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“Levantar-me-ei e irei ter com meu pai”

[Original em alemão]

Da edição de abril de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


A Ciência Cristã oferece-nos remédio seguro contra o egotismo, o egoísmo, a voluntariosidade e o amor a si próprio, porque corrige as fraquezas do caráter humano mediante a compreensão de fatos espirituais. Esta Ciência revela que Deus é a Mente única que a tudo abarca; que é o único centro e origem de um universo de idéias espirituais. Com essa compreensão nosso ponto de vista muda de uma base material para uma espiritual, de um ego mortal para Deus, do amor a si próprio para o fato de que Deus é Amor infinito. Permite que esqueçamos o eu finito e acorda em nós o interesse vital pelo bem-estar de nosso próximo, bem como o empenho de demonstrar o amor e o cuidado de Deus para com todos.

Não há nada mais valioso para nosso progresso espiritual do que a compreensão de que Deus é o ponto de partida — é o Princípio criador — de todo verdadeiro ser. A humanidade precisa aprender que o homem e o universo emanam dessa fonte única e que existem somente para manifestar a pura luz do ser — a Mente divina — em toda sua glória. A verdadeira vida não gira em redor de um corpo físico ou de uma personalidade material, mas ao redor de Deus. “A Mente demonstra onipresença e onipotência,” escreve a Sra. Eddy, “mas a Mente gira sobre um eixo espiritual, e seu poder se revela e sua presença se faz sentir em quietude eterna e Amor inabalável.” Retrospecção e Introspecção, pp. 88–89. Se o nosso pensar gira ao redor do eu mortal, não reflete o poder central do Amor divino, que governa o universo.

Quão importante é manter esse fato em mente quando a doença, a dor, o desapontamento ou o pecado parecem amarrar-nos a ação com grilhões de voluntariosidade e egoísmo! O sentido material do eu não corresponde ao homem — não é o homem como Deus o fez. A identidade do homem real, a semelhança de Deus, está incluída na consciência de Deus, que contém em Si mesmo todo ser real. O homem real expressa a Mente única, cujo governo é supremamente justo.

Muitas vezes necessitamos pedir a nosso Pai celeste, nas nossas orações, que nos ilumine. É da Sua vontade que a verdade, mediante o Cristo salvador, ilumine nosso modo de pensar. A Sra. Eddy ensina-nos em Ciência e Saúde: “Deus é ao mesmo tempo o centro e a circunferência do ser” Ciência e Saúde, pp. 203–204. — do nosso ser. No ponto central de todos os nossos esforços de fazer a vontade de Deus e glorificar o Seu nome encontra-se a casa do Pai, a consciência divina. Isso está claramente expresso na parábola de Cristo Jesus em que fala no filho pródigo (ver Lucas 15:11–32). Quando o filho pródigo havia gasto todos os seus bens, ficando reduzido à extrema penúria, lembrou-se da casa do pai. Depois disso, só tinha o profundo desejo que se sobrepunha a tudo mais, de voltar a seu pai e lhe pedir perdão. E isso ele fez. “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai.” Não permitiu que coisa alguma interferisse no seu propósito. E a Bíblia nos conta que o pai já o estava esperando e, “compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou”. O pai providenciou para que ao filho fossem imediatamente reintegrados todos os direitos de filiação. Deu-lhe um anel, sandálias e uma linda roupa nova; nas palavras do profeta: “porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça.” Isaías 61:10. Preparou-se uma festa. “E começaram a regozijar-se.” Em toda parte havia alegria pela volta do filho que se havia perdido.

Essa parábola mostra claramente que o filho pródigo se havia libertado do egotismo e da autocondenação vazia a partir do momento em que resolvera, com coração humilde, voltar para seu pai. Quando o filho pródigo enfaticamente rejeitou a mentira de ter ele uma individualidade pecaminosa, ao redor da qual lhe havia girado a vida, e quando estava disposto a pedir perdão ao pai, todo o amor do pai, na sua abundância ilimitada, se lhe tornou visível. Seu pai o “beijou”. Deus sempre nos dá seu “beijo” de aprovação, pois que somos filhos estremecidos. É nossa tarefa demonstrar, nas curas em nossa vida, a identidade isenta de pecado, identidade que Deus deu ao homem, bem como o eterno relacionamento desse homem com Deus, como Seu filho bem-amado.

Levantar-me-e e irei ter com meu pai. Esse pode também ser o pensamento mor em nosso dia. Seja qual seja o problema que tenhamos de enfrentar, podemo-nos levantar mentalmente acima da aparência material e reconhecer a identidade perfeita e espiritual que o homem tem em Deus, a Mente verdadeira, onde o mal discernido pelos sentidos se perde, acolhido no bem que transcende os sentidos. Podemos devotar-nos inteiramente à tarefa de ir ter com o Pai. Nosso Pai celestial aguarda nossa vinda quando vamos ter com Ele. Será que você se lembra do tempo em que, como criança, corria para os braços de sua mãe ou de seu pai? Estávamos tão certos, tão convencidos, de que nossa mãe ou nosso pai nos acolheriam, que simplesmente nos deixávamos cair nos braços deles. E que alegria quando éramos soerguidos!

Nosso Pai celestial está sempre esperando por nós. Seus braços estão estendidos. “Seu braço cinge a mim, e a tudo o mais” Hinário da Ciência Cristã, n° 207., escreve a Sra. Eddy. O Amor divino permeia toda a nossa consciência, e sentimos essa santa presença do Cristo, a Verdade, que nos traz cura, redenção, renovação, iluminação, ressurreição — o novo nascimento. Através do Cristo, Deus nos anima, vezes sem conta, por nos assegurar: “Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.” Lucas 15:31. O Pai celestial não sonega qualquer coisa boa aos Seus filhos. Abriu-nos as janelas do céu, vertendo sobre nós bênçãos em abundância.

Na proporção em que demonstramos através da Ciência nosso lugar verdadeiro na casa do Pai — no universo do Amor — abandonamos o egoísmo e a voluntariosidade. Cessamos de abrir nosso caminho pela vida fora acotovelando os outros, sem qualquer consideração pelos interesses de nosso próximo. Somos gratos e sentimo-nos contentes por refletir as qualidades do Amor, e deixamos que o Amor nos guie para o lugar onde o pensamento espiritual é mais necessário e onde pode frutificar. Nosso desejo mais entranhado, inspirado pelo Cristo, consiste em provar que sob o controle e governo supremo de nosso Pai celestial cada identidade tem sua própria utilidade. Não há interesses e funções conflitantes no reino da realidade. Aí não há corporificações de força de vontade humana, a exigir reconhecimento pessoal ou sendo mesmerizadas pela presunção. O reconhecimento honesto da ordem divina tem, muitas vezes, posto paradeiro à tirania devastadora do egoísmo humano.

“Levantar-me-ei e irei ter com meu pai.” A Ciência Cristã nos capacita a renunciar aos pensamentos que constantemente giram em torno do próprio eu e, em vez disso, a focalizá-los em Deus, o criador e Governador de todo ser real. Voltamos humildemente para a casa do Pai e reconhecemos em nós mesmos os filhos queridos do Pai celestial, que se enquadram harmoniosamente nos sistemas de idêias da Mente divina. De coração alegre reconhecemos que o Amor divino é a origem, o centro, de toda ação, e que cada idéia tem sua função individual ao expressar o único Deus infinito, o bem.

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