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Antevendo a vitória sobre os desafios

Da edição de abril de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


É da natureza da mente carnal temer a espiritualidade, e se lhe opor. Podemos encontrar força e ânimo no modo pelo qual essa oposição foi enfrentada em épocas anteriores.

Cristo Jesus confiava tanto no todo-poder de Deus e na sua própria capacidade como o Filho de Deus para expressar esse poder, que os ataques agressivos do mal se transformavam em degraus para a vitória. A idéia-Cristo tornou-se mais nítida para a compreensão humana por causa da crucificação, provando que Deus, o bem, é onipotente e que Sua lei é uma lei de vida e saúde para o homem.

Também nós podemos encarar todo desafio com a certeza de que o progresso espiritual é nossa resposta para qualquer ataque do erro.

Aprendemos com o exemplo de Jesus que o mal, quer tome a forma de doença, pobreza ou pecado, não tem forças para resistir ao Cristo, a Verdade — a realidade espiritual da bondade de Deus e o Seu poder de preservar a perfeição. À medida que aplicamos a lei de Deus para corrigir a crença em supostas cruéis leis materiais, o resultado é a vitória e a idéia-Cristo ergue-se mais alto em nossa própria vida.

A oposição do mal é sempre inimizade da mente carnal contra Deus e contra tudo o que é semelhante a Deus, não contra nós pessoalmente. É por isso que o erro fracassa antes de ter começado. Nada pode opor-se com êxito à onipotência de Deus — fato que podemos comprovar.

O anti-Cristo perseguiu Jesus com todas as armas que podia reunir. O mal atacou sua espiritualidade, o Cristo, a Verdade, que Jesus demonstrava; e, portanto, o erro destruiu a si mesmo. Quando a luz e as trevas se encontram, não há dúvidas sobre quem desaparece. A mensagem espiritual e o mensageiro estão a salvo.

O livro do Apocalipse profetiza o cumprimento da promessa de Jesus de que o Cristo, a Verdade, retornaria de novo à humanidade como o Consolador e os poderes das trevas novamente tentariam destruí-lo. Que efeito teve essa oposição sobre a vítima em perspectiva? A idéia-Cristo foi arrebatada “para Deus até ao seu trono”  Apoc. 12:5. — a salvo por toda a eternidade.

Com a Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss) como revelação, a luz veio a este mundo com tal nitidez que movimentou o mal para opor-se ao Cristo com desespero e malícia. Se a cura que resulta da aplicação da Ciência Cristã não fosse boa o suficiente para destruir o mal, o erro não tentaria interromper a atividade da Verdade.

Como interpretamos os desafios com que nos deparamos? Como o trovão da perseguição ou como a destruição do mal que prenuncia a vitória? Nossa decisão determina o que a experiência significará para nós. Nossa atitude pode manter-se vitoriosa desde o começo. “Durante a batalha já vêem ... vitória total” Hinário da Ciência Cristã, n° 204., um hino nos lembra.

O desalento ou o fracasso não encontram lugar na consciência cheia de gratidão pela natureza vitoriosa do Cristo e pela expressão individualizada dessa natureza por parte do homem.

Se, quando confrontados com problemas, a autopiedade ou o ressentimento nos tentam fazer pensar: “Por que devo sofrer?” lembremos a resposta de Jesus à crucificação. Passou ele seu tempo na cruz sentindo pena de si próprio, lembrando-se de que havia vivido o maior bem que alguém já expressara? Que passara sua vida servindo a humanidade e que ofertara o coração à cura de seus males? Sabendo que havia ensinado como entender Deus e vencido toda tentação que ameaça a humanidade a fim de mostrar-nos o caminho para a salvação total, se Jesus tivesse dito a si mesmo: “Não mereço esta perseguição”, acha você que ele teria conseguido a ressurreição?

Ao invés, Jesus dedicou cada momento a provar o poder do bem e a falta de poder do mal. Até mesmo houve no seu coração lugar, naquela hora extrema, para perdoar àqueles que foram os instrumentos no perpetrar da crucificação, e lugar para uma palavra de conforto a um ladrão crucificado a seu lado.

