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Pôr “um freio ao crime”

Da edição de abril de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Estamos fazendo isto? A Sra. Eddy esperava que o fizéssemos, pois escreveu, referindo-se à fermentação mental causada pela Verdade ao destruir o erro: “Durante esse conflito final, mentes maldosas esforçarse-ão para achar meios de causar mais males; mas os que discernem a Ciência Cristã, porão um freio ao crime. Ajudarão a expulsar o erro. Manterão a lei e a ordem, e aguardarão alegremente a certeza da perfeição final.” Ciência e Saúde, pp. 96–97.

Como nos desincumbimos dessa missão? Primeiro, certificamo-nos de que não estamos participando do problema por aceitarmos a crença generalizada do público em crimes, violência, terrorismo, imoralidade e assim por diante. O mal é simplesmente um falso pensamento expressado. A única maneira em que ele pode subsistir encontra-se em ser ele aceito pela humanidade. Na Bíblia lemos: “Se vês um ladrão, tu te comprazes nele, e aos adúlteros te associas.” Salmos 50:18.

Cristo Jesus disse: “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.” Marcos 7:21, 22. Que tremenda responsabilidade esta perspectiva coloca sobre cada um de nós, a de não aumentarmos os impulsos mentais do mal com darmos realidade a tais pensamentos — ou ações! Há apenas uma maneira de lidar com o erro: reduzi-lo a nada em nossos próprios pensamentos e em nossa vida, baseados em que Deus, a Mente divina, é a única inteligência e o único poder. Quando assim o anulamos de nossa parte, o mal, ou o crime, exercem menos poder sobre o mundo todo.

A Sra. Eddy escreve: “O mal não é qualidade nem quantidade: não é inteligência, uma pessoa ou um princípio, nem é um homem ou uma mulher, um lugar ou uma coisa, e Deus nunca concebeu o mal.” Message to The Mother Church for 1901, pp. 12–13. Ao acreditarmos na existência do mal, estamos de fato aceitando um conceito deficiente de Deus e de Sua criação perfeita. Estamos, também, desobedecendo a diversos mandamentos. Se compreendemos e aceitamos a totalidade de Deus, não podemos, ao mesmo tempo, acreditar na realidade do mal. Podemos orar, segundo o ensina a Ciência Cristã, a partir desta base: a de que o mal e o materialismo são irreais. Precisamos orar com compreensão, de acordo com a Oração do Senhor: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” Mateus 6:10., e saber que, como não há criminosos no céu, podemos aqui na terra dar provas de que o crime é uma mentira acerca do homem.

Nada disto significa que devemos ignorar o mal ou que o crime deva passar incólume pelas autoridades legais. Enquanto as pessoas se deixarem usar como instrumentos dos propósitos nefastos da mente mortal, haverá punição como resultado, até que o pecado seja abandonado e ocorra a reforma. O mal precisa ser exterminado metafisicamente — visto como absolutamente nulo — quando e onde quer que apareça. Ao ler os jornais, assistir televisão ou ver filmes, ao tratarmos com outras pessoas, nos nossos próprios pensamentos, precisamos ativamente perceber e afirmar a inteireza de Deus, o bem.

Na proporção em que formos fiéis praticar esta Ciência do Cristo, descobriremos que a Verdade — onipotente, onipresente e oniativa — porá “um freio ao crime”. Podemos cultivar diariamente a mais completa fé na Verdade, confiando na capacidade que esta tem de desvendar e destruir o crime. A Sra. Eddy diz: “A Verdade, por suas leis eternas, desvenda o erro. A Verdade constrange o pecado a se trair e estampa no erro a marca da besta.” Ciência e Saúde, p. 542. O crime sem solução não pode ocultar-se, em vista da onipresença e onipotência da Verdade.

No entanto, a Ciência Cristã traz redenção em vez de punição. Quando nosso desejo flui do único Deus, nossos motivos e ações são sanadores e redentores. É possível fazermos muito para pôr um freio ao crime, e desta forma evitá-lo, através da oração, sabendo que em verdade a inocência do homem é inata, seu reflexo do Princípio divino é íntegro, e o desígnio do Amor para com ele é abençoá-lo e curá-lo.

