Cristiano e Gustavo desejavam há muito tempo ganhar um cachorrinho só para eles. Por isso, ficaram muito felizes quando um amigo ofereceu-lhes um cãozinho cinzento e peludo, chamado Tiki.
Os meninos gostam muito de Tiki e eles mesmos cuidam dele. Os três correm e brincam juntos durante horas no quintal de casa. Numa de suas brincadeiras favoritas usam um velho gorro peludo que a mamãe lhes deu. Os meninos atiram o gorro o mais longe possível. Tiki então atravessa o quintal como uma seta e o agarra. Depois de estar com o gorro firme entre os dentes, fica pulando na grama, praticamente implorando ao Cris e ao Gugu que corram atrás dele. Quando os dois o alcançam, ele solta o gorro e a brincadeira recomeça.
Um dia, quando estavam no quintal com Tiki, chegou o priminho Sérgio para visitá-los. Enquanto os três meninos brincavam na caixa de areia, Tiki fugiu pelo portão aberto, sem que o percebessem. Foi só depois que o Sérgio tinha ido embora, que a mamãe deu pela falta de Tiki.
Começaram a chamá-lo, mas ele não voltou como sempre havia voltado antes. Até pegaram as bicicletas e rodaram pelos lugares favoritos de Tiki, na vizinhança. Mas não havia sinal dele. Por fim, a mamãe e os garotos andaram de carro pelo bairro, perguntando se alguém tinha visto o cachorrinho. Ninguém vira. Um homem disse que havia alguns cachorrões perto de sua casa que não gostavam de cachorrinhos pequenos.
“Pode ser que os cachorrões o machucaram!” chorou Gugu.
“E, se ele tiver chegado até a estrada ou até os trilhos do trem?!” ajuntou Cris.
Mamãe entendeu que era melhor voltarem-se completamente para Deus. A caminho de casa, pediu aos meninos que pensassem no que tinham aprendido a respeito de Deus, na Escola Dominical da Ciência Cristã.
“Deus está em todo lugar”, disse Gugu.
“Deus é Amor”, disse Cris.
“É isso mesmo”, respondeu mamãe. “Por isso o Amor está em todo lugar. Não importa onde Tiki esteja, o Amor está lá também, cuidando dele. Podemos ajudar Tiki reconhecendo reconhecendo que ele não está perdido para Deus. E, também, expulsando os pensamentos de medo e conservando os pensamentos verdadeiros que Deus nos está dando.”
Quando chegaram em casa, era a hora de dormir, como sempre faziam depois do almoço. Mas não conseguiam dormir sem saber onde Tiki estava. Por isso, a mamãe sentou perto deles no quarto e conversou sobre o que a Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “A Mente divina mantém distintas entre si, e eternas, todas as identidades, desde a duma folha de relva até a duma estrela.” Ciência e Saúde, p. 70.
Como isso é verdade, nada pode estar fora do cuidado protetor da Mente, nem mesmo por um minuto. Cris lembrou-se da história de Daniel, que foi colocado na cova dos leões devido à sua lealdade a Deus. Mesmo tendo estado a noite toda com os leões, Daniel não foi machucado. Daniel sabia que o Amor estava com ele. Na manhã seguinte, disse Daniel ao rei, o qual havia ficado acordado e se preocupara com ele: “O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano.” Daniel 6:22.
“Daniel não ficou na cova dos leões”, explicou mamãe. “Sua compreensão da presença de Deus libertou-o dela. E nossa compreensão de que o Amor está presente libertará o Tiki, também.”
Os meninos não estavam mais com medo e dormiram. Acordaram umas duas horas depois com o toque do telefone. Era um homem que morava noutra rua. Ele e a esposa haviam visto Tiki andando a esmo e resolveram verificar se sua coleira tinha o nome do dono.
Quando mamãe e as crianças chegaram à casa daquele homem, encontraram Tiki brincando com os novos amigos. Até já tinha comido. Ficaram muito gratos pela bondade do casal e lho disseram.
Acima de tudo, agradeceram a Deus por Ele estar em todo lugar.
