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Progrida na adversidade

Da edição de outubro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Se somos cristãos sinceros, esforçamo-nos por seguir Cristo Jesus elevando-nos acima do mal. Isso requer não só a determinação de resistir ao pecado em todos os seus multiformes disfarces, mas também curar a dor e a doença. Em outras palavras, a vida de um verdadeiro cristão (e, portanto, a de um Cientista Cristão) abriga o elemento da luta contra as crenças carnais.

Essa luta talvez causasse desânimo e frustração, se não déssemos prioridade ao ponto de partida correto — Deus perfeito e homem perfeito. Então, em vez de nos sentirmos como que eternamente empenhados na busca da meta da perfeição, ficamos fortalecidos pela conscientização tranqüila de que o filho de Deus permanece nesse ponto de perfeição. Nossa tarefa é dar provas, em nossa vida diária, desse estado do ser que já existe. Nem sempre é fácil dá-las, mas sabemos que ao mantermos diante de nós a verdade do ser, é-nos possível recusarmo-nos a ser desviados ou desanimados pelo erro.

A existência mortal realmente não passa de um sonho do qual temos de acordar mediante a conscientização do que a vida verdadeiramente é — a expressão da única Vida divina. Como criação do Princípio divino, o homem acha-se sempre consciente das belas qualidades de seu Pai-Mãe celestial e nunca está incapacitado de atestar tais qualidades. O homem é irreversivelmente saudável, feliz, inteligente e amado. O Espírito é a substância incorruptível e indestrutível de seu ser. O homem está para sempre isento das imposições injustas do materialismo, inclusive de doença, carência, debilidade, frustração.

É preciso persistência para demonstrar continuamente esse verdadeiro conceito a respeito de nós próprios e de nosso próximo. É preciso manter guarda contra a tentação de nos rendermos quando o caminho parece árduo, pois, continuando na direção certa, receberemos a recompensa.

Esse ponto foi-me ilustrado durante uma longa caminha que fiz com uma amiga por uma estradinha em meio de sebes que impediam se tivesse qualquer vista. Embora no início estivéssemos bem alegres, nosso ardor começou a esmorecer depois de havermos andado muito tempo, morro acima, ao sol do meio-dia, sem divisar o fim da estrada. De fato, estávamos pensando em dar a volta quando, de repente, diante de nós surgiu a mais bela vista panorâmica. Quão errado teria sido voltar! Esse incidente ilustra as recompensas que se obtêm quando não retrocedemos ao tornar-se mais áspero o caminho. Nossa Líder, a Sra. Eddy, diz-nos: “Os mortais imperfeitos só lentamente compreendem o objetivo final da perfeição espiritual; mas, começar bem e continuar a luta para demonstrar o grande problema do ser, já é fazer muito.”Ciência e Saúde, p. 254. Naquele passeio, se tivéssemos estado conscientes da beleza que nos aguardava, não teria havido nenhum pensamento de voltar atrás. De igual modo, como Jesus demarcou o curso do grande bem que está guardado para todos os seus seguidores, não há desculpas em entregarmo-nos ao desespero porque cremos que o mal possa preponderar sobre o bem. Precisamos apenas perseverar, reivindicando o bem que já está à nossa espera.

A Bíblia contém muitos exemplos de pessoas que, apesar das circunstâncias desfavoráveis, continuaram firmes rumo a um sentido mais espiritualizado das coisas. Seguindo-se à destruição dos profetas de Baal, o próprio Elias, apesar de seu pensamento espiritualizado, foi tentado a renunciar sua posição ao lado da Verdade. Com a vida ameaçada pela Rainha Jezabel, sentiu-se tão desanimado que aparentemente duvidou da validade de seguir um curso espiritual. Então, estando sentado debaixo de um zimbro e em profundo desespero, Elias foi tocado por um anjo, ou pensamento de Deus, e levantou-se. Fortalecido pelas mensagens da verdade vindas de Deus, chegou por fim ao Monte Horebe e lá teve um vislumbre mais profundo da verdadeira natureza do Próprio Deus. Ver 1 Reis 18–19.

Se Elias tivesse permanecido sob a árvore, consumido pela autocomiseração, o mundo teria sido privado do ímpeto espiritual de suas realizações. Não mostra isto a importância de nos mantermos firmes, não só por amor a nós, mas para o bem dos outros, sem nos importarmos com quão dificil isto é? Foi, por certo, o que nossa Líder fez. Embora se visse diante de provação após provação ao tentar colocar a Ciência do Cristo ao dispor de todos, ela não desistiu nem deixou de completar sua obra.

Se, às vezes, ficamos bloqueados por problemas que parecem insuperáveis e pensamos arriar, podemos obter inspiração daqueles servos de Cristo que passaram antes de nós. Como eles, podemos continuar rumo a Deus para o bem de nosso próximo. Podemos provar nosso próprio domínio sobre o materialismo. Nossa fidelidade e o triunfo final sobre alguma fase teimosa do mal poderiam ser muito bem o estímulo necessário para inspirar outros a se empenharem pela vitória.

A persistência que Cristo Jesus mostrou em derrotar condições atrozes, dá-nos tremenda inspiração. Apesar da injustiça, da perseguição e da resistência, ele jamais cedeu. Sua meta era vencer inteiramente a carne, e assim perseverou até a ascensão. Disse a seus seguidores: “Permanecei no meu amor.” João 15:9.

Nossa Líder aconselha-nos: “Caros alunos, entrastes na vereda. Prossegui nela pacientemente; Deus é o bem, e o bem é a recompensa de todos os que diligentemente buscam a Deus. Vosso progresso será rápido se amardes o bem acima de tudo, se compreenderdes e obedecerdes ao Guia, que, andando adiante de vós, escalou a íngreme escarpa da Ciência Cristã, permanece no monte da santidade, a morada de nosso Deus, e banha-se na fonte batismal do Amor eterno.”Miscellaneous Writings, p. 206. Nunca nos rendamos. Mesmos nos dias tempestuosos, nosso coração pode cantar que encontramos o caminho para fora do materialismo e suas discórdias, rumo à perfeição do Filho, o Cristo vivo.

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