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A riqueza do amor de Deus

Da edição de dezembro de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Quão oportunas e instrutivas permanecem, hoje, as histórias relatadas na Bíblia! Ainda que os detalhes de um relato não sejam exatamente comparáveis aos desta era tecnológica, a lição que nele se apresenta é eternamente aplicável. Vejamos, por exemplo, como Eliseu ajudou certa viúva a pagar uma dívida. Ver 2 Reis 4:1–7.

A mulher procurou pelo homem de Deus quando um credor ameaçou levar os filhos dela como escravos. À pergunta de Eliseu: “Dize-me o que é que tens em casa”, respondeu que tudo quanto tinha era uma botija de azeite. Eliseu lhe disse que tomasse muitas vasilhas vazias emprestadas e que, então, depois de fechar a porta da casa, enchesse as vasilhas com o azeite da botija. A mulher obedeceu e, vertendo o azeite, encheu cada vasilha. Eliseu disse-lhe que vendesse o azeite, pagasse a dívida e usasse o restante para disso viverem ela e os filhos.

Essa história, sem dúvida, contém lições para nós, nos dias de hoje. A viúva se encontrava em grande aflição, pois estava tendo séria necessidade financeira. Por volver-se ao homem de Deus, afirmara sua confiança no amor e no cuidado de Deus. Quando Eliseu lhe ordenou tomar vasilhas emprestadas — talvez um pedido estranho — ela foi obediente e ficou esperançosa. Seguindo o conselho dele, tomou emprestadas muitas vasilhas. Imagine se ela tivesse desobedecido e tomado emprestadas apenas algumas! Sua confiança, expectativa e obediência foram muito importantes, pois o azeite parou de fluir quando não havia mais vasilhas para encher.

Volver-nos a Deus para que atenda a nossas necessidades, pode tornar-se nossa atitude natural. A Bíblia está repleta de exemplos do amor e cuidado de Deus pelo homem. Vemos repetidamente que temos de confiar em Deus, até mesmo nos mínimos detalhes de nossa vida diária. Em seu Sermão do Monte, Cristo Jesus ensinou que Deus é nosso Pai e que o desvelo paternal de Deus, como se evidencia no cenário humano, inclui a provisão para atender a necessidades práticas, tais como comida, bebida e vestimenta. Destas coisas, Jesus disse: “Vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:32, 33.

No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: “O Espírito alimenta e veste devidamente todos os objetos, à medida que aparecem na ordem da criação espiritual exprimindo assim ternamente a paternidade e maternidade de Deus.” Ciência e Saúde, p. 507.

Um dos pontos importantes na experiência da viúva foi o de que seu suprimento veio de utilizar ela aquilo que já possuía. Deus, o Amor divino, tem provisões para todos nós. Deus dá ao homem, Sua imagem e semelhança, Suas qualidades em abundância. Tais qualidades são inerentes ao nosso ser verdadeiro, e o que expressamos delas nos supre do que quer que precisamos. Por exemplo: A inteligência que nos é dada por Deus pode ser expressada na resolução de problemas, a integridade outorgada por Deus colocada a serviço do próximo; a fortaleza espiritual habilita-nos a realizar tarefas difíceis; a ternura é vital no zelo pelos outros.

Esse trabalho é recompensado — talvez por meio de dinheiro, ou por um sentimento de satisfação ou de realização, ou ainda por um abraço — por o que quer se faça preciso. Em Miscellaneous Writings a Sra. Eddy diz: “Deus vos dá Suas idéias espirituais, e estas, por sua vez, vos dão suprimento diário.” Mis., p. 307.

Na história da botija de azeite, não houvera realmente limites ao potencial de óleo. (Aparentemente, teria continuado a fluir se a mulher tivesse tido mais vasilhas.) A abundância de azeite que a mulher recebeu também não resultara em privação para outra pessoa. Sua fonte era infinita. Da mesma maneira, hoje em dia, continua não havendo limites para o fluxo de idéias espirituais oriundas de Deus, o Amor, nem para as oportunidades que temos de usar nossa compaixão, exatidão ou honestidade.

No final da história em 2 Reis, a mulher tinha o dinheiro de que precisava para pagar a dívida. Mas havia recebido muito mais! Tinha o suficiente agora para ela e os filhos viverem. Não será esta a maneira divina de agir? A provisão de Deus é abundante. Ao falar na promessa de Deus a Seu povo, Malaquias registrou: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro ... e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.” Malaq. 3:10.

