações espirituais mais profundas que possibilitaram à praticista desincumbir-se de sua tarefa.
Sinto-me muito grata em atestar a autenticidade dessa cura. Por mais de três semanas a paciente esteve em contato comigo pelo menos uma vez por dia. Os sintomas físicos eram agressivos. Num determinado momento, quando a dor parecia insuportável, a paciente temeu vir a falecer e levantou a questão do tratamento médico. Disse-lhe que era livre para tomar sua própria decisão, mas me daria ela permissão para orar por mais vinte minutos e poderia então telefonar-me novamente? Ela concordou.
Eu já havia detectado essa luta em seu pensamento — a tentação de procurar libertação na matéria, ao invés de no Espírito. Compreendi que essa questão teria de ser resolvida. Tudo o que ela aprendera no Curso Primário de Ciência Cristã estava sendo posto à prova. Devido a sua integridade e seu amor a Deus eu sabia que ela sairia vencedora.
Aqueles vinte minutos encontraram-me indo em busca do Amor divino com tão tranqüila sensação de autoridade espiritual que eu tinha certeza absoluta de que não havia mente, poder, lei, ação nem substância além de Deus. Literalmente senti que a lei do Amor divino sustenta o homem num estado de perfeita paz e segurança. Compreendi que essa consciência do bem, que é comunicada pela Mente divina, destrói por completo o magnetismo animal que se chama dor na matéria; que a missão de cura da Ciência Cristã não pode encontrar interferência.
Os seguintes trechos de Ciência e Saúde chamaram-me a atenção: “O que se chama doença não existe. Não é nem mente, nem matéria” (p. 188). “A evidência do poder curativo da Mente divina e do seu domínio absoluto é para mim tão certa como a evidência de minha própria existência” (p. 177). Ficou-me especificamente claro que a doença, a dor, a matéria, a mente mortal, não são a realidade e que o Amor divino, mediante seu Cristo sanador, elimina da consciência humana a crença hipnótica de que o são. Com maravilhosa sensação de alegria eu sabia que o erro fora vencido.
O telefonema da paciente, ao término dos vinte minutos, apenas confirmou a cura. A dor cessara para nunca mais voltar. A paciente compreendera que a Ciência Cristã era a resposta, e sua recompensa foi uma cura completa.
