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O ser imaculado

Da edição de outubro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Pode ser-nos relativamente fácil reconhecer Deus como Espírito, todo bem, amor e sabedoria, mas ver o homem como sendo espiritual e puro pode parecer mais difícil. A dificuldade provém da crença mundial de que a vida e a mente estejam na matéria. A mente mortal está continuamente nos dizendo que o homem é material e imperfeito.

É comum ouvirmos a expressão: “Ninguém é perfeito.” A Bíblia, porém, nos diz que Deus declarou o seguinte com relação a Cristo Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mateus 17:5. Jesus ensinou que nós também somos, em realidade, filhos de Deus e que, por reflexo, manifestamos o divino. Além disso, Deus nos dotou de sentido espiritual, que nos mostra que somos, de fato, espirituais e perfeitos. É importante usar essa força, ou capacidade, dada por Deus, a fim de reconhecermos e reivindicarmos nossa filiação espiritual.

Estamos, constantemente, escolhendo ou a verdade de Deus ou a mentira da mente mortal — a contrafação do homem. Nossa saúde, felicidade e bem-estar dependem do que escolhemos. Se escolhemos o primeiro, todo bem. Se optamos pela ilusão da mente mortal, adiamos o bem que nos pertence por direito. A escolha errada vem, freqüentemente, acompanhada de medo e sofrimento, porém, a qualquer momento, podemos volver-nos aos braços da Verdade e do Amor divinos e sentir-nos confortados e abençoados.

Quando eu cursava a faculdade, fazia parte do meu currículo um curso de psicologia. Certo dia, o professor mostrou à classe uma folha de papel branco, em cujo centro havia uma mancha negra mais ou menos do tamanho de uma moeda pequena. Ele perguntou aos alunos o que viam. Vários disseram que viam uma mancha preta. Então o professor perguntou: “Ninguém viu o papel branco?”

Como estudante de Ciência Cristã, reconheço que essa ilustração deu-me muito o que pensar. Percebi quão freqüentemente distinguimos as falhas de uma pessoa e pensamos nelas, ao invés de perceber o bem que essa pessoa expressa. A Ciência Cristã deixa claro que é necessário ver, não a mancha preta, mas o papel branco, o bom e verdadeiro nos outros, pois nisso está a evidência do homem criado por Deus.

Nosso esforço para fazer isso da melhor maneira possível, nos leva a ver a idéia pura e perfeita, ou reflexo, de Deus — invariável, sem mácula ou imperfeição — como o único homem que existe. Nossa Líder, a Sra. Eddy, escreve: “Deus cria o homem perfeito e eterno à Sua própria imagem. Portanto, o homem é a imagem, a idéia, ou a semelhança da perfeição — um ideal que não pode decair de sua união intrínseca com o Amor divino, de sua pureza imaculada e perfeição original.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 262.

Certa vez, ao ter um desentendimento com outra pessoa, orei sinceramente a fim de ver apenas a idéia de Deus onde parecia estar um mortal difícil. Declarei que o amor eterno e imutável de Deus, e não a raiva ou o ressentimento, era manifestado pelo homem; que a harmonia era o fato espiritual, e o mal, ilusório. Porém, por mais que eu tentasse, toda vez que me lembrava dessa pessoa, a aversão vinha junto. Todavia, persisti na oração.

Então, certa manhã, ali estava: o pensamento de que essa pessoa estava em união com o Amor divino! Fiquei alegremente surpresa e grata. Esse pensamento verdadeiro havia estado presente em minha consciência durante todo o tempo. A claridade do bondoso amor de Deus o trouxera à luz. Foi comprovado como verdadeiro este versículo dos Salmos: “No interior, a filha do Rei é toda formosura. ...” Salmos 45:13 (conforme a versão King James). Imaculada!

Sempre podemos procurar e amar o bem nos outros. O mínimo de bem que alguém diz ou faz revela o Cristo manifestando a si mesmo, e podemos amá-lo. Não precisamos irritar-nos com o que parece errado na vida dos outros. Podemos continuar amando o bem, e negando a mentira. Isso é obediência à Regra Áurea.

A mente mortal gostaria de apresentar sua mentira de mal a respeito de alguém, tentando levar-nos a odiar tal pessoa. Se ela consegue, não apenas ajudamos a mente mortal a atirar a mentira sobre alguém, como também prejudicamos a nós mesmos, pois o ódio engendra discórdia e moléstia. Cristo Jesus nos diz que devemos amar nossos inimigos para que possamos mostrar que nós mesmos somos filhos de Deus. O trecho de Mateus diz: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos maldizem, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste.” Mateus 5:44, 45 (conforme a versão King James). A Sra. Eddy escreve: “Mais cedo ou mais tarde, toda a raça humana aprenderá que, à proporção que a identidade imaculada de Deus for compreendida, a natureza humana será renovada e o homem receberá uma identidade mais elevada, derivada de Deus, e a redenção dos mortais do pecado, da doença e da morte será estabelecida sobre fundamentos eternos.” Unity of Good, p. 6.

Se é uma questão pessoal ou mundial que necessita de nossa oração, não estamos desamparados para enfrentá-la, pois o poder que cura não é nosso, mas de Deus. Sabedores disso, podemos confiar em nossas orações. A única Mente, Deus, está à altura de tudo. Precisamos negar toda presença, lugar ou poder ao erro, sabendo que, uma vez que Deus não o fez, ele nada é — não tem lei que o sustente! Deus é Tudo e está sempre no controle de Sua criação. Governa o todo da infinidade com Sua lei de amor. Por ser Ele imutavelmente perfeito, o homem espiritual, Seu filho, está sempre manifestando essa perfeição.

Isso não deixa nada real para ser corrigido. Resta apenas a realidade perfeita para ser aceita. Esse conhecimento da verdade ajuda a destruir a mentira do sentido material, que pretende que há um mal universal. Todos podem ajudar!

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