Fui educado na Ciência Cristã e, durante minha infância, estive livre de doenças graves. Nunca estive ausente das aulas, até mesmo na faculdade. Entretanto, no tempo em que servia nas forças armadas durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se-me cada vez mais evidente a necessidade de orar diariamente por mim mesmo.
Até aquela época, sempre assisti à Escola Dominical da Ciência Cristã e li as lições bíblicas no Livrete trimestral da Ciência Cristã. Mas, enquanto estava servindo numa zona de combate no além-mar, abandonei estas atividades regulares e, com exceção de um esforço ocasional para ler a Bíblia, e Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, pouco fiz para progredir espiritualmente.
Não foi senão quando fui ferido seriamente e literalmente lutava por minha vida, que comecei realmente a praticar esta Ciência. Numa missão de combate nas Filipinas, fui ferido na cabeça pela explosão de um morteiro. Encontrei-me abandonado numa unidade de socorro, junto com os mortos e moribundos. Ninguém estava fazendo nada por mim e sentia-me muito só. Finalmente, depois do que me pareceu um tempo bastante longo, alguém veio e examinou a tarjeta atada na frente do meu uniforme. Não pude escutar a discussão que se seguiu, mas não me senti muito animado. O maior fragmento do estilhaço foi removido de minha cabeça e evacuaram-me para um hospital de campanha.
Durante minha estadia no hospital, procurei obter exemplares da Bíblia e de Ciência e Saúde. Foi então que descobri ser necessário um estudo sistemático desses ensinamentos para se estabelecer um sólido fundamento espiritual. Deste modo pode ser refutado e dominado cada desafio, e obtido real progresso. Esta é a essência da cura genuína pela Ciência Cristã — a espiritualização e o progresso do pensamento, o que não permitirá à pessoa regredir a pontos de vista ultrapassados. Não penso ter apreciado este fato a princípio, já que minha oração visava principalmente ao alívio das dificuldades materiais. Mas, aos poucos, aprendi, como Jacó, a não deixar ir embora o problema até que eu tivesse sido completamente abençoada por ele (ver Gênesis 32:24–30). Os fragmentos remanescentes do estilhaço saíram de per si, e minha cabeça sarou sem ficar nela nenhuma cicatriz aparente. Estava muito grato por esta cura, porém o mais importante, para mim, foi meu retorno à fervorosa confiança na Ciência Cristã.
Recentemente, certa noite, após o jantar, fui acometido de distúrbios digestivos. Os sintomas de dor eram alarmantes e eu desejava perder a consciência a fim de escapar à dor. Nesse lapso de tempo, minha esposa telefonou a uma praticista da Ciência Cristã, que concordou em orar por mim, recomendando que eu estudasse diversos trechos tranqüilizadores dos escritos de nossa Líder. À página 242 de Ciência e Saúde encontra-se uma referência que achei especialmente útil: “Há um único caminho que leva ao céu, à harmonia, e Cristo, na Ciência divina, mostra-nos esse caminho. Consiste em não conhecer nenhuma outra realidade — em não ter nenhuma outra consciência de vida — senão o bem, Deus e Seu reflexo, e em elevar-nos acima das supostas dores e prazeres dos sentidos.”
Em uma hora a dor desapareceu, bem como o medo de que ao comer poderia sentir novamente tal desconforto. Continuei meu estudo e anotei várias declarações a respeito de minha identidade espiritual. Depois disso, notei grande melhora em minha aparência e senti o desejo de resolver problemas pessoais que não haviam sido levados a sério antes.
No segundo dia, todas as funções do corpo voltaram ao normal e reassumi minhas atividades usuais. O distúrbio digestivo, do qual havia padecido periodicamente, foi curado definitivamente.
Carmel Valley, Califórnia, E.U.A.
