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Acalente a inocência

Da edição de dezembro de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


O quanto Cristo Jesus amava as criancinhas! Elas lhe eram levadas e ele as recebia e abençoava. Os discípulos, que reverenciavam seu Mestre, achavam que este não desejava ser importunado pelas crianças. Ele, porém, disse: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.”  Marcos 10:14.

O que estaria ensinando o nosso Guia? Não estaria acalentando a inocência das crianças? Talvez estivesse mostrando que a verdadeira inocência precisa ser reconhecida e acolhida antes de podermos vislumbrar o reino dos céus, a bondade e presença de Deus.

É importante acalentar a inocência. Vejamos como e por quê.

Em primeiro lugar, que é inocência? É pureza, é estar inteiramente livre do mal e da culpa, liberdade essa que reconhecemos mais facilmente em crianças pequenas. Ora, será que tal liberdade é expressa apenas pelos pequeninos? Absolutamente não! Ela é espiritualmente natural em você, em mim e em cada membro da família divinal.

Na Ciência Cristã, aprendemos que a aparência física de uma pessoa, seja jovem, seja velha, gentil ou mal-humorada, saudável ou doentia, é um conceito mortal que aceitamos, às vezes agradável, outras não.

A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “O homem é idéia, a imagem, do Amor; não é físico.” Ciência e Saúde, p. 475.

O homem a quem Deus criou, a imagem do Amor, inclui cada aspecto da graça: pureza, generosidade, santidade. Reflete cada faceta da inocência infantil: alegria, integridade, gozo, espontaneidade, atração pela bondade. E reflete essas qualidades aqui e agora.

A fonte de todo o bem, inclusive da inocência, é Deus. O que Deus criou existe para sempre. Como Sua semelhança, o homem expressa na totalidade a inocência e é rico em alegria infantil. Essa bondade é semelhante ao Cristo e constitui a verdadeira identidade do homem. Discernimos essa semelhança ao Cristo em nós e em outros, por meio do sentido espiritual.

Mas, o que dizer do passado? Talvez achemos que enquanto crianças bem pequenas, éramos inocentes. Talvez nos recordemos de anos de alegria imaculada. Aí cometemos graves erros, veio o peso das responsabilidades, as cadeias do viver diário e de relacionamentos que agora talvez pareçam árduos. Perdemos a inocência há muito tempo! pensamos, e nada pode desfazer as mágoas.

No entanto, podemos ficar livres, pois a verdadeira inocência nunca está perdida. Pensemos na graça de uma sala deslumbrante cujas cortinas ficaram fechadas por muitos anos. Quando as abrimos, a luz invade esse formoso cômodo e revela sua beleza intata. A luz não o transformou de cômodo lúgubre em algo primoroso; simplesmente o revelou como de fato é.

Quando oramos humildemente a Deus, a luz do Cristo, a Verdade, remove gentilmente quaisquer sombras (falsos conceitos) que obscureceriam nosso pensamento e revela que somos filhos de Deus, inocentes e puros. O Cristo traz à luz a imagem e semelhança de Deus. Por meio da oração e do tratamento pela Ciência Cristã, o peso do desespero fica anulado.

É importante acalentar nossa inocência. Quando acalentamos algo, nós o alimentamos, pensamos nele, trabalhamos assiduamente para mantê-lo em perfeitas condições. A compreensão da inocência requer alimento constante e terno amor. Quando acalentamos a verdadeira inocência do homem, valorizamos a oração e desejamos a espiritualidade; desviamo-nos com mais coerência do que quer que possa atrair nosso pensamento para o sensual, apático ou mundano. Cristo Jesus ensinou-nos: “Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.”  Mateus 18:3. Ora, essa conversão, esse amor inocente e esse viver feliz, não são egoístas. O amor inocente e crístico é altruísta. Abençoa nossas famílias e pessoas queridas, nosso trabalho, nossas igrejas e toda a humanidade.

Por reconhecer que os entes queridos em nosso lar e nossa família são verdadeiramente inocentes porque são filhos de Deus, podemos confortar um bebê assustado, acalmar anseios turbulentos e perdoar o egoísmo. O quanto nossas famílias e amigos necessitam de tal amor inocente!

Nas igrejas filiais, nosso pensamento puro atrai os cansados que anseiam pela Verdade que não condena, mas conforta. Sendo puros de pensamentos, não cairemos em panelinhas ou críticas.

Verdadeira inocência não é ingenuidade. Revela a presença do Cristo, que ilumina toda divergência que possa surgir em nossos negócios. Sustenta a coragem moral, a sabedoria e o poder espiritual.

E, num círculo mais amplo da comunidade, como o mundo precisa da inocência do ideal-Cristo! Maus tratos infligidos a crianças, sensualidade declarada, desespero da guerra, desafios à vida familiar, política e enconômica, tudo isso pode ser aliviado pela restauração do conceito da inocência básica do homem. A Sra. Eddy diz: “Amados filhos, o mundo precisa de vós, e mais como crianças do que como homens e mulheres: precisa de vossa inocência, altruísmo, afeto sincero e vida incontaminada. Vós também precisais vigiar e orar para que preserveis imaculadas essas virtudes e não as percais no contato com o mundo. Que ambição maior haverá do que a de preservar em vós o que Jesus amava, e de saber que o vosso exemplo, mais do que as palavras, estabelece o padrão moral para a humanidade?” Miscellaneous Writings, p. 110.

Podemos começar a acalentar agora a inocência, abandonar o pendor materialista e encarar nossa família universal com compaixão. Ao orarmos pela humanidade, estaremos obedecendo o mandamento de Cristo Jesus de amar-nos uns aos outros. Veremos a pureza e a inocência infantis em nosso próximo e isso trará conforto e cura.

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