O crime não é nada mais do que a ação de falsas e pretensas mentes que acreditam no mal. A Sra. Eddy identifica esta ação do erro como magnetismo animal, uma ilusão hipnótica que está fora da realidade divina e é, portanto, irreal e carente de poder. Assim, tratamos de nossa crença no crime como de uma auto-ilusão. Guerra, terrorismo, escassez, doença e assim por diante, são todos quadros falsos apresentados por aquela mente mortal ignorante de Deus e de Sua criação perfeita. Ao lidarmos com esta pretensão ilegítima, privamos o magnetismo animal de entidade ou poder, por compreendermos a unidade, a inteireza e o todo-poder da Mente perfeita. Esta é a Mente universalmente refletida pelo homem, o que não deixa nenhum instrumento ou meio para o erro.

Tal tarefa requer humildade e trabalho por toda humanidade. Não é a mente mortal criminosa a que governa o homem e o universo, mas a Mente divina toda poderosa. Esta mesma Mente, por meio da qual Cristo Jesus realizou obras maravilhosas, está presente agora, dando-nos a capacidade de repetir aquelas mesmas obras. Podemos ter plena fé em que a lei do Princípio divino governa em toda parte, em todo o tempo, impedindo impulsos maldosos, mantendo a ordem sob a lei. Em Jó lemos: “Ele frustra as maquinações dos astutos, para que as suas mãos não possam realizar seus projetos.” Jó 5:12.

Uma das razões para o crime é a cobiça por substância e poder materiais. A Ciência Cristã trata desta mentira sobre o homem, revelando qual é o verdadeiro caráter dele. O homem não é uma criatura material e mortal que depende da matéria para sustento ou realização. O homem é o reflexo espiritual e perfeito de Deus, para sempre abençoado com todo o bem. Toda substância é realmente espiritual e, portanto, ilimitada. Toda pessoa, em sua verdadeira identidade, reflete Deus. Logo, possui, por reflexo, toda bondade que Deus está continuamente expressando. Ninguém foi deixado de fora. Ninguém pode privar a outrem do bem que ele possui, oriundo diretamente de Deus.

Outros motivos para o crime são a inveja, o ciúme, o ódio e a ganância. Alguns crimes são cometidos pelo desejo de chamar atenção. A Ciência Cristã revela que a verdadeira natureza do homem é a de amada, satisfeita e completa imagem e semelhança de Deus, o Princípio divino, Amor. A imagem do Amor não pode ser senão amável e amada. Não pode escapar do amplexo do Amor. Neste amor universal, são impossíveis os impulsos cheios de ódio e dano e os impulsos criminosos. Muitos Cientistas Cristãos têm usado esta compreensão para destruir tais impulsos em si próprios e em outros, provando que o homem é inerentemente cumpridor das leis e que está seguro.

Aquilo de que os criminosos realmente precisam é de serem vistos, na sua verdadeira natureza, como filhos de Deus. Muitos deles estão clamando por amor — por uma consciência de seu relacionamento com o Pai-Mãe Deus, que pode suprir todas as suas necessidades. Nossa compreensão devota da verdadeira natureza e condição do homem pode fazer muito para trazer à luz este entendimento. Mais do que nunca, uma humanidade alienada precisa sentir a compaixão através de nossos atos e orações. Milhões de pessoas sentem-se profundamente carentes de afeição e de algum vislumbre de que Deus é Amor. Podemos cooperar para preencher este aparente vazio.

O poder do Amor divino manifestado é o Cristo sendo expressado. Nosso Mestre, Cristo Jesus, irradiou um amor compassivo e esperava que amássemos até aos nossos supostos inimigos. Somente podemos fazê-lo à medida que percebemos o homem como Deus o fez. Deus, o Amor, é infinito. Deus não exclui ninguém de Seu amor. Cada pessoa é inerentemente cristã por natureza.

Quando reconhecido, este fato fará mais para acabar com o crime do que tudo quanto houver de polícia, tribunais e prisões na terra.

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