Só a constante consagração a afirmar e viver o Cristo podiam ter conseguido a ressurreição. Sejamos igualmente decididos ao enfrentar todos os desafios.

Os problemas não são por si mesmos uma bênção. Não precisamos ser gratos por acidentes, doenças ou fracassos nos negócios. Mas podemos ser gratos pelas idéias espirituais que Deus nos revela e que vencem a batalha sobre o mal. Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve: "Os cristãos de hoje deveriam poder dizer, com a doce sinceridade do Apóstolo: ‘Sinto prazer nas fraquezas’ — sinto satisfação no toque das fraquezas, da dor e de todo sofrimento da carne, porque me obriga a buscar o remédio para eles e a encontrar felicidade, fora dos sentidos pessoais.” Miscellaneous Writings, p. 200.

Podemos sentir, como S. Paulo, alegria tal em aprender o que precisamos saber espiritualmente, que o desânimo e a opressão não ocupem lugar nos nossos pensamentos enquanto “corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”  Hebreus 12:1.. Cristo Jesus e sua consagrada seguidora, a Sra. Eddy, enfrentaram mais inimizade da mente carnal do que qualquer pessoa já enfrentou. Elevaram-se eles à compreensão de que a panóplia do amor de Deus os protegia e que as hostes de Seus anjos defendiam a ambos e a suas missões.

O jovem Davi enfrentou um inimigo que parecia muitas vezes superior. Golias era guerreiro experiente; Davi, simples jovem pastor. Golias dispunha de todas as armas modernas da época; Davi dispunha só das armas do pastor — funda e pedras. Mas quando aquele inimigo gigantesco desafiou os fiéis seguidores de Deus, Davi estava tão seguro de que o certo vence e que a obediência a Deus significa o total apoio da onipresença de Deus, que disse: “Do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos”. Então correu ao encontro de Golias.

Davi obviamente não estava confiando nas pedras e na funda para salvar-se, pois disse: “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.” Davi encarou a ameaça seguro da vitória, dando a Deus a glória até mesmo antes que houvesse qualquer evidência humana de vitória. Ver 1 Samuel 17:20–50.

O Apóstolo João, como punição por seu ministério cristão, foi feito prisioneiro na Ilha de Patmos pelos inimigos do Cristo. Mas aceitou ele essa punição como derrota? Foi durante seu exílio que a visão da vitória final da Verdade sobre o erro, registrada no livro do Apocalipse, veio a João!

A Sra. Eddy escreve a respeito da última ceia de Jesus, quando ele partiu o pão — explicou a verdade — aos discípulos: “Por essa verdade do ser espiritual, seu Mestre estava prestes a sofrer violência e a sorver até a última gota, seu cálice de amargura.” Isso não soa como uma perspectiva alegre. Mas o que diz ela a seguir a respeito da atitude de Jesus em relação ao desafio? “Com a grande glória de uma vitória eterna a pairar sobre ele, deu graças e disse: ‘Bebei dele todos.’ ” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 33. O que a mente carnal pretendia fosse perseguição, Jesus transformou em vitória.

Consigamos nós, como o Mestre — como Davi, João e muitos outros que foram fiéis a Deus — elevar-nos para enfrentar qualquer discórdia que se apresente, confiantes no amor de Deus.

O propósito de nossa vida é glorificar o criador que nos glorificou. Este é o objetivo de toda cura — que possamos dar testemunho da natureza de nosso divino Pai-Mãe. Quando em nossos corações escutamos o “muito bem” do Pai, isto é suficiente.

Nossa fiel Líder, a Sra. Eddy, que deve ter ouvido tal voz com clareza, diz-nos: “Entre os múltiplos e suaves repiques que haverão de ressoar no aposento da memória que tantas recordações conserva, este é o mais doce: ‘Foste fiel!’ ” Mis., p. 343.

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