Há outra lição importante no relato bíblico da viúva e o azeite. Eliseu disse à mulher que fechasse a porta, antes de verter o óleo. É significativo que ela tenha obedecido. Nem o ceticismo, ou o menosprezo dos vizinhos, nem teorias econômicas materialistas ou leis limitadoras da natureza deveriam imiscuir-se, abalando a confiança dela ou adiando sua atividade cheia de propósito. Assim a mulher pôde manter o pensamento fixo no que queria e devia fazer: obedecer à solução divinamente inspirada que Eliseu havia divisado para ela.

Tanto quanto a da viúva, igualmente a nossa confiança no amor e na solicitude de Deus tem de estar livre de dúvida e ceticismo procedentes do raciocínio materialista. Disciplinar o pensamento para que se atenha à mensagem confortadora de um versículo bíblico relevante, ou às verdades da lição-sermão Do Livrete trimestral da Ciência Cristã., pode ajudar-nos a manter calma confiança enquanto executamos a tarefa diária de expressar qualidades divinas.

Logo no início de nosso casamento, meu marido e eu tivemos uma experiência do tipo “botija de azeite”. Naquela época, certas circunstâncias resultaram em termos rendimento menor. Logo despertamos para o fato de que não estávamos fazendo economia em nada: as contas haviam se acumulado e, ao fim do mês, não tínhamos dinheiro para dar nossa contribuição à igreja. (Contribuir para a igreja é importante para nós. É um modo de demonstrar nossa gratidão a Deus por Sua bondade.)

Meu marido e eu vimos que podíamos confiar em que Deus, o Amor, cuidaria de nós. E reconhecemos que Seu cuidado seria completo, prático e compensador. Pensávamos nisso todos os dias. Mas reconhecemos também que precisávamos viver de acordo com essa confiança. Precisávamos demonstrar a verdade da abundância em nossa vida. Assim, estabelecemos prioridades Decidimos pôr dinheiro na poupança todos os meses, ainda que fosse pouco. Fazíamos o cheque para a igreja no começo do mês e pagávamos as contas do armazém.

Vimos também que viver com nossa confiança na provisão de Deus significava que tínhamos de ser gratos. Estávamos sendo gratos por tudo o que já tínhamos recebido, mas devíamos ser gratos também pela paternidade e maternidade de Deus. Éramos gratos porque Jesus e outros personagens bíblicos e, mais tarde, a Sra. Eddy, haviam reconhecido esse fato do cuidado de Deus pelo homem e porque o tinham comunicado à humanidade. Também éramos gratos porque essa verdade podia ser demonstrada em nossa própria vida.

Confiar, viver conforme a nossa confiança e ser gratos eram nossas atividades diárias. Fomos abundantemente abençoados. Dentro de um ano, cada um de nós recebeu substancial aumento de ordenado. Assim como ocorreu com a mulher em 2 Reis, nosso suprimento veio daquilo que já tínhamos. Nossas habilidades e nosso talento a serviço de outros foram reconhecidos e recompensados. Nossas economias mensais e contribuições para a igreja multiplicaram-se muitas vezes. E não me lembro de ter tido falta de qualquer coisa boa.

Hoje, notícias de muitas partes do mundo informam haver insuficiente comida e combustível, fracasso nos negócios, redução no rendimento pessoal e outras dificuldades similares. O quanto é importante para nós que, tal como a mulher na Bíblia, fechemos a porta a esses relatos de limitação e mantenhamos o pensamento firme no fato prático de que o amor paternal de Deus abarca a todos. Oração com compreensão, que reconhece o amor infinito de Deus, impedirá que nos sintamos acabrunhados frente às necessidades de uma vasta população. Afinal, a lei de Deus que ajudou uma mulher há milhares de anos em outra parte do mundo, ajudou minha própria família nos tempos atuais. Essa mesma lei suprirá a todas as necessidades da humanidade, ajudando pessoas em toda parte a reconhecerem e a utilizarem o bem que lhes está disponível.

Reconhecendo diariamente a abundância e continuidade da provisão de Deus, sendo gratos por ela e manifestando em nossa vida essa gratidão, estaremos atentos para essas bênçãos e ajudaremos a humanidade a prestar atenção na riqueza do amor de Deus.

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