Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Viajando a sós numa grande canoa num recanto remoto do Canadá...

Da edição de outubro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Viajando a sós numa grande canoa num recanto remoto do Canadá num dia de setembro, encontrei-me a remar rio abaixo sob chuva fria e contínua. Ao final daquele dia, cheguei, como é comum acontecer nos lugares ermos, a um impasse. Era-me necessário carregar a canoa e o equipamento várias centenas de metros sobre uma ladeira rochosa íngreme a fim de chegar a um abrigo muito necessário. Quando encostei a canoa, não só me achava molhado e gelado mas bastante exausto por haver coberto muitos quilômetros sob a chuva impetuosa. Comecei o transporte de meus apetrechos através do varadouro rochoso; a canoa ficou para o fim.

Durante vários anos eu havia sofrido de um mal das cadeiras que me dava problemas todos os dias, apesar de oração contínua na Ciência Cristã. Todas as manhãs quando eu acordava não conseguia ficar imediatamente ereto. Toda atividade física tinha de ser conduzida sem movimentos bruscos, e algumas eram de todo omitidas. Em razão disto, sempre tive dificuldade em levantar minha canoa de mais de cinco metros de comprimento, mesmo sob as melhores condições.

Ora, em minha primeira tentativa de levantar a canoa encharcada, não consegui levantá-la até a altura dos ombros antes de, trêmulo e cansado, deixá-la cair ao chão. Descansei uns minutos, tentei outra vez e falhei. Não me era possível arrastar a canoa sem danificá-la nas rochas. Por isso, na minha terceira tentativa fiz um esforço enorme e fui gratificado momentaneamente colocando a canoa sobre os ombros.

Seguindo aos tropeções, repentinamente caí sobre as rochas, de rosto para baixo, com a canoa em cima de mim. Ali fiquei indefeso, sozinho. No escuro, sob a canoa, pensei ter chegado ao final de minha resistência. Não conseguia desvencilhar-me.

Foi então que decidi pôr a Ciência Cristã em prática, começando pelo que eu havia aprendido a respeito de Deus. Embora cansado e desesperado, vi que eu não estava realmente a sós nesse lugar ermo, pois Deus está em toda parte. Portanto, Ele tinha de estar comigo exatamente ali. Compreendi que Deus cria o homem em Sua imagem imaculada. Essa perfeição espiritual, sabia eu, constituía meu verdadeiro ser, e nela não se achava incluída a fadiga. Reconheci também que Deus era o fornecedor de todo o bem.

“De que necessito eu?” perguntei-me, enquanto dava um jeito de sair de debaixo da canoa. Eu não estava ferido, e a canoa não fora danificada. “Preciso de força”, respondi. Erguendo-me de pé, reconheci que a força dada por Deus me estava disponível exatamente ali. Eu tinha apenas de aceitar esse fato científico e agir de acordo com ele. Estas palavras de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy vieram-me ao pensamento (p. 393): “Eleva-te na força do Espírito para resistir a tudo o que é dessemelhante do bem. Deus fez o homem capaz disso, e nada pode invalidar a faculdade e o poder divinamente outorgados ao homem.”

Senti-me perto de Deus nesse momento e tomei a resolução de rejeitar o quadro errôneo de um mortal deficiente, enregelado e fatigado, perdido no ermo. Pegando a canoa pensei em todas as coisas pelas quais eu me sentia grato: uma viagem a salvo, belo cenário e momentos de descanso e paz. Considerei essas coisas enquanto galgava a íngreme ladeira, não mais trêmulo, até chegar ao local para onde eu havia levado o restante do meu equipamento. Depois disso, manejei a carga com naturalidade, livre de esforço e cansaço, e o resto da viagem foi agradável.

Ao voltar para casa, li a definição de “deserto”, dada pela Sra. Eddy, definição que se me apresentara com novo significado (Ciência e Saúde, p. 597): “Solidão; dúvida; trevas. Espontaneidade de pensamento e de idéia; o vestíbulo onde o sentido material das coisas desaparece, e onde o sentido espiritual revela as grandes verdades da existência.”

Durante as semanas e meses que se seguiram tive o prazer de observar que não mais me acordava pela manhã com intensa dor nas costas. Pela primeira vez em anos eu conseguia abaixar-me até o chão e juntar coisas sem desconforto. Empenhei-me em rigorosas atividades que antes eu pensava estarem fora de meu alcance para sempre. Que alegre liberdade! E ela tem sido permanente. Fui o beneficiário não só de uma, mas de duas curas instantâneas — fadiga e fraqueza na viagem de canoa e o difícil problema das costas.

Só essas curas seriam suficientes para provar-me a aplicação prática da Ciência Cristã. Mas houve muitas outras. No decorrer dos anos fui curado de hemorragia crônica do nariz, de pé quebrado, mononucleose e amigdalite, resfriados e outros sintomas relacionados. Necessidades financeiras foram atendidas e o meu trabalho e o trabalho de igreja se harmonizaram. Acima de tudo, constatei os benefícios da Ciência Cristã numa vida em família harmoniosa e sadia. Quanta gratidão sinto pelos ensinamentos do Mestre, Cristo Jesus, e de sua fiel seguidora, a Sra. Eddy!


Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / outubro de 1981

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.